terça-feira, 29 de setembro de 2015

Gasto com a máquina pública federal cai 7,5% até agosto

Ministro diz que resultado mostra esforço para diminuir despesas; Custo da administração em 2015 é menor que em 2010


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O esforço do governo federal para reduzir os gastos da máquina pública, as chamadas despesas de custeio administrativas, resultou na diminuição de 7,5% de tudo o que foi gasto até agosto de 2015, em relação aos oito meses acumulados de 2014.
A economia foi apresentada nesta segunda-feira (28) pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa. “É importante esclarecer para a sociedade brasileira quanto custa o funcionamento do governo federal e como ele tem evoluído”, afirmou. “A gente espera que com isso, primeiro, melhorar a análise desse tipo de gasto e, principalmente, contribuir para a maior eficiência e eficácia das políticas públicas”, disse.
Embora em termos nominais as despesas passaram de R$ 13,844 bilhões, em 2014, para R$ 12,175 bilhões, em 2015, uma diferença de R$ 331 milhões, o ministro observou ao se corrigir os valores pelo índice de inflação (IPCA) registra-se uma redução no total de gastos com a máquina. A economia foi verificada em seis de sete categorias avaliadas.
Foi o que ocorreu, por exemplo, nos gastos com passagens aéreas e diárias de passagens, cuja queda foi de 35,5%. Essa categoria de despesa passou de R$ 1,116 bilhão, em 2014, para R$ 798 milhões neste ano. Já o consumo de materiais e gastos com manutenção de órgãos federais recuaram 15,7%, após a economia de R$ 177 milhões neste ano. “Isso dá uma dimensão do esforço de contenção do gasto de custeio do governo federal”, considerou.
Barbosa avaliou que as despesas não foram maiores devido ao aumento de 34,5% no custo real da energia. O acréscimo na conta de luz do governo foi de R$ 339 milhões, após passar de R$ 691 milhões no ano passado para R$ 1,030 bilhão, em 2015. Retirando o aumento da energia, a economia em termos reais salta de 7,5% para 9,7%. 
Peso menor
O Planejamento comparou também os gastos com despesas e custeios administrativos no acumulado de 12 meses, entre os meses de agosto, relacionando os números com anos anteriores. O resultado uma queda sensível nas despesas e custeios. Entre agosto de 2014 e o mesmo mês de 2015, o montante foi de R$ 33,714 milhões. No mesmo período em 2010, despesas e custeios administrativos somaram R$ 34,423 milhões.
Resultado de imagem para economia brasileira“O gasto de custeio administrativo, o chamado custeio da máquina do governo, quando corrigido pela inflação é hoje menor do que ele era há cinco anos. Isso demonstra o esforço de contenção desse gasto não só nesse ano, mas também em todo primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff”, disse o ministro.
Foi registrada também uma redução na participação do gasto total com a máquina pública em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). Em 2010, a proporção era de 0,64% do PIB. Em 2015 é de 0,56%. “Não se está gastando mais em custeio da máquina em proporção à renda do País. Então, o contribuinte brasileiro não está destinando mais da sua renda para financiar ou custear a execução do governo federal”, comparou Barbosa.
Inovações
O secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Diogo Oliveira, disse que as reduções de despesas ocorreram após uma série de inovações na administração pública federal. Entre elas, a centralização de compras de produtos e serviços. “Podemos observar reduções importantes com cada serviço. Em telefonia móvel, por exemplo, estamos verificando uma redução de 50% no gasto a partir da centralização, porque conseguimos obter descontos com as operadoras”, informou.
Novas reduções devem ocorrer até o final do ano com a implantação com um sistema eletrônico de documentação. O sistema vai eliminar o papel de operações cotidianas de ministérios e órgãos públicos.
Essa portaria de maio tem uma contribuição importante para a redução dos gastos de custeio administrativo. “Devemos ter até o final do ano todos os órgãos utilizando o protocolo eletrônico. Com isso, a gente reduz consideravelmente o custo de transporte, tramite dos processos, tempo de tramitação, impressão e papel. São medidas dessa natureza que auxiliam os órgãos todos a reduzir o gasto com custeio”, indicou.

