segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

IFPR promove Semana Pedagógica

 Professores do Instituto Federal do Paraná (IFPR) participam até sexta-feira, 4, da Semana Pedagógica. As atividades e palestras estão sendo realizadas no Quartel da Guarda Municipal e no campus da Instituição. A proposta é preparar o corpo docente para o ano-letivo de 2011 que começa no dia 14 de fevereiro.

Durante estes cinco dias, professores e diretores farão o planejamento das aulas e a avaliação das políticas de ensino do IFPR.

Segundo o diretor geral do IFPR, Luiz Carlos Eckstein, (foto) durante esta semana será definido o plano de atividades e algumas questões administrativas. “Estamos preparando o ‘motor’ da escola”, destacou.

O objetivo é também unificar a experiência dos profissionais. Embora com vários anos de docência, muitos deles nunca tinham ministrado aula em cursos técnicos. “Queremos aproveitar as experiências individuais de cada professor, mas focar na linha de atuação do IFPR”, acrescentou.

Um exemplo é a professora de História e Geografia, Roseli Dahlem. Ela leciona há 22 anos, mas está há apenas seis meses no Instituto Federal. Para Roseli, a semana pedagógica é uma grande oportunidade para conhecer tendências da educação, trocar experiências, criar projetos interdisciplinares e, sobretudo, planejar o conteúdo para todo ano. “Uma disciplina ‘conversa’ com a outra. Por isso, os professores precisam estar integrados”, disse.

A proposta da instituição é suprir a carência de técnicos no mundo do trabalho. Ainda, oferecer uma capacitação profissional aos jovens e às pessoas interessadas em uma nova profissão.

Estudantes

O IFPR começa o ano-letivo com 750 estudantes divididos nos cursos técnicos de: informática, edificações, hidrologia, cozinha e aqüicultura. E no superior de Gestão Pública.

O Instituto funciona na área do antigo Floresta Clube, na Avenida Araucária, na Vila A. O espaço de mais de 100 mil metros quadrados foi doado pela Itaipu Binacional.

Itaipu ganha garoto-propaganda


Jair Kotz (primeiro à esquerda) fala sobre o Cultivando Água Boa ao ministro e seus acompanhantes.
 
O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, visitou Itaipu no último sábado (29) e se entusiasmou com o que viu. “Serei garoto-propaganda da hidrelétrica", ressaltou.
  
Acompanhado da mulher, Ângela, do filho Leonardo e de um casal de amigos, o ministro foi recebido no Centro de Recepção de Visitantes pelo assistente do DGB, Joel de Lima; pelo superintendente de Gestão Ambiental, Jair Kotz; e pelo chefe da Assessoria de Informações, Adair Pereira.
  

Carlos Lupi planta uma muda de jabuticaba no Bosque dos Visitantes.
  
No roteiro, além da visita técnica pela usina, Lupi também conheceu o Parque da Piracema e o Refúgio Biológico Bela Vista e ainda plantou uma muda de jabuticaba no Bosque dos Visitantes.
      
Apesar de já ter visitado Foz do Iguaçu e até sobrevoado Itaipu, foi a primeira vez que o ministro teve a oportunidade de colocar os pés na binacional. Ao final do passeio, a satisfação. "Aconselho todos a conhecer esta obra magnífica. Divulgarei esta experiência em todos os cantos. É uma emoção indescritível”, afirmou.
  
Segundo Lupi, embora seja uma obra de concreto é possível perceber vida através da força da água. “É impressionante. É a verdadeira aliança da mão de Deus e do homem”, destacou.
       

Com o filho e a mulher, uma pausa para foto no Mirante do Vertedouro.
 
No Parque da Piracema, durante uma parada para observar os peixes, um inesperado jacaré roubou a cena. “Não deve ter muitos outros jacarés por aqui. Este vou batizar de Lupi”, brincou o ministro.
  
Veja mais imagens da visita:
  

Adair Pereira fala sobre as etapas da obra de construção da usina.
   

