sexta-feira, 31 de maio de 2013

Governo vai editar decreto para garantir desconto em conta de luz, afirma ministra-chefe da Casa Civil

A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, afirmou, na quarta-feira (29), que o conteúdo da Medida Provisória 605, que viabiliza os descontos na conta de luz, será incluído como emenda em outra MP, a 609. A ministra ainda anunciou que o governo editará um decreto antecipando o uso de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para manter o equilíbrio do sistema elétrico. A ação deverá cobrir uma lacuna entre a perda de vigência da MP 605 e a aprovação da MP 609.
“O governo recebeu uma proposta do colégio de líderes do Congresso Nacional. O senador Eduardo Braga nos ligou, propondo colocar o conteúdo do PLV [Projeto de Lei de Conversão] que foi aprovado ontem na Câmara na Medida Provisória 609, que trata da desoneração da cesta básica. E o Congresso faria um esforço para votar o mais rápido possível. O governo concordou com essa proposta e com esse encaminhamento”, afirmou Gleisi, em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto.

Fonte: Blog do Planalto

Adesivaço marca campanha contra a exploração infantojuvenil na Itaipu


Adesivagem de ônibus double-deck utilizado pelo PTI para o transporte de turistas.
  
A campanha contra a exploração infantojuvenil chegou nesta quarta-feira (29) à Itaipu com um adesivaço nos ônibus da empresa Nordeste, que fazem o transporte dos empregados da usina, e do Parque Tecnológico Itaipu (PTI), que levam turistas, funcionários da instituição e alunos da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila).
      
No total, 24 ônibus receberam adesivos com a inscrição “Criança que sofre violência não fala – disque 100 e fale por ela”. Somente com esta ação, a campanha alcançou quase mil pessoas, considerando o limite de 40 passageiros por veículo.
    
Adesivo da campanha contra a violência infantojuvenil. Iniciativa reúne várias entidades de Foz.
   
A colagem dos adesivos é uma das ações promovidas para marcar o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração de Crianças e Adolescentes, no dia 18 de Maio. A organização prevê outras ações na cidade durante três meses.
     
Além de Itaipu, já receberam adesivos os ônibus do transporte coletivo do município e vans de turismo. A Conferência Internacional pelo Direito à Convivência Familiar, realizada terça-feira (28), em Foz do Iguaçu, também integra a campanha.
      
Estão previstas ainda a distribuição de displays sobre o tema em restaurantes e hotéis da cidade e a veiculação de peças publicitárias em jornais, rádios e emissoras de televisão – entre outras ações.
   
Os ônibus da Nordeste, para transporte dos empregados, também receberam o adesivo.
   
Objetivos
     
A organização da campanha contra a exploração infantojuvenil é compartilhada por diversas entidades do município, entre elas, a Prefeitura, Rede Proteger e Itaipu Binacional.
    
O objetivo é sensibilizar a comunidade para o abuso e maus tratos cometidos contra as crianças e incentivar a denúncia – que pode ser feita pelo Disque 100.
   
Mais informações no Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria) pelo telefone (45) 3524-8565.


Fonte: JIE

terça-feira, 28 de maio de 2013

Ministra propõe a criação de um comitê internacional para proteger crianças na fronteira

As cores de centenas de balões levaram aos céus de Foz do Iguaçu uma mensagem de fortalecimento das famílias e proteção e cuidado a crianças e adolescentes. A revoada aconteceu nesta terça-feira (28), durante a 1ª Conferência Internacional pelo Direito à Convivência Familiar e Comunitária, organizada pelas Aldeias Infantis SOS Brasil, Paraguai e Argentina e pela Rede Proteger, com o apoio da Itaipu. O encontro aconteceu no Recanto Park Hotel, em Foz do Iguaçu.

 Nas cores dos balões, a mensagem pedindo melhores condições de vida às crianças.

A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário Nunes, participou do evento ao lado de autoridades federais, estaduais e municipais, tanto do Brasil como da Argentina e do Paraguai. O foco do encontro foi discutir e viabilizar estratégias e ações de fortalecimento familiar e comunitário para atender as crianças da região.

Autoridades do Brasil, Paraguai e Argentina fizeram parte da mesa de debates do encontro.

A proposta da ministra foi a criação de um comitê de acolhimento e proteção dos direitos das crianças e adolescentes na região da fronteira, unindo num mesmo espaço os três países para a troca de experiências e conhecimentos. “Isso pode até ser ampliado para outros pontos. O importante é nos unirmos e buscarmos ações concretas para garantir a todos os jovens uma família, estudo, saúde, paz e dignidade”, afirmou.

"Temos que valorizar a experiência e buscar novas soluções", disse a ministra.

Para a representante da Itaipu na Conferência, Criviam de Paiva Siqueira, a proposta é ideal e terá todo o apoio do Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente da Itaipu (PPCA). “Temos que mostrar que o cuidado com os jovens não pode ser interrompido. Assim como os balões lançados hoje, temos que propor ações que se espalhem, apesar das fronteiras”, disse Criviam.
Pipas

Enquanto dentro do salão os adultos discutiam ações e políticas, do lado de fora as crianças das sete casas da Aldeia Infantil SOS Foz do Iguaçu exerciam seu protagonismo por meio da arte. Para lançar o projeto “Pipas do Iguaçu”, elas criaram dezenas de pipas coloridas, que seriam lançadas. Porém, com a ameaça de chuva, as pipas foram substituídas por balões – o que não diminuiu a empolgação.

O projeto “Pipas do Iguaçu” vai priorizar atividades socioeducativas e o acompanhamento sistemático junto às famílias de origem, com visitas domiciliares, encaminhamento para a rede socioassistencial e a elaboração de um plano de desenvolvimento familiar. Um local chamado de Casa de Oportunidades oferecerá espaço para outras iniciativas e organizações locais.

Triste cenário

Durante o evento, os gestores das Aldeias Infantis SOS Brasil, Paraguai e Argentina apresentaram os cenários da infância e da adolescência em seus países. O que se viu foram números preocupantes – ainda mais quando pensamos que se trata do futuro dos nossos países. No Paraguai, 43% das crianças vivem em situação de pobreza; na Argentina, 24 mil jovens de 14 a 18 anos são responsáveis pelo sustento de suas famílias; e no Brasil, a cada hora são denunciados cinco casos de violência contra crianças.

Maria do Rosário soltou balões coloridos com as crianças.