Brasil se consolida no papel de liderança, diz pesquisadora

País destacou-se na ONU por meio de políticas públicas que garantiram melhoria de vida a parcelas esquecidas da população


Resultado de imagem para brasil líderAo cumprir sete dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e ao participar ativamente do debate na Organização das Nações Unidas (ONU) a respeito dos novos compromissos recentemente estabelecidos pela entidade até 2030, o Brasil se fortalece como líder no cenário internacional.
A avaliação é da pesquisadora daAnis, centro de pesquisa voltado para a produção de conhecimento com intervenção social, Sinara Gumieri. "É uma consolidação desse papel de liderança, que vem com muito poder, com muita condição de influenciar esse debate, mas com muitas responsabilidades", analisa, em entrevista à reportagem do Portal Brasil.
Firmados pelos países-membros da ONU, em 2000, os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio constituem agenda importante na esteira da redução das desigualdades e da proteção das garantias de populações em todo o mundo. O Brasil se sobressaiu durante o período estipulado pela organização para que fossem concluídos oito deles.
"O Brasil é muito bem reconhecido na atuação junto aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, especialmente na redução da pobreza e da fome, que foi o objetivo em que, talvez, ele tenha liderado uma atuação inovadora", explica Sinara. "Cumpriu as metas muito antes do prazo, por causa de políticas internas importantes, como políticas de transferência de renda, em que nós somos pioneiros", salientou.
Embora a ONU considere a redução da fome e da pobreza o objetivo mais importante entre os estabelecidos na virada no século, o Brasil destacou-se na agenda como um todo, por meio de políticas públicas que garantiram melhoria de vida a parcelas esquecidas da população.
"A gente teve também uma atuação destacada no objetivo que tratava de Aids, malária e outras doenças. Isso também foi bastante importante no cenário", lembrou Sinara, antes de manifestar otimismo em relação ao papel do País nas novas metas incorporadas pela ONU até 2030.
"Por isso, a gente tem muita expectativa em relação ao que acontece agora, com uma agenda mais ambiciosa, e ao papel que o Brasil vai assumir", completa a pesquisadora.
Líder internacional
Na avaliação de Sinara, a atuação do Brasil em foros multilaterais visa consolidar liderança em outros setores. Por conta do peso econômico, com capacidade de atração de vultosos investimentos internacionais, defende a pesquisadora, o País tem, por vezes, exercido o papel de negociador e intermediado o diálogo entre outras nações.
"Por exemplo, com a África, o Brasil faz uma negociação intensa", disse. "Temos de pensar sobre o imperialismo e a colonização que a gente sofreu para pensarmos em como o Brasil vai atuar no cenário internacional", concluiu Sinara. 
Fonte: Portal Brasil

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Bortolini conquista mais um pódio no Brasil de Motovelocidade

