Um Grupo de Trabalho (GT) formado por 12 instituições ligadas à defesa dos direitos humanos, incluindo a Itaipu Binacional e a Polícia Federal (PF), terá o papel de articular ações e criar uma Rede de Proteção Integral à Mulher na Tríplice Fronteira. O GT foi um dos resultados da oficina Mulheres e Homens pela Paz e contra o Tráfico de Mulheres e a Violência Sexual, realizado na semana passada, no Hotel Bella Itália, em Foz do Iguaçu.
Segundo a coordenadora do GT, Criviam Paiva de Siqueira, da Assistência da Diretoria Geral Brasileira da Itaipu (AS.GB), a primeira reunião está marcada para julho. Na pauta das discussões está um levantamento da situação da violência e tráfico de mulheres na região. “Sabemos da existência do problema, mas queremos um diagnóstico com dados específicos. Inclusive com o número de casos, para conhecer de verdade a realidade local”, explicou.
A ativista Clara Charf destacou que a criação
da rede na região é fundamental. “O tráfico, seja de pessoas, de drogas
ou de armas, é muito bem organizado. Só conseguiremos combatê-lo se
também trabalharmos de forma articulada”, disse.
O mapeamento da região já tem prazo para ser concluído: dezembro de 2014. A data encerra o cronograma de eventos da Associação de Mulheres pela Paz (AMP) sobre tráfico de mulheres.
Clara Charf e Moema Viezzer durante a oficina.
Fechamento em Foz
O primeiro encontro ocorreu em Florianópolis; o segundo, em Foz do Iguaçu. Até o final de 2014 serão realizadas palestras em São Paulo, Rio Branco, Oiapoque, Natal e Cuiabá. “Em nenhuma das demais cidades teremos a riqueza de conhecer a realidade de três cidades-gêmeas e em países distintos. Por isso, o fechamento da programação será em Foz”, disse Clara.
Outra justificativa é o número de denúncias contra a violência doméstica registrada na cidade. Segundo dados da Delegacia da Mulher, foram instaurados 940 inquéritos de maus tratos contra mulheres em 2012. E em 2013, os números são ainda maiores. A Delegacia recebe em média dez denúncias por dia.
Embora os casos não estejam diretamente ligados ao tráfico, a violência deixa a mulher em situação de vulnerabilidade, facilitando o aliciamento. E para o delegado da Polícia Federal, Geraldo Gustaquio, a tendência é aumentar o número de denúncias em pelo menos 30%, pois o tema foi colocado na pauta de discussões.
Participação masculina
O evento realizado em Foz contou com uma maciça participação masculina. A presença deles, de acordo com a especialista em gênero, Moema Viezzer (que ministrou a palestra Masculinidade), é fundamental. Para ela, não adianta ter mulheres comprometidas com a mudança dos hábitos familiares se não tiverem a compreensão dos maridos e companheiros.
O professor Marcelo Grodin é um defensor das causas feministas. Para ele, a postura das mulheres de buscar a independência, lutar pela equidade de gênero e pelo fim da violência tem causado transformações positivas entre os homens.
“Graças à luta delas, os homens estão começando a perceber a importância da mulher dentro da família e nos ambientes de trabalho. Estão aprendendo que mulher e homem podem exercer as mesmas funções e com a mesma qualidade”, disse.
O mapeamento da região já tem prazo para ser concluído: dezembro de 2014. A data encerra o cronograma de eventos da Associação de Mulheres pela Paz (AMP) sobre tráfico de mulheres.
Fechamento em Foz
O primeiro encontro ocorreu em Florianópolis; o segundo, em Foz do Iguaçu. Até o final de 2014 serão realizadas palestras em São Paulo, Rio Branco, Oiapoque, Natal e Cuiabá. “Em nenhuma das demais cidades teremos a riqueza de conhecer a realidade de três cidades-gêmeas e em países distintos. Por isso, o fechamento da programação será em Foz”, disse Clara.
Outra justificativa é o número de denúncias contra a violência doméstica registrada na cidade. Segundo dados da Delegacia da Mulher, foram instaurados 940 inquéritos de maus tratos contra mulheres em 2012. E em 2013, os números são ainda maiores. A Delegacia recebe em média dez denúncias por dia.
Embora os casos não estejam diretamente ligados ao tráfico, a violência deixa a mulher em situação de vulnerabilidade, facilitando o aliciamento. E para o delegado da Polícia Federal, Geraldo Gustaquio, a tendência é aumentar o número de denúncias em pelo menos 30%, pois o tema foi colocado na pauta de discussões.
Participação masculina
O evento realizado em Foz contou com uma maciça participação masculina. A presença deles, de acordo com a especialista em gênero, Moema Viezzer (que ministrou a palestra Masculinidade), é fundamental. Para ela, não adianta ter mulheres comprometidas com a mudança dos hábitos familiares se não tiverem a compreensão dos maridos e companheiros.
O professor Marcelo Grodin é um defensor das causas feministas. Para ele, a postura das mulheres de buscar a independência, lutar pela equidade de gênero e pelo fim da violência tem causado transformações positivas entre os homens.
“Graças à luta delas, os homens estão começando a perceber a importância da mulher dentro da família e nos ambientes de trabalho. Estão aprendendo que mulher e homem podem exercer as mesmas funções e com a mesma qualidade”, disse.
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