“A família é o melhor acolhimento. A comunidade tem que zelar e observar suas crianças”, comentou Sandra Greco, gestora nacional da Aldeias Infantis SOS Brasil. “Daqui a um ano, queremos estar aqui reunidos novamente para comemorar os avanços que conquistaremos a partir de agora”.

À tarde, os participantes da conferência visitaram uma exposição de práticas inovadoras e se reuniram em mesas temáticas. Ao final do encontro, foi formalizado o compromisso com os jovens da tríplice fronteira, num documento assinado por todos os presentes.

Fonte: JIE

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Ciclo de Debates Jurídicos será expandido a outras cidades do Oeste do Paraná

A primeira edição deste ano foi na quinta (23) e sexta-feira (24). Agora, ciclo será levado para outros municípios.
  
O Ciclo Permanente de Debates Jurídicos – promovido pela OAB-PR, com o patrocínio da Itaipu, e realizado em Foz do Iguaçu desde o ano passado – será levado para outras cidades do Oeste do Paraná a partir do próximo mês.

O anúncio foi feito pelo diretor Jurídico da Itaipu, César Ziliotto, durante a abertura do primeiro Ciclo de Debates deste ano, realizado na Subseção da OAB de Foz do Iguaçu, na quinta-feira (23). O evento seguiu até sexta-feira (24).

As primeiras cidades que receberão o Ciclo de Debates são Cascavel, Medianeira, Toledo, Guaíra e Marechal Cândido Rondon. Depois, o evento retornará a Foz do Iguaçu, em setembro. As datas dos encontros ainda serão definidas.

“Itaipu tem o compromisso de contribuir com o desenvolvimento da região. Tínhamos projetos em outras áreas, como na Engenharia, mas estávamos em débito com o Direto. Agora, estamos sanando esta dívida”, disse Ziliotto. “Este ano levaremos para as cidades do Oeste, mas nada nos impede de, em 2014, realizarmos os encontros em outras regiões do Paraná”.

Para o vice-presidente da OAB Paraná, Cássio Telles, o convênio firmado com a Itaipu foi “um presente para os advogados”. “Esta parceria é muito importante porque tivemos a oportunidade de conhecer e discutir variados temas do Direito com os juristas mais renomados do País. Em 2013, isso não será diferente”, afirmou.


O Ciclo de Debates será realizado nos próximos quatro anos. Na primeira fase, promovida em 2012, foram discutidos Direito Processual Civil, Direito do Trabalho, Direito Penal, Direito Constitucional e Direito Internacional de Arbitragem.
 
Exame

Valter Cândido Domingos, presidente da OAB em Foz do Iguaçu, lembrou que os primeiros Ciclos de Debates já começaram a mostrar resultados positivos. Além de ajudar na atualização dos profissionais, as palestras contribuíram para formação dos acadêmicos de Direito no município. “Foz está em 1º lugar no Exame da Ordem. Com certeza, as discussões promovidas pela Itaipu e a OAB de Foz colaboraram para este resultado”.
 
Direito Empresarial

Os debates de quinta e sexta-feira foram sobre Direito Empresarial. Na primeira noite, Alfredo Assis Gonçalves Neto, falou sobre os “Aspectos peculiares da contratação mercantil” e Erasmo Valladão Azevedo Novaes e França discorreu a respeito do “O direito societário no Código Civil”.

 
Para Valladão, é necessário uma reforma no Código Civil no que diz respeito às sociedades limitadas, que correspondem a 99% das empresas do País. São quatro milhões delas. “Precisamos de algo mais simples”, afirmou.

Na sexta-feira, o jurista Paulo Penalva Santos abordou o tema “Os credores na recuperação da empresa”. Newton Silveira falou sobre “Nome empresarial”. Os temas das palestras de Paula Andrea Forgioni  e Priscilla Placha Sá foram, respectivamente, “Contratos de distribuição” e “A atividade societária e as malhas do Direito.


Fonte: JIE 

sexta-feira, 24 de maio de 2013

GT Itaipu-Saúde programa os próximos cinco anos

Criar uma rede integrada de informações de saúde na tríplice fronteira, capacitar médicos, enfermeiros e técnicos e promover campanhas de prevenção de doenças e endemias são algumas das ações prioritárias a serem desenvolvidas pelo Grupo de Trabalho Itaipu Saúde (GT Itaipu-Saúde), nos próximos cinco anos (2013-2017).     
As ações fazem parte do Planejamento Estratégico apresentado na terça-feira (21), durante a 110º reunião do grupo, realizada no Auditório César Lattes, no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), com a participação de profissionais de saúde do Brasil, Paraguai e da Argentina.
   
Apesar de já ter mais de 30 projetos para serem colocados em prática na região, como apoio a campanhas de vacinação, seminários e oficinas, o grande diferencial a partir do próximo semestre é a forma de atuação. As nove comissões trabalhão de forma articulada e transversal, e todas as propostas de atividades deverão perpassar por elas. “Acreditamos que, assim, os resultados serão mais efetivos”, firma o consultor Silvio Fernandes. 


Fonte: JIE

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Gleisi diz que falta articulação politica e projetos para governo do PR receber recursos

Em entrevista à jornalista Joice Hasselmann, veiculada no Programa Paraná no Ar da RICTV, na última sexta-feira (17), a ministra-chefe Casa Civil, Gleisi Hoffmann falou sobre a Medida Provisória 595, conhecida como MP dos Portos, mulheres no poder e recursos federais para o Paraná. Gleisi considerou natural o intenso debate que envolveu a MP dos Portos no Congresso Nacional, por ser um tema polêmico e que envolve diversos setores e interesses.  A ministra também considerou natural a falta de consenso sobre a MP, devido da complexidade do tema.