Diante da Sala de Despacho de Carga, Carlos Lupi ouve Joel de Lima.
   

Parada no eixo da uma das unidades geradoras.
  

No roteiro da visita, o Refúgio Biológico Bela Vista.
  

"Este vou batizar de Lupi", disse o ministro ao avistar um jacaré que inesperadamente apareceu durante uma parada para observar os peixes.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Veja lista de alunos que fizeram Enem e podem receber certificado do Ensino Médio

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou nesta sexta-feira (28) a lista dos candidatos que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2010 e estão aptos a obter a certificação do ensino médio.

Mais de 110 mil candidatos alcançaram os critérios mínimos indicados pelo Inep para conseguir o certificado do ensino médio. São eles: obter 400 pontos em cada uma das quatro áreas do conhecimento do Enem e 500 pontos na redação, além de ter mais de 18 anos.

A lista com os candidatos está disponível em http://sistemasenem2.inep.gov.br/certificadoconclusao. A consulta pode ser feita por estado e município desejado, e traz a relação com nome e número de inscrição dos aptos à certificação.

O sistema, segundo o Inep, facilitará o processo de matrículas dos participantes que sejam eventualmente aprovados em processos seletivos, já que o cronograma de matrícula e o recebimento formal do diploma, emitido pelas secretarias e institutos dos estados conveniados, podem apresentar datas diferentes.

Em Foz do Iguaçu, a certificação será emitida pelo Instituto Federal do Paraná (IFPR), localizado na Avenida Araucária, antigo Floresta Clube.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Brasil teve em 2010 a menor taxa de desemprego da série histórica

A taxa de desemprego média no Brasil em 2010 foi de 6,7%, a menor da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 2002. Segundo o órgão, o contingente de desocupados foi de 1,6 milhão de pessoas, em média, no ano passado.

Em 2009, a taxa havia ficado em 8,1%. O dado foi divulgado nesta quinta-feira (27) pelo IBGE. Já as pessoas ocupadas somaram 22 milhões, 3,5% a mais do que em 2009.

O número de pessoas com carteira assinada no setor privado também atingiu um recorde no ano passado. Foram 10,2 milhões de pessoas, em média, em 2010, ou seja 46,3% do total de pessoas ocupadas. Em 2009, a proporção era de 44,7%.

O rendimento médio real dos trabalhadores em 2010 foi o maior desde 2003: R$ 1.490,61. O ganho foi de 3,8% em relação a 2009 e de 19,0% em relação a 2003.

Levando em consideração apenas o mês de dezembro de 2010, a taxa de desemprego foi de 5,3%, com um contingente de desocupados de 1,3 milhão de pessoas. O rendimento médio foi de R$ 1.515,10.

Fonte: Agência Brasil

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Casa do Teatro abre inscrições para oficinas artísticas

Jovens e adultos amantes das artes podem procurar a Casa do Teatro e se inscrever para participar das oficinas de teatro, ballet, street dance, jazz, violão e musicalização infantil.

As atividades começam no dia 07 de fevereiro e serão distribuídas em horários variados. As oficinas serão ministradas por um grupo de arte-educadores e artistas treinados, com experiência em cada área de atuação. Tudo será acompanhado por uma equipe pedagógica que orienta todas as etapas das atividades.

As aulas ocorrem duas vezes por semana no Teatro Barracão, na Praça da Bíblia

A metodologia utilizada estimula o potencial criativo dos participantes das oficinas em um ambiente de interação permanente. Oferece ainda, técnicas e habilidades artísticas e, no final de cada semestre, são organizadas montagens de espetáculos onde os artistas apresentam os resultados do trabalho de forma coletiva.


Casa do Teatro

A Casa do Teatro é uma ONG fundada em 1992. É selecionada com Ponto de Cultura por meio do Programa Cultura Viva, do Ministério da Cultura. Em parceria com a Itaipu Binacional, realiza o projeto Plugado!, voltado à formação de agentes culturais em comunidades populares e escolas da rede pública de ensino, com ênfase na promoção da cultura de paz.

