quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Brasil e Paraguai anunciam acordo para revelar novos talentos no esporte

                                 
Encontro na sala de reuniões do Edifício de Produção, na Itaipu: apoio ao esporte.
  
Os ministros de Esportes do Brasil, Aldo Rebelo, e do Paraguai, Victor Pecci, anunciaram, nesta terça-feira (25), na usina hidrelétrica de Itaipu, em Foz do Iguaçu (PR), um conjunto de medidas para desenvolver atletas de alto rendimento e melhorar a participação dos dois países nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.
     
O anúncio ocorre após dois dias de reuniões técnicas envolvendo representantes de confederações brasileiras e paraguaias em seis modalidades esportivas: tênis, natação, handebol, vôlei de praia, remo e canoagem.
     
Participaram da cerimônia o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Jorge Samek, diretores de ambas as margens da binacional, dirigentes esportivos, representantes de confederações e atletas.
   
Aldo Rebelo e Victor Pecci com os atletas Pedro Henrique Gonçalves, o Pepê, e Ana Sátila.
    
De acordo com os ministros, a cooperação vai ocorrer em três níveis: projetos conjuntos desenvolvidos entre as próprias confederações esportivas; capacitação na área de medicina esportiva, com apoio da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); e incentivo a publicações que valorizem o esporte e a integração.
    
Uma das propostas é possibilitar, por exemplo, que atletas paraguaios participem de competições esportivas no Brasil – e vice-versa. Estão previstos ainda apoio na aquisição de material e equipamentos e troca de experiência entre treinadores de ambos os países.
     
Também foi discutida a publicação de duas obras, que serão traduzidas e distribuídas nos dois países – um livro de crônicas de Gylberto Freire, de 1942, com relato de uma viagem a Assunção, e uma obra do jesuíta espanhol Bartolomeu Melià, antropólogo radicado no Paraguai e especialista na língua e na cultura dos povos guaranis.
     
    
“Espero que Itaipu consiga nos inspirar nesta cooperação com a mesma ousadia e a mesma determinação que colocaram de pé esse grande empreendimento vitorioso”, afirmou Rebelo.
      
Victor Pecci destacou que o Brasil já tem uma infraestrutura desenvolvida em diversas modalidades esportivas e conta com um grande rol de treinadores, que poderão ajudar na capacitação dos paraguaios.
     
“Para nós, essa parceria é muito importante. Necessitamos dessa experiência do Brasil para desenvolver o esporte no nosso país”, comentou o ministro, que foi tenista profissional, disputou uma final de Roland Garros (França), em 1979, e chegou a ser o nono no ranking da Associação de Tenistas Profissionais (ATP).
    
A canoísta Ana Paula Fernandes, entre os ministros do Brasil e do Paraguai: jovem talento.
     
Jorge Samek lembrou que a própria Itaipu, que em 2014 completou 40 anos, é resultado de um amplo esforço de integração. “Este prédio foi construído na fronteira entre os dois países. Várias questões importantes foram decididas nesta mesa. E tenho certeza de que será assim também com o esporte”, afirmou.
     
O diretor-geral também agradeceu o apoio do Ministério dos Esportes brasileiro para ajudar a cidade a desenvolver modalidades esportivas importantes, como a canoagem – a seleção brasileira treina no Canal Itaipu, dentro do complexo hidrelétrico, com o apoio da binacional e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
      
Itaipu também desenvolve no Canal Itaipu o projeto Meninos do Lago, que já revelou promessas como a jovem Ana Paula Fernandes, que tem dupla cidadania e hoje compete pelo Paraguai. Ana Paula participou da reunião e foi citada como exemplo do sucesso do programa da binacional.
    
Ministro Aldo Rebelo planta uma muda de pitanga no Centro de Recepção de Visitantes.
    
Outro projeto desenvolvido com apoio do Ministério dos Esportes é a construção do Centro de Treinamento de Futebol Feminino em Foz do Iguaçu.
     
Antes da reunião, os ministros assistiram ao vídeo institucional da Itaipu e plantaram duas árvores no Centro de Recepção de Visitantes (CRV). Depois, visitaram o Canal Itaipu, onde se encontraram com canoístas, como a atleta olímpica Ana Satíla e Pedro Henrique Gonçalves, o Pepê. Os ministros também conheceram o Parque Tecnológico Itaipu (PTI).

Fonte: JIE

Em congresso apoiado pela Itaipu, Apaes comemoram e lutam por mais direitos

                                           

Auditório lotado para o congresso, no Centro de Convenções de Foz do Iguaçu
  
O 25º Congresso Nacional das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) e o 44º Congresso Estadual das Apaes do Paraná realizado no Centro de Convenções de Foz do Iguaçu, reuniu  uma plateia de mais de 3 mil pessoas. Entre elas, alunos, professores e profissionais que atuam nas escolas.
   
A Itaipu Binacional, uma das apoiadoras do encontro, foi representada pelo assistente do diretor-geral brasileiro, Joel de Lima. O evento contou também com a presença do vice-governador do Paraná, Flávio Arns, e do prefeito de Foz do Iguaçu, Reni Pereira.
     
Segundo Lima, as Apaes, que completam 60 anos, servem de modelo para a formalização de políticas públicas. Um exemplo foi o debate das Apaes por mudanças do Plano Nacional de Educação (PNE), em 2013. O documento dizia que as pessoas com deficiência deveriam estudar na escola regular. “As entidades se uniram e pediram mudanças. Hoje, o aluno com deficiência pode escolher entre estudar numa escola regular ou especial”, disse. “A inclusão é importante, mas é necessário respeitar as diferenças.”
    


Joel de Lima (primeiro à esquerda) e Aracy Ledo, durante o encontro, que teve o apoio da Itaipu.

 Segundo a presidente da Federação das Apaes, Aracy Maria da Silva Ledo, o momento é de comemorar as conquistas das pessoas com deficiência nos últimos 60 anos, mas também de debater e pedir a colaboração de todos os “apaianos” em novas lutas. Uma delas é o aumento do benefício pago às pessoas com deficiência. Hoje, cada domicílio com pessoas portadoras de deficiências mental recebe um quarto do salário mínimo. “Nossa meta é que cada cidadão com deficiência receba um salário, mas já ficamos contentes se conseguirmos ampliar para meio salário”, disse.
    
Outra luta da Apae é o aumento do valor repassado pelo Ministério da Saúde aos serviços oferecidos nas escolas.
     
O congresso busca também o alinhamento entre as 2.142 Apaes em todo o Brasil e a capacitação dos profissionais. “Tivemos grandes avanços, mas ainda precisamos de mais. Lutaremos sempre por mais inclusão e respeito à cidadania”, finalizou Aracy.


Fonte: JIE