Na entrevista, Gleisi disse que o foco da MP era o escoamento da produção do país, mas acabou tomando o rumo da discussão dos terminais portuários o que acabou “trazendo bastante divergência e retardo na avaliação da matéria”. “Por mais que o governo encaminhe a sua posição, vai ter gente da base aliada que pense diferente. Nós não temos como impor. Então é natural que tenha o debate, que tenha a divergência, aliás, eu acho que isso é política”, ponderou a ministra quando perguntada por Joice sobre o que faltou no processo de articulação.
Mulheres 
Outro tema abordado na entrevista foi sobre as mulheres que comandam o Brasil. Gleisi elogiou a atuação da presidente Dilma Rousseff. “A presidenta é muito determinada e trabalha muito para que as coisas aconteçam em beneficio das pessoas”.
Quando perguntada por Joice sobre como era a rotina “da segunda mulher mais importante” do país, Gleisi lembrou que no governo federal há muitas mulheres importantes, como a ministra de Planejamento, Miriam Belchior, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti e Helena Chagas da Comunicação Social.
Paraná
Sobre o Paraná, a ministra foi perguntada sobre o motivo de o Estado do Paraná não receber recursos do governo federal.  Gleisi explicou que “falta articulação política e apresentação de projetos. Não há como o dinheiro sair daqui e dizer: ‘Paraná, por favor, me receba que eu estou aqui querendo ser investido’”.
Segundo a ministra, o Estado do Paraná é “ensimesmado”, mas que a União tem projetos para o Paraná. “Várias rodovias têm recursos da União, temos agora o Porto de Paranaguá, os aeroportos que vão receber também investimentos. Enfim, eu acho que se tivesse um pouquinho mais de articulação e projetos teria mais retorno”, ressaltou.
Na entrevista, a ministra disse que o Paraná está perdendo investimentos diretos de cerca de R$ 2 bilhões, já aprovados pelo Senado e US$ 350 milhões do BIRD. O governo do Paraná, segundo a ministra, está impedido de realizar a assinatura, pois o Estado não está de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) já que “extrapolou o teto de pessoal, tanto o Poder Executivo como o Poder Legislativo. Não tem o que a gente fazer, não adianta o governador, o secretário ou quem quer que seja dizer que nós estamos impedindo. É um fato”, concluiu a ministra Gleisi Hoffmann.
Fonnte: Agência de NoticiasPR

domingo, 19 de maio de 2013

Instituições reafirmam compromisso pelo fim da exploração sexual infantojuvenil

 A Itaipu Binacional, a Prefeitura de Foz do Iguaçu, o Governo do Paraná, a Rede Proteger e a PAIR-Mercosul reafirmaram, nesta sexta-feira (17), o compromisso de acabar com o abuso e exploração sexual infantojuvenil na região, com a assinatura da repactuação do Plano Operativo Local.

A assinatura do documento integra as atividades alusivas ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração de Crianças e Adolescentes, lembrado neste sábado, 18 de maio. Em Foz, as ações começaram nesta sexta, com uma caminhada da Avenida Brasil até a Praça do Mitre, onde apresentações culturais encerraram a programação do dia. A marcha reuniu centenas de jovens.
  
As instituições signatárias do Plano Operativo Local se comprometeram a realizar três ações imediatas: capacitar os profissionais que atuam nas entidades de assistência a meninos e meninas e, com isso, melhorar o atendimento oferecido nas casas abrigos, no Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria) e nos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas); fortalecer e incentivar a denúncia; e desenvolver ações preventivas nas escolas.
 

Repactuação
   
Segundo Sueli Ruiz, coordenadora da PAIR-Mercosul, o Plano Operativo Local foi construído no final de 2012 com a participação de representantes do poder público e instituições ligadas à defesa da infância, mas somente agora as ações começam a sair do papel. “Tivemos mudança dos ‘atores’ do governo municipal, como prefeito e vereadores. Achamos por bem fazer uma repactuação do plano”, explicou.
   

 
De acordo com Criviam Paiva de Siqueira, da Assistência da Diretoria Geral Brasileira da Itaipu, a exploração e o abuso cometido contra crianças é um dos piores e mais perversos crimes. Fazendo uma alusão aos 40 anos do estupro e morte da pequena Araceli Cabrera Sanches, cometido em 18 de maio de 1973, quando a menina tinha oito anos, Criviam disse: “Não poderíamos ter escolhidos data mais significativa para reiterarmos este compromisso. Não podemos permitir a existência de outras Aracelis”.
   
Criviam pediu um minuto de silêncio em memória às crianças vítimas de maus tratos e lembrou que há 10 anos a Itaipu trabalha para reduzir os casos de abuso na região.
   
Nesse período, por meio do Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente (PPCA), a empresa contribuiu para a implantação da Casa Abrigo e do Nucria, além de manter projetos que tiram meninos e meninas da situação de vulnerabilidade social e incentivam o protagonismo juvenil, como o Plugados – Canais Ligados na Cultura, Meninos do Lago e Velejar é Preciso.
  
“Todos os nossos projetos são desenvolvidos em conformidade com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e as políticas públicas do governo federal”.
  
 
Campanha
  
Ao assinar o documento, a secretária municipal de Assistência Social, Cláudia Pereira, se comprometeu a trabalhar para colocar em prática todas as exigências do plano.
  
Uma das primeiras ações será incentivar a denúncia. A partir desta segunda-feira (20), todos os ônibus do transporte coletivo de Foz do Iguaçu e do transporte de empregados da Itaipu, além de vans de turismo, receberão banners da campanha “Criança que sofre violência não fala. Disque 100 e fale por ela”.
 

 Outras ações 

Na terça-feira (21), às 19h, haverá uma palestra no Sest/Senat sobre o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
  
Denuncie você também. Disque 100 ou entre em contato com o Nucria pelo telefone (45) 3524-8565.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Caminhada abre atividades do Dia de Combate à Exploração infantojunvenil



Uma caminhada marcada para começar às 8h, desta sexta-feira (17) em frente ao 34ª Batalhão de Infantaria Motorizado, com a participação de crianças, adolescentes e integrantes das entidades ligadas à defesa do direito à infância abre as atividades do Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração de Crianças e Adolescentes – Dia 18 de Maio – em Foz do Iguaçu. 
 
A marcha seguirá pela Avenida Brasil até a Praça do Mitre, aonde haverá apresentações culturais e lúdicas, distribuição de panfletos e o lançamento da campanha de mídia desenvolvida em parceria entre a Prefeitura, Itaipu e Rede Proteger que prevê adesivar todos os ônibus do transporte coletivo de Foz e do transporte de empregados da Itaipu, além de vans de turismo. 

Como parte da campanha, os restaurantes e hotéis da cidade receberão displays para colocar nas recepções. A ideia é mostrar para os hospedes e clientes que àquele estabelecimento é contra a exploração infantojuvenil. Spots também serão veiculados nas rádios, televisão, além de uma grande campanha de mídia que inclui jornais, revistas e outdoors.