O piloto iguaçuense Márcio Bortolini subiu mais uma vez no pódio do Campeonato Brasileiro de Motovelocidade – GP Petrobrás. A sexta etapa do campeonato foi realizada no Autódromo Internacional Ayrton Senna, em Goiânia, no domingo, 27.
Depois de conquistar o terceiro lugar em Goiânia, é o 3º no campeonato na categoria 600cc EVO. A próxima prova será realizada no dia 25 de outubro no Autódromo Internacional de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul.
Segundo o piloto que já conquistou três troféus nesta temporada, não foi fácil. Em maio em Cascavel, ficou no lugar mais alto do pódio; em julho, em Campo Grande, chegou em terceiro lugar e, agora, repetiu o feito em Goiânia.
Na sexta-feira, durante o primeiro treino livre, um piloto errou a frenagem na curva da vitória e acabou batendo na moto dele. Bortoluni caiu. “Estragou bastante a moto e machuquei o meu rosto, mas o esporte é mesmo maravilhoso, trabalhamos freneticamente para arrumar a moto e conseguimos deixá-la pronta para os próximos treinos. Fui evoluindo os. Fui evoluindo durante o final de semana e na tomada de tempo fiquei com a 2ª posição da categoria evo. Já no domingo fizemos novos ajustes na moto e arriscamos tudo para a corrida. Larguei bem, mantive a 2ª posição e na segunda volta já era o 1º. Consegui segurar a posição por algumas voltas mas comecei a perder muito rendimento por problemas com a embreagem a moto. Não conseguia reduzir as marchas da forma normal, por algumas vezes a moto entrou no neutro, passei reto em duas curvas e cai para 6ª posição. Ao perceber que a causa do problema era a embreagem, mudei a pilotagem e consegui recuperar um pouco acabando na 3ª posição. Mesmo com tudo isso estou feliz, não esperava muito depois da queda de sexta e consegui me recuperar bem. Tenho que agradecer a Deus em primeiro lugar e a todos que me apóiam nessa batalha. durante o final de semana e na tomada de tempo fiquei com a segunda posição da categoria 600 Evo”, contou
No domingo, com novos ajustes na moto, arriscou tudo. “Larguei bem, mantive a segunda posição e logo na segunda volta já era o primeiro”, disse.
O piloto iguaçuense conseguiu segurar a posição por algumas voltas, mas começou perder muito rendimento por problemas com a embreagem. Não conseguia reduzir as marchas da forma normal, por algumas vezes a moto entrou no neutro, passou reto em duas curvas o que o fez cair para a sexta posição. Ao perceber que a causa era a embreagem, Bortolini mudou a pilotagem e conseguiu recuperar um pouco acabando em terceiro. “Mesmo com tudo isso estou feliz, não esperava muito depois da queda de durante os treinos e consegui me recuperar bem. Tenho que agradecer a Deus em primeiro lugar, e a todos que me apoiam nessa batalha, sobretudo a prefeitura de Foz que tem sido grande parceira”, agradeceu.
Trajetória
Bortolini é administrador na Itaipu Binacional, mas desde a adolescência era apaixonado por velocidade. A primeira disputa foi em 2006, aos 22 anos, como uma brincadeira entre amigos, porém logo no primeiro ano venceu todas as corridas das quais participou nas categorias 125 cc e 150 cc.
Em 2008, correu, na categoria 250 cc, o Campeonato Brasileiro em Interlagos, maior pista brasileira. Também participou de outras provas no Paraná e ganhou algumas medalhas.