A entidade possui Declaração de Utilidade Pública Municipal, integra o Conselho Municipal dos Direitos das Crianças e Adolescentes, o Fórum Paranaense dos Pontos de Cultura e a Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente, colegiado de organizações formado pela Itaipu Binacional, com o objetivo de unificar políticas e programas em favor da infância e da juventude.

Mais informações pelo telefone (45) 3572-1473 ou pelo e-mail: casadoteatrofoz@hotmail.com

Dengue será prioridade do GT Itaipu-Saúde em 2011

Reforçar, ainda mais, as campanhas de mídia e ações efetivas para erradicar o mosquito da dengue na região da Tríplice Fronteira será a meta principal do Grupo de Trabalho Itaipu Saúde (GT Itaipu-Saúde) em 2011.

A prioridade foi estabelecida pelos representantes dos governos municipais, estaduais e federais na área da saúde do Brasil, Paraguai e da Argentina durante a primeira reunião do grupo, nesta terça-feira (26), no Parque Tecnológico Itaipu (PTI).
      

Auditório do PTI na terça-feira, durante a primeira reunião do GT Itaipu-Saúde em 2011 
 
“Não podemos ficar sobressaltados a cada verão com o aumento do número de pessoas com dengue. Precisamos unir forças e encontrar soluções para este problema”, ressaltou o coordenador do GT Itaipu-Saúde, Joel de Lima.
      
 
Joel de Lima enfatizou a importância do combate à dengue.
       
A afirmação foi reiterada pelo novo superintendente de Vigilância em Saúde do Paraná, Sezifredo Paz. “A quantidade de doentes aumenta a cada ano. Devemos agir rápido em toda a região de fronteira”, disse. Para o superintendente, o GT Itaipu-Saúde será o grande reforço para o desenvolvimento de ações articuladas.
      
A primeira ação começará já nas próximas semanas. Profissionais da área da saúde passarão por um treinamento para padronizar o atendimento às pessoas com sintomas da doença na tríplice fronteira. “Por meio do GT Itaipu-Saúde, dividiremos o conhecimento também com os paraguaios e argentinos, e certamente aprenderemos com eles”, afirmou o recém-empossado diretor da 9ª Regional de Saúde do Brasil, Odair José Silveira.
      

Sezifredo Paz (Vigilância em Saúde do Paraná), Sebastian Tobar (Ministério da Saúde da Argentina) e Ivan Allende (Ministério da Saúde do Paraguai). 

 Casos      
A Província de Misiones, na Argentina, não registrou nenhum caso de dengue esse ano. No Paraguai, houve duas mortes por dengue hemorrágica no Estado de Alto Paraná. Do lado brasileiro, segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde do Paraná, foram confirmados 49 casos nas três primeiras semanas de janeiro. Desses, 11 estão em Foz do Iguaçu.
      
Promoção de saúde      
Outro foco do GT Itaipu-Saúde em 2011 será a prevenção de doenças contagiosas como malária, tuberculose e gripe. “Precisamos fortalecer a atenção primária. É mais barato atuar na prevenção do que na cura. Acredito não ser uma constatação apenas do Ministério da Saúde da Argentina, mas também do Paraguai e do Brasil”, ressaltou Sebastian Tobar, diretor de Relações Internacionais do Ministério da Saúde da Argentina.

Fonte: JIE 

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

IFPR emitirá diploma do Ensino Médio com base no ENEM

O Instituto Federal do Paraná (IPFR) está emitindo certificados de conclusão do Ensino Médio e de Proficiência para estudantes com mais de 18 anos que tenham realizado o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), em 2010. Os interessados devem procurar a secretaria da instituição das 8h às 12h e das 13h às 17h.

Para solicitar o diploma, o aluno precisa ter atingido no mínimo 400 pontos em cada uma das áreas de conhecimento do ENEM: Linguagens, Matemática, Ciências Humanas e Ciências da Natureza. Ainda, somado, pelo menos, 500 pontos na redação.