Todo o trabalho prevê sensibilizar a comunidade para o abuso e maus tratos cometidos contra meninos e meninas e incentivar a denúncia. Em Foz, somente o Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria) atende, todos os dias, em média, seis meninos e meninas vítimas de abusos e maus tratos.

Ponte Fechada
No dia 18, sábado, às 9h, a Ponte Internacional da Amizade será fechada, dentro da campanha "Fronteira Fechada Para o Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes".

No dia 21, às 19h, haverá uma palestra no SEST/SENAT com o tema “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”.

18 de Maio
 A escolha da data é uma forma de lembrar a sociedade brasileira o caso Araceli Cabrera Sanches. No dia 18 de Maio de 1973, Araceli, então com oito anos, foi sequestrada, drogada, espancada, estuprada e morta por integrantes de uma tradicional família capixaba. Muita gente acompanhou o desenrolar do caso, poucos, entretanto, foram capazes de denunciar. O silêncio de muitos resultou na impunidade dos criminosos.

Cerca de 30 anos depois, a então deputada Rita Camata, do Espírito Santo, presidente da Frente Parlamentar pela Criança e Adolescente do Congresso Nacional, apresentou o projeto de Lei 9.970, de 2000, que instituiu o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infantojuvenil.

Desde então, a sociedade civil promove atividades em todo o País para conscientizar a população e autoridades sobre a gravidade do problema.

Denuncie você também. Disque 100. Ou entre em contato com o NUCRIA pelo telefone (45) 3524-8565.

Fronteira terá GT contra o tráfico

A oficina Mulheres e Homens pela Paz e contra o Tráfico de Mulheres e a Violência Sexual, no Hotel Bella Itália, resultou na criação do Grupo de Trabalho.
 
Um Grupo de Trabalho (GT) formado por 12 instituições ligadas à defesa dos direitos humanos, incluindo a Itaipu Binacional e a Polícia Federal (PF), terá o papel de articular ações e criar uma Rede de Proteção Integral à Mulher na Tríplice Fronteira. O GT foi um dos resultados da oficina Mulheres e Homens pela Paz e contra o Tráfico de Mulheres e a Violência Sexual, realizado na semana passada, no Hotel Bella Itália, em Foz do Iguaçu. 
    
Segundo a coordenadora do GT, Criviam Paiva de Siqueira, da Assistência da Diretoria Geral Brasileira da Itaipu (AS.GB), a primeira reunião está marcada para julho. Na pauta das discussões está um levantamento da situação da violência e tráfico de mulheres na região. “Sabemos da existência do problema, mas queremos um diagnóstico com dados específicos. Inclusive com o número de casos, para conhecer de verdade a realidade local”, explicou.
  

A ativista Clara Charf destacou que a criação da rede na região é fundamental. “O tráfico, seja de pessoas, de drogas ou de armas, é muito bem organizado. Só conseguiremos combatê-lo se também trabalharmos de forma articulada”, disse.   
O mapeamento da região já tem prazo para ser concluído: dezembro de 2014. A data encerra o cronograma de eventos da Associação de Mulheres pela Paz (AMP) sobre tráfico de mulheres.

  

Clara Charf e Moema Viezzer durante a oficina.
   
Fechamento em Foz
   
O primeiro encontro ocorreu em Florianópolis; o segundo, em Foz do Iguaçu. Até o final de 2014 serão realizadas palestras em São Paulo, Rio Branco, Oiapoque, Natal e Cuiabá. “Em nenhuma das demais cidades teremos a riqueza de conhecer a realidade de três cidades-gêmeas e em países distintos. Por isso, o fechamento da programação será em Foz”, disse Clara.
   
Outra justificativa é o número de denúncias contra a violência doméstica registrada na cidade. Segundo dados da Delegacia da Mulher, foram instaurados 940 inquéritos de maus tratos contra mulheres em 2012. E em 2013, os números são ainda maiores. A Delegacia recebe em média dez denúncias por dia.
  
Embora os casos não estejam diretamente ligados ao tráfico, a violência deixa a mulher em situação de vulnerabilidade, facilitando o aliciamento. E para o delegado da Polícia Federal, Geraldo Gustaquio, a tendência é aumentar o número de denúncias em pelo menos 30%, pois o tema foi colocado na pauta de discussões.
   
Participação masculina
    
O evento realizado em Foz contou com uma maciça participação masculina. A presença deles, de acordo com a especialista em gênero, Moema Viezzer (que ministrou a palestra Masculinidade), é fundamental. Para ela, não adianta ter mulheres comprometidas com a mudança dos hábitos familiares se não tiverem a compreensão dos maridos e companheiros.
  
O professor Marcelo Grodin é um defensor das causas feministas. Para ele, a postura das mulheres de buscar a independência, lutar pela equidade de gênero e pelo fim da violência tem causado transformações positivas entre os homens.
   
“Graças à luta delas, os homens estão começando a perceber a importância da mulher dentro da família e nos ambientes de trabalho. Estão aprendendo que mulher e homem podem exercer as mesmas funções e com a mesma qualidade”, disse.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Painel discute entraves para combate ao tráfico de mulheres

Suely Ruiz, do Pair/Mercosul, no Painel da manhã desta sexta-feira (10).
    
Um dia depois do lançamento de uma campanha do governo federal contra o tráfico de pessoas no Brasil, representantes da Polícia Federal, do Programa de Ações Referenciais - Pair/Mercosul e da imprensa de Foz do Iguaçu debateram as dificuldades para combater e divulgar este tipo de crime.
 
O assunto foi abordado no Painel “Mulheres e Homens pela Paz e contra o Tráfico de Mulheres e a Violência Sexual”, evento que tem apoio de Itaipu. O encontro começou na quarta-feira (8) e termina nesta sexta-feira (10) no Hotel Bella Itália, no centro de Foz.

 
O panorama local do tráfico de mulheres foi apresentado pelo delegado Rodrigo Perin, da Polícia Federal, e pela coordenadora do Pair/Mercosul, de enfrentamento a violência sexual contra Crianças e Adolescentes, Suely Ruiz. A jornalista Denise Paro, da Gazeta do Povo, foi convidada para falar sobre os empecilhos à cobertura do tema nas três fronteiras.

  
Entre os entraves citados pelas autoridades estão o número de denúncias, ainda parcas, embora em expansão, o medo de retaliações pelas vítimas ou mesmo o desejo da vítima de sair do País, ainda que ciente da exploração sexual.