Depois de alguns anos sem competir por falta de patrocínio, em dezembro de 2014, correu na última etapa do Moto 1000 GP Petrobras, no Campeonato Brasileiro de Motovelocidade.
O piloto iguaçuense conta com o apoio da Itamed, Revista Sobre Rodas, Dumond Xtreme Sports, Mídia Comunicação Visual, Márcio Pinturas, Disarsz Motopeças, Secretaria de Esportes e Prefeitura de Foz do Iguaçu.

Brasil anuncia objetivo de reduzir em 43% emissões de gases estufa até 2030

Estas serão as metas que o País vai levar para a Conferência do Clima em Paris, a COP-21, em dezembro


Dilma: “O Brasil tem feito grande esforço para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, sem comprometer nosso desenvolvimento econômico e nossa inclusão social”A presidenta Dilma Rousseff anunciou, neste domingo (27), que o Brasil pretende reduzir em 37% as emissões de gases de efeito estufa até 2025. Para 2030, segundo a presidenta, a ambição é chegar a uma redução de 43%. Estas serão as metas que o País vai levar para a Conferência do Clima em Paris, a COP-21, em dezembro.
Os números foram aguardados durante meses e são considerados ambiciosos e ousados pelas comunidades científica e internacional.
Em seu discurso durante a sessão plenária da Conferência das Nações Unidas para a Agenda do Desenvolvimento Pós-2015, Dilma destacou que o Brasil é um dos países que têm uma meta clara sobre redução de emissões de gases de efeito estufa.
Resultado de imagem para efeito estufa“O Brasil é um dos poucos países em desenvolvimento a assumir uma meta absoluta de redução de emissões. Temos uma das maiores populações e PIB do mundo e nossas metas são tão ou mais ambiciosas que aquelas dos países desenvolvidos”, afirmou.
Para alcançar as metas estabelecidas, a presidenta elencou as medidas a serem adotadas pelo Brasil até 2030:  o fim do desmatamento ilegal no Brasil; a restauração e o reflorestamento de 12 milhões de hectares; a recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas;  e a integração de cinco milhões de hectares de lavoura-pecuária-florestas.
Na área de energia, a presidenta anunciou metas ambiciosas. O Brasil irá ampliar a presença de fontes renováveis na matriz energética brasileira, chegando a um m percentual de 45%. “Note-se que, no mundo, a média é de apenas 13% dessa participação e, na OCDE, de apenas 7%”, frisou Dilma.
A presidenta também assegurou a participação de 66% da fonte hídrica na geração de eletricidade e participação de 23% das fontes renováveis – eólica, solar e biomassa – na geração de energia elétrica. Outro compromisso assumido foi o aumento de cerca de 10% na eficiência elétrica e a participação de 16% de etanol carburante e de demais fontes derivadas da cana-de açúcar no total da matriz energética.
“O Brasil tem feito grande esforço para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, sem comprometer nosso desenvolvimento econômico e nossa inclusão social. Para tanto, continuamos diversificando as fontes renováveis em nossa matriz energética, uma das mais limpas do mundo. Estamos investindo na agricultura de baixo carbono e reduzimos em 82% o desmatamento na Amazônia. Podem ficar certos que a ambição continuará a pautar nossas ações”, salientou Dilma Rousseff.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Brasil registra recorde em índice de doadores de órgãos