Mesmo com pontuação inferior a 400 em alguma das áreas, estudantes do EJA (Ensino de Jovens e Adultos) podem requerer o certificado de proficiência em algumas disciplinas.  A exigência é ter alcançado notas mínimas nessas matérias em cursos supletivos, por exemplo.

Segundo a diretora de Ensino do IFPR, Luciana Espindula de Quadros, a emissão do certificado pelo Instituto é resultado da Portaria nº 807 assinada pelo Ministro da Educação, Fernando Haddad, em 18 de junho de 2010.

Conforme o texto, o ENEM permite a constituição de parâmetros para auto-avaliação do aluno, com vistas à continuidade de sua formação e à sua inserção no mercado de trabalho. “Como o objetivo do exame é aferir, ao final do ensino médio, se o estudante demonstra domínio dos princípios científicos e tecnológicos do conhecimento, automaticamente, aprova o participante, maior de 18 anos, no Ensino Médio”, explica Luciana.

No Paraná, apenas o IFPR tem autorização para conceder o documento. “Em Foz do Iguaçu atenderemos a região Oeste e Sudoeste”, destaca.


Documentos

Para solicitar o Diploma do Ensino Médio ou de Proficiência, gratuitamente, o interessado deve encaminhar ao Instituto o requerimento de “Solicitação de Certificação do Ensino Médio” – disponível no site: www.ifpr.edu.br -; Boletim Individual com as notas obtidas no ENEM; Histórico Escolar do Ensino Médio na modalidade EJA, quando necessário e, original e cópias da Cédula de Identidade (RG), do Cadastro de Pessoa Física (CPF) e da Certidão de Nascimento ou Casamento.

IFPR

O IFPR é uma autarquia Federal criada em 29 de dezembro de 2008, a partir da lei 11.892, a qual transformou a Escola Técnica da Universidade Federal do Paraná em Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia. Atualmente, são 14 campus em todo o estado.
Em Foz do Iguaçu, o IFPR funciona na Avenida Araucária, 780, Vila A, na área do área do antigo Floresta Clube.

Mais informações pelo telefone (45) 3422-5300.

GT Itaipu-Saúde perde um de seus fundadores


Integrantes do GT Itaipu-Saúde lamentaram a morte do médico Luiz Carlos Sugmyama, responsável por levantar os problemas de saúde mais comuns na tríplice fronteira.
 
Morreu, neste domingo (23), o médico e consultor Luiz Carlos Yoshio Sugmyama, um dos integrantes e fundadores do Grupo de Trabalho Itaipu Saúde (GT Itaipu-Saúde). Ele foi vítima de um acidente de trânsito na PR-090, no Km 429, na cidade de Bela Vista do Paraíso, Norte do Paraná. Sugmyama tinha 55 anos.
  
O médico participava do GT Itaipu-Saúde desde a implantação, em 2003. Foi o responsável por levantar os problemas mais comuns de saúde na tríplice fronteira e, depois, a metodologia de trabalho do grupo. Atualmente, participava também da Sub-comissão de Emergências de Saúde Pública Internacional.
   
O médico foi convidado para gerir o GT Itaipu-Saúde após atuar na elaboração do novo planejamento estratégico do Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC). Com a adesão do hospital ao Sistema Único de Saúde (SUS), a então diretora financeira da binacional, Gleisi Hoffmann, hoje senadora, o convidou a fazer a integração das fundações de saúde Itaiguapy e Tesai, administradas pela Itaipu.
  
Segundo Joel de Lima, coordenador suplente do GT Itaipu-Saúde pelo lado brasileiro, o convite não aconteceu por acaso. Sugmyama tinha ampla experiência na área. Além de ser médico, era um grande conhecedor das políticas públicas de saúde e participou da Reforma Sanitária do Brasil, em 2002.
  