 
Mas um ponto positivo foi destacado. Segundo o delegado Rodrigo Perin, o efeito provocado pela novela “Salve Jorge”, que tem no tráfico de mulheres um de seus temas centrais, acabou contribuindo para o aumento das denúncias – embora não haja estatísticas divulgadas sobre este tipo específico de crime na fronteira. Segundo a PF, o destino prioritário das mulheres traficadas é Valência, na Espanha.

  
Rodrigo Perin, da PF, pediu apoio da comunidade para denunciar os casos suspeitos de tráfico de pessoas.
   
Denise Paro, autora de uma série de matérias sobre o assunto, falou sobre as limitações na cobertura deste crime. “Temos uma dificuldade de encontrar números e estatísticas sobre a realidade do tráfico de pessoas local”, afirmou a repórter.
  
Segundo dados divulgados pela Agência Brasil, em todo o País foram investigadas 514 denúncias relativas ao tráfico de pessoas, sendo 344 delas relacionadas ao trabalho escravo, entre 2005 e 2011. Os dados mostram que 157 são de tráfico internacional e 13 de tráfico interno. Neste mesmo período, 381 suspeitos foram indiciados e 158 presos.

   Coração Azul
 
Para facilitar a denúncia, o Ministério da Justiça lançou nesta quinta-feira (9) a versão brasileira da campanha Coração Azul, em parceria com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes. Um hotsite (http://coracaoazul.com.br) e uma página social no Facebook foram criadas para ajudar na divulgação.

  
Com o slogan “Liberdade não se compra. Dignidade não se vende. Denuncie o tráfico de pessoas”, a campanha tem como embaixadora a cantora Ivete Sangalo. No lançamento da iniciativa, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ressaltou a importância da conscientização da comunidade para ajudar nas denúncias. “Crime não denunciado é crime oculto. E crime oculto não pode ser punido”, afirmou.

 
O combate a este crime é tratado como prioridade pelo governo federal, de acordo com a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário.


Atualmente o Brasil possui 15 Núcleos de Enfretamento ao Tráfico de Pessoas que tem como responsabilidade a prevenção ao tráfico de pessoas, a responsabilização de seus autores e a atenção às vítimas. No Paraná, o Núcleo de Enfrentamento fica na Secretaria de Estado da Justiça Cidadania e Direitos Humanos, fica em Curitiba.

   

Para Denúnciar
 
Núcleos de Enfretamento ao Tráfico de Pessoas no Paraná
  
Rua Jacy Loureiro de Campos, s/n Bairro Centro Cívico Palácio das Araucárias, 4º andar, Ala D, Curitiba. Os telefones para contato são (41) 3221-7249/ 3219-7344 /3338-1832. A coordenadora é Stella Maris Machado Natal (stella.natal@hotmail.com).
    
Também é possível se comunicar com a Coordenação de enfrentamento ao Tráfico de Pessoas da Secretaria Nacional de Justiça pelo e-mail de informação: traficodepessoas@mj.gov.br ou pelo e-mail de denúncia da Polícia Federal: urtp.ddh@dpf.gov.br.

     Ligue 180 (Central de Atendimento à Mulher)

Se estiver no exterior:

   
Espanha: 900 990 005 (opção 1)

Tel.: 61-3799.0180
Portugal: 800 800 550 (opção 1)
Tel.: 61-3799.0180
Itália: 800 172 211 (opção 1)
Tel.: 61-3799.0180
   Disque 100 (Para Denunciar Violações de Direitos Humanos), se estiver no Brasil.

Serviços 24 horas/ligações gratuitas

Polícia Federal: www.denuncia.pf.gov.br e denuncia.urtp@dpf.gov.br


Mais informações no Ministério da Justiça: www.mj.gov.br e
traficodepessoas@mj.gov.br


Fonte: JIE

Gleisi entrega máquinas do PAC em Paranavaí e Marialva


A ministra-chefe da Casa Civil, senadora licenciada pelo PT-PR, Gleisi Hoffmann, esteve no sábado (11) em Paranavaí e Marialva para fazer a entrega de 154 equipamentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), sendo 102 retroescavadeiras e 52 motoniveladoras, para 102 municípios das regiões Norte e Noroeste do Paraná.  A ministra também visitou a Expoingá, em Maringá.

Participaram das entregas das máquinas o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Pepe Vargas; o vice-presidente de Agronegócios e Micro e Pequenas Empresas do Banco do Brasil, Osmar Dias, o senador Sérgio Souza (PMDB); deputados federais, entre eles André Vargas (PT), Doutor Rosinha (PT) e Zeca Dirceu (PT); deputados estaduais, entre eles Enio Verri (PT); além de lideranças políticas e empresariais da região.

Paranavaí

Em Paranavaí, foram entregues 91 equipamentos (56 retroescavadeiras e 35 motoniveladoras) para 56 municípios que fazem parte da Amunpar (Associação dos Municípios do Noroeste do Paraná) e Amerios (Associação dos Municípios do Entre Rios).

Gleisi ressaltou a importância da parceria entre o Governo Federal e os prefeitos pelo desenvolvimento dos municípios. “Este é um momento importante para história da região porque reflete o compromisso do governo Dilma de investir sempre mais em infraestrutura nos municípios. Ações como estas dependem de uma parceria sólida com os prefeitos. Sem a determinação de cada administrador municipal não haveria condição de oferecer um programa que traz tantos benefícios às comunidades de cada canto do Brasil.”

A ministra destacou o empenho do governo com o PAC 2, que foi criado com o objetivo de promover investimentos em infraestrutura como forma de estimular o crescimento. “Esta medida é de grande relevância para o desenvolvimento local. Temos municípios responsáveis por uma malha viária vicinal muito expressiva, que custa caro, e muitos deles contam com equipamentos sucateados, que custam caro. O PAC 2 foi lançado com esse objetivo: dar aos prefeitos condições de fazer melhorias na infraestrutura das suas estradas”, frisou.

Em todo o país, de acordo com o MDA, o Governo Federal vai beneficiar 5.058 municípios com mais de 18 mil máquinas. Os investimentos ultrapassam R$ 4,9 bilhões. No Paraná, serão contemplados 350 municípios com até 50 mil habitantes, num investimento superior a R$ 105 milhões.