Nos últimos dez anos, o número de transplantes realizados no Brasil cresceu 63,8%


Atualmente, 95% dos transplantes de órgãos são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS)O Brasil teve o melhor primeiro semestre da história no número de doadores efetivos de órgãos, tanto em números absolutos quanto na taxa por milhão de população (pmp). Os dados oficiais do Ministério da Saúde demonstram que entre janeiro a junho deste ano, 4.672 potenciais doadores foram notificados, resultando em 1.338 doadores efetivos de órgãos.
Essas doações possibilitaram a realização de 12,2 mil transplantes, fazendo com que crescessem os procedimentos de órgãos mais complexos como pulmão, coração e medula óssea. Nesse mesmo período, o Brasil alcançou a maior porcentagem de aceitação familiar, que foi de 58%, superando os demais países da América Latina.
Resultado de imagem para doadores de órgãos no brasil“Esse resultado se deve ao esforço e ao comprometimento das equipes multiprofissionais envolvidas diretamente no processo de doação e transplante e, principalmente, à solidariedade das famílias brasileiras”, destacou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
No caso dos doadores efetivos, o Brasil atingiu o percentual de 14,2 doadores por milhão de população (pmp), superando a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde em 2011, que segue os padrões internacionais.
Resultado de imagem para doadores de órgãos no brasilO número configura a maior quantidade de doadores efetivos já registrados em apenas um ano no Brasil, com aumento de 43,4%, se comparado a 2010, quando o percentual foi de 9,9 por milhão de população. Em 2014, foram notificados 9.378 potenciais doadores em todo o País, que resultaram em 2.710 doadores efetivos de órgãos.
No primeiro semestre de 2015, houve crescimento de 50% no número de transplantes de pulmão, quando comparado ao mesmo período do ano passado. Em 2014, foram realizados 28 transplantes de pulmão no primeiro semestre e, em 2015, 42.
Resultado de imagem para doadores de órgãos no brasilJá em relação aos transplantes de coração, o aumento foi de 11% na comparação entre os primeiros semestres de 2014 (156) e de 2015 (173). Este é o melhor desempenho já registrado em um 1º semestre para transplantes de coração. A medula óssea teve crescimento de 4% na comparação do 1º semestre de 2015 (1.035) com o de 2014 (996).
Doação familiar 
Resultado de imagem para doadores de órgãos no brasilO Brasil é hoje o país com a maior taxa de aceitação familiar para doação de órgãos da América Latina. Em 2014, 58% das famílias brasileiras optaram por doar os órgãos dos seus familiares, enquanto, em 2013, o índice era de 56%.
Esses percentuais são de 51% na Argentina, 47% no Uruguai e 48% no Chile. Atualmente, 95% dos procedimentos são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), tornando o País referência mundial no campo dos transplantes e maior sistema público do mundo.
A rede brasileira conta com 27 Centrais Estaduais de Transplantes (todos os estados e Distrito Federal), além de Câmaras Técnicas Nacionais, 510 Centros de Transplantes, 1.113 equipes de Transplantes e 70 Organizações de Procura de Órgãos (OPOs). Entre 2010 e 2014, houve aumento de 4,9% na quantidade de serviços habilitados pelo Ministério da Saúde para realizar transplantes no País, passando de 740 para 776.
Resultado de imagem para doadores de órgãos no brasilCom a ampliação do acesso, o número de pessoas aguardando por um transplante no País caiu 36% nos últimos quatro anos. Em 2010, 59.728 pessoas constavam na lista nacional de espera e, em 2014, esse número caiu para 38.350. O controle do atendimento aos pacientes é realizado pelas Centrais Estaduais de transplantes, que mantêm em seus cadastros todas as informações sobre compatibilidade e situação de saúde do paciente.
O transplante de córnea é o que mais apresenta redução da lista de espera, isso porque cinco estados zeraram a fila por essa cirurgia em 2014. É o caso de Minas Gerais, Acre, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Pernambuco.
Transplantes em 2014
Nos últimos dez anos, o número de transplantes realizados no Brasil cresceu 63,8%, passando de 14.175 procedimentos em 2004, para 23.226 em 2014. Em números absolutos, São Paulo se destaca como o maior centro de transplantes do País, com 8.364 procedimentos realizados, sendo a maior parte de córnea (4.661). O segundo estado com maior volume de transplantes é Minas Gerais (2.196), seguido por Paraná (1.615), Rio Grande do Sul (1.590), Pernambuco (1.397) e Ceará (1.372).
De acordo com dados do Sistema Nacional de Transplantes (CGSNT) do Ministério da Saúde, as cirurgias realizadas em 2014 contaram 7.669 transplantes de órgãos sólidos, 13.456 de córnea e 2.076 de medula óssea. O transplante de coração teve aumento de 85% (passando de 167 para 309) se comparado com 2010, seguido por fígado 26% (passando de 1.404 para 1.769) e medula óssea 22,5% (passando de 1.695 para 2.076).
Resultado de imagem para doadores de órgãos no brasilPara ampliação do acesso ao programa brasileiro de transplantes, houve aumento de 30% no investimento da área, chegando a R$ 1,27 bilhão em 2014. Esses recursos concentram-se na realização das cirurgias e em todo o processo que garante o sucesso do transplante, como incentivo à doação e captação de órgão, uma rede de informação bem articulada em todo o País, oferta de medicamentos, exames e acompanhamento dos pacientes.
Campanha
Todos os anos, o Ministério da Saúde lança, em setembro, campanha publicitária para incentivar e conscientizar as famílias sobre a importância da doação. Com o slogan, “Viver é uma grade conquista. Ajude mais pessoas a serem vencedoras”, a campanha de 2015 tem como tema a alusão ao esporte e aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016. Atletas transplantados serão os protagonistas da campanha. Serão divulgados vídeos em TVs e redes sociais, cartazes, Mobiliário Urbano (MUB), broadside,e-mailmarketing direcionado a profissionais de saúde, posts nas redes sociais, além de uma ação nos cinemas.
Nos últimos dez anos, o número de transplantes realizados no Brasil cresceu 63,8%
Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Saúde

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Brasil financia tecnologia para pessoas com deficiência

Com apoio do MCTI, grupos em universidades criam equipamentos que ampliam habilidades funcionais da pessoa com deficiência