Na opinião do diretor-superintendente do HMCC, Anilton José Beal, o “Dr. Luiz Carlos foi o protagonista dos avanços do GT Itaipu-Saúde desde a sua criação. Sempre propôs ações importantes para melhorar a saúde na tríplice fronteira e para harmonizar as diferenças culturais de cada país”.
  
Perda irreparável
  
Para Luiz Roman Merelles, da equipe do GT Itaipu-Saúde na margem direita, Sugmyama era um grande profissional. “Será uma grande perda para todos nós, de um excelente profissional e de um grande amigo”, lamentou.
  
A coordenadora suplente do grupo pela margem direita, Nancy Mujica, reitera. “Era um profissional extraordinário. Muito especial, atento e prestava assessoria a todas comissões do GT Itaipu-Saúde. Uma pessoa serena, respeitável e muito humana”, destacou.


Fonte: JIE

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

GT Itaipu-Saúde retoma atividades

O Grupo de Trabalho Itaipu-Saúde (GT Itaipu-Saúde) retoma as atividades nesta terça-feira (25), a partir das 9 horas, no Parque Tecnológico Itaipu (PTI). Um dos assuntos do encontro será o plano de trabalho do grupo para os próximos doze meses e a política nacional sobre a saúde do homem, do governo argentino.

Também será discutida a segunda edição do curso “Investigação de Surtos”, destinado a profissionais que atuam nas áreas de vigilância epidemiológica, sanitária e ambiental na tríplice fronteira. A primeira fase foi realizada em outubro do ano passado.

A primeira reunião de 2011, terá a presença do novo diretor da 9ª Regional de Saúde, Odair José Silveira, e do recém-empossado superintendente de Vigilância em Saúde do Estado, Sezifredo Paz (foto ao lado).

Histórico

Criado em 2003, o GT Saúde-Itaipu apoia políticas públicas de saúde comuns no Brasil, Paraguai e na Argentina. Graças ao programa, mais de 500 mil paraguaios que vivem na zona rural – nos Departamentos de Canindeyú, Alto Paraná e Caaguazú – recebem regularmente médicos e enfermeiros em suas propriedades. O trabalho tem como referência o Programa Saúde da Família, implantado em 1994 no Brasil pelo Ministério da Saúde.

Fonte: JIe

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Conheça o perfil de cada município brasileiro

Segundo dados do Censo realizado pelo IBGE em 2010, o Brasil possui 5.565 municípios e uma população de 185 milhões de pessoas.
Clique no link abaixo, acesse os dados censitários e saiba mais sobre cidades e/ou  estados. Pode ser usado para comparativos, pesquisas, escolas, etc...

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Conheça as 13 diretrizes do governo da Presidenta do Brasil, Dilma Rousseff

1. Expandir e fortalecer a democracia política, econômica e socialmente.

O fortalecimento da democracia política será consolidado por meio da continuidade da reforma do Estado; pela preservação da autonomia dos poderes constituídos; irrestrita liberdade de imprensa e de expressão da liberdade religiosa; aprofundamento do respeito aos Direitos Humanos e incentivo à participação popular para que haja uma reforma política que fortaleça as instituições. Essa reforma será decidida em um amplo diálogo entre a sociedade e suas organizações por meio do Congresso Nacional, com o objetivo de dar maior consistência à representação popular e aos partidos.

2. Crescer mais, com expansão do emprego e da renda, com equilíbrio macroeconômico, sem vulnerabilidade externa e desigualdades regionais.

As políticas que mantiveram e expandiram os níveis de crescimento alcançados nos últimos anos serão mantidas por meio da ampliação de investimentos, poupança e conquistas sociais. A política macroeconômica será compatível com o equilíbrio fiscal, com ações de controle à inflação e auxílio ao crescimento de renda das camadas mais pobres da população. Estão previstas mudanças tributárias que racionalizem e reduzam os efeitos da estrutura atual com o objetivo de beneficiar a produção nacional e a exportação. Além disso, o governo adotará políticas regionais para que locais como a Amazônia, Nordeste e Centro-Oeste se adequem à dinâmica do Sul e Sudeste, promovendo assim um desenvolvimento mais harmônico ao País.