Durante o evento em Paranavaí, Gleisi e o prefeito Rogério Lorenzeti (PMDB) assinaram a Ordem de Serviço para o início da construção da UPA 24 horas (Unidade de Pronto Atendimento), que irá receber aproximadamente R$ 1,7 milhão em recursos federais.

Marialva

Na capital da uva fina, os ministros entregaram 63 equipamentos, sendo 46 retroescavadeiras e 17 motoniveladoras. Foram contemplados 46 municípios da Amusep (Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense) e Amepar (Associação dos Municípios do Médio Paranapanema).
O prefeito Edgar Silvestre, o Deca, enalteceu os programas desenvolvidos pelo governo Dilma. "Precisamos de máquinas como essas para melhorar a vida de nossas comunidades. Não temos como adquirir com recursos próprios, mas o Governo Federal, por meio do MDA entendeu esta necessidade e hoje transformou isso em realidade.”

Gleisi mais uma vez ressaltou a importância da atuação dos prefeitos, que são “agentes parceiros do governo federal” para o desenvolvimento dos municípios. “O que a gente deve comemorar hoje, além da entrega dos equipamentos, é a parceria de sucesso entre o governo e os prefeitos pelo desenvolvimento dos nossos municípios. Precisamos mostrar resultado para quem confiou no nosso trabalho”, afirmou.

A ministra destacou que as retroescavadeiras e motoniveladoras estão sendo entregues pelo Governo Federal a custo zero para as Prefeituras. “Que estes maquinários possam dar resultado e resposta para toda população dos municípios, mas principalmente para o agricultor que precisa da estrada para escoar sua produção, para a criança que precisa da estrada para ir para a escola, para a família que precisa de uma estrada em boas condições para socorrer uma pessoa doente.”

Maringá

Na sequencia, Gleisi visitou a Expoingá, no Parque de Exposições. Acompanhada de Osmar Dias e Enio Verri, ela participou de uma entrevista coletiva, onde falou sobre as entregas dos maquinários, Plano Safra, o apoio do governo às cooperativas e a importância da Expoingá. “A feira é muito relevante, tem uma importância vital na realização de negócios e na divulgação de tecnologia. A presidenta Dilma tem um compromisso muito grande com o desenvolvimento agrícola. Dedicou muita atenção no último Plano Safra, que destinou R$ 115 bilhões em financiamentos para a agricultura empresarial e R$ 18 bilhões para a agricultura familiar”.

Depois de conversar com os jornalistas, a ministra almoçou com os organizadores da Expoingá e visitou os estandes da Emater, Branco do Brasil, Cocamar e também a Fazendinha.

Confira a lista dos municípios que foram contemplados com as entregas dos equipamentos no sábado:

Entrega em Paranavaí (Municípios da Amunpar e Amerios)

Retroescavadeira e motoniveladora: Alto Paraíso, Alto Paraná, Alto Piquiri, Altônia, Cidade Gaúcha, Cruzeiro do Oeste, Cruzeiro do Sul, Diamante do Norte, Esperança Nova, Francisco Alves, Guairaçá, Guaporema, Icaraíma, Indianópolis, Iporã, Japurá, Loanda, Mariluz, Nova Londrina, Paraíso do Norte, Pérola, Porto Rico, Querência do Norte, Rondon, Santa Isabel do Ivaí, Santa Mônica, Santo Antônio do Caiuá, São Jorge do Patrocínio, São Manoel do Paraná, São Pedro do Paraná, São Tomé, Tapejara, Terra Rica, Tuneiras do Oeste e Xambrê.

Retroescavadeira: Amaporã, Brasilândia do Sul, Cafezal do Sul, Douradina, Inajá, Itaúna do Sul, Ivaté, Jardim Olinda, Jussara, Maria Helena, Marilena, Mirador, Nova Aliança do Ivaí, Nova Olímpia, Paranapoema, Perobal, Planaltina do Paraná, Santa Cruz de Monte Castelo, São Carlos do Ivaí, São João do Caiuá e Tamboara.

Entrega em Marialva (Municípios da Amepar e Amusep)

Retroescavadeira e motoniveladora: Alvorada do Sul, Astorga, Bela Vista do Paraíso, Centenário do Sul, Colorado, Florestópolis, Jataizinho, Mandaguaçu, Mandaguari, Marialva, Nova Esperança, Paiçandu, Paranacity, Porecatu, Santa Fé, Sertanópolis e Tamarana.

Retroescavadeira: Ângulo, Atalaia, Cafeara, Doutor Camargo, Floraí, Floresta, Flórida, Guaraci, Ibiporã, Iguaraçu, Itaguajé, Itambé, Ivatuba, Jaguapitã, Lobato, Lupionópolis, Miraselva, Munhoz de Melo, Nossa Senhora das Graças, Ourizona, Pitangueiras, Prado Ferreira, Presidente Castelo Branco, Primeiro de Maio, Sabáudia, Santa Inês, Santo Inácio, São Jorge do Ivaí e Uniflor.


Fonte: PT Paraná

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Equidade de gênero desafia: você também é feminista?

Maria Helena Guarezi, coordenadora do Programa de Equidade de Gênero de Itaipu, apresentou uma teste que desmistifica o feminismo. Ao fundo, à direita, a ativista Clara Charf.
  
Um teste rápido, com 10 questões sobre direitos e deveres das mulheres, foi utilizado pela Coordenadora do Programa de Incentivo à Equidade de Gênero da Itaipu, Maria Helena Guarezi, para elucidar alguns mitos sobre o feminismo e apontar suas diferenças com o machismo.
 
A apresentação ocorreu nesta quinta-feira (9), durante a palestra “Relações Sociais de Gênero”, no Encontro “Mulheres e Homens pela Paz e contra o Tráfico de Mulheres e a Violência Sexual”, no Hotel Bella Itália. O evento termina nesta sexta-feira (10).

 
A intenção foi mostrar que o feminismo é amparado em direitos básicos, como o voto para ambos os sexos e o pagamento igualitário de salários para pessoas que desempenham a mesma função, homem ou mulher. “Se você concorda que cuidar dos filhos deve ser uma obrigação de ambos, pai e mãe, você é feminista”, disse Maria Helena.

 
Muito diferente de misandria, definida pelo ódio ou desprezo pelo sexo masculino, ou do machismo, que acredita na dominação do homem sobre a mulher, ser feminista é lutar de forma pacífica por direitos e tratamentos semelhantes entre homens e mulheres.