O Professor Dr. Emerson Fachin Martins (à direita) coordena o Núcleo de Tecnologia Assistiva, Acessibilidade e Inovação (NTAAI) da UnBO Brasil tem, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 45 milhões de habitantes com algum tipo de deficiência, seja visual, auditiva, motora ou mental. Mas a rotina desses brasileiros pode ser melhorada com o uso da tecnologia assistiva (TA), como são chamados os equipamentos, recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar as habilidades funcionais da pessoa com deficiência. 
Parte da tecnologia assistiva desenvolvida no Brasil é resultado de pesquisas financiadas pelo Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI) e órgãos e instituições parceiras. Dentro desse contexto, foram catalogados mais de 1.500 produtos tecnológicos nos últimos anos.
Atualmente, o MCTI, o Ministério da Educação (MEC), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH-PR) custeiam 71 grupos de pesquisa em Tecnologia Assistiva.
Juntos, os dois primeiros editais para tecnologia assistiva somam R$ 40 milhões, sendo que um deles distribuiu bolsas para mestrandos e doutorandos em 45 instituições de pesquisa e ensino superior.
Agora, um terceiro edital, que será lançado até o final de 2015, contará com aporte de R$ 25 milhões. “Será priorizado na seleção quem tiver produtos em desenvolvimento”, adianta Eron Bezerra, Secretário de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (Secis/MCTI).
“Não se trata de um assunto marginal, que diz respeito a uma camada minoritária da população”, reforça o secretário sobre a importância do desenvolvimento em assistividade. Tanto que, em julho, foi instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, que visa a igualdade de condições e direitos.
Laboratório
Na Universidade de Brasília (UnB) pode ser encontrado um dos grupos contemplados por edital do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq-MCTI) para a consolidação de Núcleos em Tecnologia Assistiva.
Coordenado pelo Professor Dr. Emerson Fachin Martins, o Núcleo de Tecnologia Assistiva, Acessibilidade e Inovação (NTAAI) é formado por estudantes de diferentes cursos que trabalham numa série de projetos.
Na avaliação do professor, graduado em fisioterapia e com mestrado e doutorado em neurociência, o Brasil tem grande potencial de crescer em Tecnologia Assistiva. “O que temos de melhor é a criatividade e a determinação dos pesquisadores brasileiros”, afirma.
Entres os desafios, conta Emerson, está fazer a manutenção das atividades. “Temos que captar recursos e administrar a gestão para garantir os trabalhos de pesquisa.”
Outra questão é fazer com que essa tecnologia saia dos laboratórios das universidades e chegue às pessoas. “Precisamos de mais parcerias com as indústrias, são elas que transformam os projetos em produtos disponíveis no mercado”, comenta.
Uma das próximas iniciativas da Secretária de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social é um seminário, em Brasília, que será realizado entre 23 e 26 de novembro, com local ainda não definido.
“Será uma oportunidade de os pesquisadores se encontrarem e a sociedade conhecer os projetos e produtos que estão sendo desenvolvidos pelos contemplados nos editais”, comenta Eron Bezerra.
Também até o final do ano, será realizada reunião do Comitê Internacional de Tecnologia Assistiva, grupo comandado pela Secis e integrado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e pelos ministérios da Saúde, da Educação, da Fazenda, do Desenvolvimento, da Indústria e Comércio Exterior e do Planejamento, Orçamento e Gestão.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Hospitais universitários se especializam após governo investir R$ 4 bilhões

Programa moderniza 49 centros de saúde; nova cardiologia é destaque em Brasília, enquanto o Piauí se prepara para ter a primeira oncologia do SUS