3. Dar seguimento a um projeto nacional de desenvolvimento que assegure grande e sustentável transformação produtiva do Brasil.

As políticas industrial, agrícola, energética e de infraestrutura serão instrumentos centrais para transformação produtiva do País. A política industrial vai conciliar o desenvolvimento das grandes com as micro, pequenas e médias empresas, responsáveis pela geração da maior parte dos empregos do Brasil. Para estimular o empreendedorismo, serão definidas políticas especiais tributárias, projetos de qualificação profissional e ampliação de mercados nacionais e internacionais. Já a política agrícola fortalecerá a agricultura familiar e o agronegócio, ampliará o crédito e o apoio científico e tecnológicos a organizações como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e dará prosseguimento à reforma agrária em andamento. Além disso, o aprofundamento do atendimento às demandas logísticas terão o objetivo de acelerar e baratear o escoamento e o armazenamento da produção agrícola tanto para o mercado interno quanto para o externo. A política energética, por sua vez, dará ênfase à produção de energia renovável e à pesquisa de novas fontes limpas, além de prosseguir com a internacionalização de sua política energética. Por fim, para mudança da infraestrutura, como já vem sendo tratada no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), eliminará os obstáculos que limitam o crescimento econômico, especialmente no transporte ferroviário e rodoviário, nos portos, aeroportos e nas condições de armazenagem. Outras questões relacionadas à maioria da população brasileira como saneamento básico, transporte e habitação também receberão atenção especial.

4. Defender o meio ambiente e garantir um desenvolvimento sustentável.

A política ambiental cuidará para que o País tenha um modelo de desenvolvimento ao mesmo tempo sustentável e inclusivo. O programa de combate ao desmatamento, assim como a proteção de nossos biomas – em especial a Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica – serão mantidos. Iniciativas que ampliem a oferta de água, esgotamento sanitário, coleta e processamento de lixo nas cidades brasileiras também serão continuadas. As empresas deverão levar em conta os critérios de proteção ambiental. Os trabalhos de zoneamento agroecológico, de recuperação de terras degradadas e de implementação de projetos de manejo florestal serão aprofundados. Além disso, o governo se compromete com as metas apresentadas voluntariamente em Copenhaguen e continuará a defende, em foros internacionais, políticas que estabeleçam responsabilidades ambientais igualitárias para todos os países.

5. Erradicar a pobreza absoluta e prosseguir reduzindo as desigualdades. Promover a igualdade, com garantia de futuro para os setores discriminados na sociedade.

O Programa Bolsa Família continuará tendo papel relevante na inclusão social. As políticas sociais serão complementadas com a ampliação da geração de emprego e renda, fortalecimento da economia solidária e de programas de capacitação e crédito que favoreçam o empreendedorismo. Serão ampliadas também iniciativas legais e administrativas de igualdade de direitos e oportunidades para mulheres, negros, populações indígenas, idosos e outros setores da sociedade que sejam discriminados.

6. O Governo de Dilma será de todos os brasileiros e brasileiras e dará atenção especial aos trabalhadores.

Ações que facilitem o acesso formal ao trabalho, em particular aos jovens e segmentos hoje discriminados, serão priorizadas. O Governo prevê ainda alternativas para inserção ocupacional de beneficiários do Bolsa Família; proteção ao emprego e renda dos trabalhadores e combate a toda e qualquer forma de trabalho infantil, precário ou degradante. Além disso, promoverá relações e condições de trabalho saudáveis de acordo com qualificação da Organização Internacional do Trabalho (OIT). A intensificação do diálogo com os sindicatos terá por objetivo definir as grandes linhas das políticas trabalhistas. Para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, estão previstas iniciativas que abrangem habitação, saneamento, transporte, educação e saúde.