 

Público composto por homens e mulheres ouviu com atenção o teste apresentado por Maria Helena.
 
“Atualmente, ser feminista não é queimar sutiã, mas mostrar o quanto homens e mulheres têm capacidades de ocupar as mesmas funções no mercado de trabalho e ganhar o mesmo por isso”, afirmou a coordenadora. E completou: “É ainda convencer a sociedade de que a mulher tem condições de gerir seus bens e, inclusive, decidir quando e se querem ser mães”.
 
Segundo Maria Helena, no passado, foram necessárias medidas extremistas, porque a mulher era um ser humano sem qualquer direito, não votava ou podia se candidatar, não podia cursar o ensino elementar, muito menos a faculdade. 
 
“Não devemos nos esquecer daquelas que lutaram para que hoje tenhamos esses direitos e outros, como jogar futebol, participar de olimpíadas e sentir prazer. Parecem coisas tolas, mas vetadas às mulheres do século 19”, concluiu.

Participação popular: homens e mulheres, jovens e adultos, estiveram no Bella Itália para debater a equidade de gênero.
  
Para ver se você também é feminista, responda...

Responder às perguntas:
 
1 - Mulheres devem receber o mesmo valor que homens para realizar o mesmo trabalho?

2 -  Mulheres devem ter direito a votar e ser votadas?


3 -  Mulheres devem ser as únicas responsáveis pela escolha de suas profissões, e que essa decisão não pode ser imposta pelo Estado, pela escola nem pela família?


4 - Mulheres devem receber a mesma educação escolar que os homens?

 
5 - Cuidar dos filhos deve ser uma obrigação de ambos o pai e a mãe?


6 - Mulheres devem ter autonomia para gerir seus próprios bens?


7 - Mulheres devem escolher se, e quando, se tornarão mães?


8 - Mulheres não devem sofrer violência física ou psicológica por se recusar a fazer sexo ou por desobedecer o pai ou marido?


9 - Tarefas domésticas são de responsabilidade dos moradores da casa, sejam eles homens ou mulheres?


10 - Mulheres não podem ser espancadas ou mortas por não quererem continuar em um relacionamento afetivo?

  
Se você respondeu sim para todas ou para a maioria, parabéns: você é feminista!


Fonte: JIE

Combate ao tráfico de mulheres exige união



Clara Charf abriu o evento que prossegue até sexta-feira.

O sucesso no combate ao tráfico de mulheres depende de uma estratégia unificada dos países fronteiriços ao Brasil, uma das principais portas de entrada e saída de pessoas traficadas no País. A defesa da criação de uma rede integrada foi feita na noite dessa quarta-feira (8), pela ativista Clara Charf durante abertura do painel temático “Mulheres e Homens pela Paz e contra o Tráfico de Mulheres e a Violência Sexual”, em Foz do Iguaçu.
   
O evento segue até sexta-feira (10), no Hotel Bella Itália, e reúne representantes de organizações não-governamentais, do poder público, das polícias civil e federal e da Itaipu Binacional, apoiadora da iniciativa.
  
Clara Charf, um dos principais nomes da luta contra a ditadura militar e viúva de Carlos Marighella, disse ser necessário um maior intercâmbio entre os países – condição que pode ter um passo importante com o seminário em Foz.

  
“Temos aqui a chance de reunir e consolidar dados sobre o assunto. Não há números exatos, mas este trabalho vai unificar as informações”, afirmou. “Um país pode ajudar o outro, do ponto de vista político e estratégico. Os criminosos devem saber que se fugirem de um lugar, podem ser presos no outro”, completou Clara, que é presidente a Associação Mulheres pela Paz, instituição organizadora do painel.

   
Clara cumprimenta o delegado Rodrigo Costa, da PF: aperto de mãos aperto de mãos entre comunista e policial era inimaginável nos anos da repressão.
 
Para que o trabalho dê resultado, ela disse contar com instituições com as quais sequer imaginava uma boa relação nos seus tempos de militante da Aliança Libertadora Nacional (ALN), fundada por Marighella.
 
“Eu tenho um medo danado da polícia, no tempo da repressão não era brincadeira. Agora vejo um delegado ao meu lado e vou até dar a mão a ele. Essa evolução é uma das coisas mais lindas da luta”, brincou ao cumprimentar o delegado da Polícia Federal, Rodrigo Campos da Costa, que explicou o trabalho preventivo da PF contra este tipo de crime.

   
Aliados e aliadas
 
Aos 87 anos, a ativista disse que deixará seu legado “às tantas Claras Charfs” que existem País afora. “Há muita gente lutando contra todo o tipo de repressão no Brasil. É tanta coisa que não conseguimos acompanhar”. Neste contexto, muitos nomes são de homens, que aderiram à causa feminista nos últimos anos.

 
A opressão masculina cedeu, se comparada com o cenário dos anos de 1940, quando ela começou sua militância. “A gente não podia nem conversar, porque alguns maridos achavam que era tramoia. Uma amiga minha deixava a tábua de passar ferro aberta, para disfarçar”, lembrou.

 
Hoje, algumas organizações masculinas participam com regularidade dos eventos da Associação Mulheres pela Paz. “Eles são nossos aliados”, disse. “Não se pode transformar a sociedade com uma parte da população. Tem que ser com todos, homens e mulheres.”

 
Outra aliado contra a violência e o combate ao tráfico de mulheres são os veículos de comunicação. “A novela [Salve Jorge] levou este tema para grandes setores da sociedade, que desconheciam o problema ou sabiam de sua existência, mas não queriam ver. Agora é um assunto debatido em todo lugar”.

 
Para ela, a imprensa também tem um papel importante nesta batalha. “É importante que os jornalistas tenham sensibilidade de reconhecer a gravidade destes problemas e os levem a público”.

   
Ação integrada 


Jorge Samek agradeceu à militante pela vinda a Foz e lembrou da importância de mulheres como Clara Charf para a democracia brasileira.

 
Iniciativas como a Rede Proteger, composta por Itaipu e outras 39 instituições que atuam no combate à violência infantojuvenil, são bons exemplos de como a atuação integrada na fronteira. No próximo dia 17, uma caminhada no centro de Foz marcará o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, lembrado em 18 de maio.


 
“O Brasil é um país extraordinário. Não é possível que nós deixemos de empunhar uma bandeira para impedir o tráfico de mulheres e a exploração infantil”, afirmou o diretor-geral de Itaipu, Jorge Samek, na solenidade de abertura. “Devemos esta luta também em nome das muitas Claras, que se dedicaram a construir uma nação digna de seu nome”.