Nova estrutura da área cardíaca do HUB pode atender a 1/3 dos casos de infarto em BrasíliaA voz calma da auxiliar de limpeza Cleonice Lúcia Barbosa, de 50 anos, dita o tom da disposição dela para enfrentar o câncer de colo do útero descoberto no final de 2014. Moradora de São Sebastião, cidade-satélite a cerca de 30 km do centro do Distrito Federal, Cleonice faz tratamento no Hospital Universitário de Brasília (HUB). “Tem hospital aí que você chega e tem gente deitada do lado de fora porque não tem onde ficar. Aqui não. Aqui acolhe todo mundo e não tem de ficar em plantão de cadeira”, conta.
Paciente do HUB há 17 anos, desde quando deu à luz a seu filho, Cleonice acompanhou a evolução do hospital nos últimos anos, a partir da compra de equipamentos, reforma e criação de novas instalações, como o Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon), onde ela se trata. “A cada dia o nosso hospital está se valorizando”, diz.
O centro médico ligado à Universidade de Brasília (UnB) é um dos beneficiados pelo Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf). Desde 2010, o programa administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) já destinou R$ 4 bilhões para melhorar a infraestrutura de 49 hospitais.
O dinheiro também financiou a compra de equipamentos novos e a contratação de mais médicos e técnicos. Somente no primeiro semestre de 2015, o Rehuf alocou R$ 291 milhões nos hospitais vinculados às universidades federais subordinadas ao Ministério da Educação. "Temos a expectativa de repassar no segundo semestre algo próximo a esse valor", diz a vice-presidente da Ebserh, Jeanne Michel.
Segundo ela, o programa surgiu em 2008 por orientação do então ministro da Educação e hoje prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. “Todos os reitores da universidades tinham queixas dos gastos excessivos e do sucateamento dos hospitais”, relata. “O programa surgiu para reverter essa situação histórica de deterioção e para recuperar o parque tecnológico”, afirma.
Expansão
 A reestruturação incluiu, além de equipamentos e reformas, a contratação de mais de 15 mil profissionais da saúde. O próximo passo será reduzir os repasses do Rehuf com custeio, que deverá ser coberto pelo Serviço Único de Saúde (SUS) a paritr do atendimento maior que nos hospitais.
O HUB, por exemplo, recebeu mais de R$ 20 milhões nos últimos dois anos. O montante foi usado para aumentar o total de leitos de 225 para 350, além de reformas e ampliações de vários serviços: Unidade de Emergência (de 18 para 35 leitos), Unidade Intermediária Clínica (criação de 12 leitos), UTI Adulto (de 6 leitos para 10 leitos), UTI Neonatal (de 4 para 10 leitos), Maternidade (de 21 para 30 leitos) e Centro Cirúrgico (de 6 para 10 salas).
O resultado é visto no aumento expressivo de atendimentos. No primeiro semestre de 2015, foram realizados 624 mil atendimentos: crescimento de 30% em relação ao mesmo período em 2014. O aumento foi verificado também em consultas, internações, atendimento em odontologia, partos, cirurgias e exames. Em odontologia, de janeiro a junho, o número de atendimentos saltou de 15 mil para 25 mil entre 2014 e 2015.
O HUB realizou também 495 mil exames, contra 375 mil na primeira metade do ano passado. “Estamos nos referenciando num grande centro de alta complexidade tanto para o Distrito Federal quanto para a região Centro-Oeste”, afirma o superintendente do hospital, Hervaldo Sampaio Carvalho. “Um exemplo disso é que hoje nós somos uma das principais unidades de referência para o tratamento de oncologia”, diz.
Especializações
A principal novidade no HUB foi a reestruturação da área de atendimento cardíaco, que ganhou neste ano uma sala de hemodinâmica na qual são feitas as cirúrgias de marca-passo. Segundo Carvalho, o hospital tem agora uma estrutura capaz de atender a um terço dos casos de enfarto no Distrito Federal, onde vivem 2,8 milhões de habitantes.
“Até um ano atrás, a nossa capacidade diagnóstica de realizar exames dentro da cardiologia era muito pequena. Hoje, o hospital se coloca como o de maior capacidade de investigação em cardiologia da cidade”, compara Carvalho.
Já o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG) recebeu R$ 16,37 milhões entre 2012 e 2014. Aproximadamente R$ 3,6 milhões foram aplicados em obras já concluídas, com destaque para ampliações das áreas de quimioterapia, endoscopia e clínica cirúrgica. Outros R$ 4 milhões estão sendo destinados a reformas dos núcleos de neurociências e oftalmologia, e do pronto socorro.
A exemplo do que ocorreu com a cardiologia em Brasília, os recursos do Rehuf estão sendo usados para os hospitais universitários assumirem novas especialidades. É o caso do Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU-UFPI), que recebeu R$ 2,4 milhões para instalar uma Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon). A unidade deve receber R$ 10 milhões a Ebsher até 2016.
Será a primeira unidade de tratamento de câncer em hospital público do estado vinculado ao SUS. Hoje, todos os pacientes com a doença no Piauí são atendidos na capital Teresina por um hospital filantrópico. “Existe uma demanda reprimida de pacientes oncológico no Piauí. Agora, o HU trará um serviço oncológico inteiramente do SUS”, ressalta oncologista Vanessa Castelo Branco.
A equipe da Unacon terá 8 oncologistas clínicos e 3 cirurgiões oncológicos. A meta, de acordo com o superintendente José Miguel Luz Parente, é fazer o hospital “se firmar como referência no Piauí no que se refere ao diagnóstico e tratamento do câncer”.
Info hospitais