   
Portas abertas 


O juiz da 4ª Vara Criminal de Direito em Foz do Iguaçu, Ariel Nicolai Cesa Dias, colocou o Judiciário à disposição.
 
Ainda não está definido se o encontro resultará em um protocolo formal para o combate ao tráfico de mulheres, mas as autoridades presentes no evento se mostraram dispostas a ampliar o diálogo sobre o assunto.
 
O juiz da 4ª Vara Criminal de Direito em Foz do Iguaçu, Ariel Nicolai Cesa Dias, especializado nos crimes contra a mulher e à criança e ao adolescente, disse que as portas do Judiciário estão abertas para tratar sobre este tema.
   
O Consulado Argentino também se colocou à disposição para atender problemas que ocorram na Argentina ou que envolvam pessoas daquele país. “Nestes crimes, às vezes há a cumplicidade de pessoas ligadas ao Estado, como policiais. E o consulado pode ser usado como uma ponte, uma instância neutra”, disse o cônsul interino da Argentina em Foz, Lisandro Parra. “O maior capital destas reuniões é a gente se conhecer e se contatar quando precisam”.
 
Segundo o delegado da Polícia Federal, Rodrigo Campos da Costa, a população pode denunciar os casos de tráfico de pessoas à PF por telefone, pelo 190. “Essa informação é encaminhada para nós e, quando necessário, iniciada uma investigação”.
 
Um fator de impedimento da atuação da polícia é “o vício de vontade”, ou seja, o consentimento da vítima sobre a exploração sexual. “Se as pessoas estão indo para o exterior cientes de que a saída é para prostituição, nossa atuação fica mais complicada”.
 
Clandestinos, ilegais 

Lisandro Parra e Clara Charf, representantes de uma força-tarefa contra a exploração.
 
Nos consulados, o que dificulta a atuação formal é a ilegalidade usada na saída e entrada no País de mulheres em situação de violência. Segundo Parra, os criminosos evitam os canais oficiais para a obtenção de vistos e, por isso, os serviços de diplomacia não costumam ser procurados por eles.
Alguns indícios suspeitos são observados nas entrevistas para a cessão do visto. “A retenção dos filhos destas mulheres em outros países é uma das estratégias dos criminosos”, explicou o cônsul Lisandro Parra.

Fonte: JIE

terça-feira, 7 de maio de 2013

Clara Charf abre o Encontro Nacional sobre Tráfico de Mulheres em Foz do Iguaçu, nesta quarta-feira (8)


Mulher de Carlos Marighella e presidente da Associação Mulheres pela Paz (AMP) abrirá o Encontro Nacional “Mulheres e Homens Trabalhando pela Paz e Contra o Tráfico de Mulheres”, nesta quarta-feira (8), às 19h, no Hotel Bella Itália.

Aos 87 anos, a feminista Clara Charf virá a Foz do Iguaçu para falar de sua militância política, luta iniciada por ela há mais de 40 anos, antes mesmo do assassinato pela ditadura militar de seu companheiro Carlos Marighella, fundador e líder da Ação Libertadora Nacional (ALN).

Atual presidente da Associação Mulheres pela Paz (AMP), ela abrirá o Encontro Nacional “Mulheres e Homens Trabalhando pela Paz e Contra o Tráfico de Mulheres”, nesta quarta-feira (8), às 19h, no Hotel Bella Itália. O evento é aberto ao público.

O encontro é organizado pela AMP, com o apoio da Itaipu Binacional. A programação com oficinas será na quinta e sexta-feira (9 e 10), no mesmo local da abertura.

Comunista histórica no País, a pernambucana Clara Charf falará sobre Direitos Humanos e o papel da mulher. Militante política desde 1945, ela é a voz principal da AMP, organização sem fins lucrativos em prol da igualdade de gênero. A comunista também foi uma das responsáveis pela defesa de um coletivo de mulheres ao Prêmio Nobel da Paz, em 2005.

Em 2008, ela esteve em Itaipu, onde inaugurou o Espaço da Paz no Ecomuseu e plantou uma muda de pitanga no local.


O encontro

 Na novela Salve Jorge, o tráfico de mulheres é o ponto central da trama. Imagem: reprodução da TV Globo.

A ideia é promover oficinas entre representantes de entidades ligadas à luta pelo direito das mulheres e representantes do poder público para debater políticas públicas de prevenção e enfrentamento ao problema. E combater o tráfico de mulheres que ocorre também de outros países para o Brasil.
Segundo Criviam Paiva de Siqueira, da Assistência da Diretoria Geral Brasileira da Itaipu e integrante do Conselho Municipal da Mulher, os organizadores do encontro querem aproveitar o sucesso da novela Salve Jorge, da Rede Globo, que explora o assunto, para manter o tema em evidência.

“Esse é um trabalho de conscientização. Precisamos divulgar este crime e saber como combatê-lo”, disse. “A divulgação do Disque-Denúncia 180 é uma arma importante nesse trabalho”, completou.
Foz do Iguaçu será a segunda cidade do País a sediar o encontro da Associação de Mulheres pela Paz. O primeiro ocorreu em Florianópolis (SC). Depois de Foz do Iguaçu, a oficina seguirá para outros estados brasileiros. O foco são os locais com mais incidência de casos.

De acordo com a Polícia Federal, existem 241 rotas de tráfico no Brasil; 131 delas internacionais. A fronteira do Brasil com o Paraguai está na lista. A maior parte das mulheres traficadas são meninas pobres e de baixa escolaridade, entre 17 e 25 anos. 

Não existem estatísticas exatas, mas segundo a Organização Mundial do Trabalho (OIT), o tráfico humano é considerado a terceira modalidade criminosa mais lucrativa do mundo, ultrapassada apenas pelo tráfico de armas e de drogas. O lucro anual chega a 31,6 bilhões de dólares.

Ações

O governo brasileiro vem trabalhando na defesa do direito das mulheres, com a implantação da Lei Maria da Penha, considerada exemplo para outros países, e com a criação da Coordenação Bipartite da Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, mas ainda há muito a ser feito nesse campo.

De acordo com dados do Ministério da Justiça, em seis anos a Polícia Federal instaurou 157 inquéritos e indiciou 381 aliciadores.