7. Garantir educação para igualdade social, a cidadania e o desenvolvimento.

Será garantido aos brasileiros – em especial aos jovens – acesso a escola de qualidade que combine ensino de qualidade e capacitação profissional. O Governo cuidará da pré-escola à pós-graduação, disponibilizando mais verba para estimular pesquisas e fortalecer o ensino superior. O programa ProUni será mantido e potencializado, permitindo que mais estudantes de baixa renda ingressem na universidade. O projeto de construção das Instituições Federais de Educação Tecnológica (Ifet) será ampliado e as cidades pólo com mais de 50 mil habitantes terão, pelo menos, uma escola técnica.

O Governo Federal assumirá a responsabilidade da criação de 6 mil creches e pré-escolas e 10 mil quadras esportivas cobertas. Além disso, haverá uma ampla mobilização envolvendo poderes públicos e sociedade civil para que o analfabetismo seja erradicado.

8. Transformar o Brasil em potência científica e tecnológica.

O Governo Federal expandirá os recursos destinados à Pesquisa e Desenvolvimento, ampliando substancialmente o número de bolsas de estudo oferecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Serão privilegiadas as pesquisas em biotecnologia e nanotecnologia, robótica e novos materiais, tecnologia da informação e comunicação, saúde e produção de fármacos, bicombustíveis e energias renováveis, agricultura, semiárido, áreas nuclear e espacial, recursos do mar e defesas.

A inclusão digital se dará com a expansão da banda larga para todo País, em especial para as escolas.

9. Universalizar a Saúde e garantir a qualidade do atendimento do SUS.

O aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e seus mecanismos de gestão, fiscalização e controle de qualidade aos serviços prestados são prioridade no novo Governo Federal. Serão continuadas as políticas públicas de ampliação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), ao programa Brasil Sorridente, às Farmácias Populares, à expansão das equipes do Programa Saúde da Família e a implantação das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e Policlínicas. Todas as ações serão complementadas por uma política de reestruturação da atenção hospitalar. Haverá especial atenção aos programas de saúde mental, tratamento do alcoolismo, dependência ao crack e outras drogas que afetam a juventude do País. A universalização da saúde se dará por meio da oferta gratuita de remédios contra hipertensão e o diabetes, desenvolvimento de programas nacionais de prevenção do câncer, reabilitação de pessoas com deficiência e atenção aos idosos. Está previsto o desenvolvimento do complexo produtivo da saúde – realizado em conjunto com a política de Ciência e Tecnologia - para fazer com que o País se torne autossuficiente em relação a produção de remédios e na ampliação da fabricação de genéricos.

10. Prover as cidades de habitação, saneamento, transporte e vida digna e segura para os brasileiros.

O programa habitacional Minha Casa, Minha Vida prevê a construção de mais de 2 milhões de moradias. O Governo dará prosseguimento à democratização do acesso a terra urbana e a regularização da propriedade nos termos da lei, bem como a universalização do saneamento e apoio a gestão integrada de resíduos sólidos. Com o objetivo de prevenir desastres ambientais, está prevista a criação de um programa nacional de defesa urbana. Será continuado o programa que objetiva dotar as cidades de transporte coletivo eficiente, expandindo o metrô nas principais cidades do País. Todas as políticas urbanas se articularão com a necessidade de desenvolvimento econômico e ambiental dos territórios, de inclusão social e de promoção de uma cultura de paz nas cidades.

11. Valorizar a cultura nacional, dialogar com outras culturas, democratizar os bens culturais e favorecer a democratização da comunicação.

Serão ampliados os pontos de cultura e outros equipamentos, além da implementação do Vale Cultura. A comunicação livre, plural e capaz de refletir as distintas expressões da sociedade brasileira será favorecida. O fortalecimento do Sistema Nacional de Cultura permitirá uma presença maior de iniciativas em diversas cidades do País. A memória e o patrimônio histórico e cultural nacional serão valorizados. Além disso, o Ministério da Cultura proporá iniciativas para fortalecer a indústria audiovisual nacional, conectando-a com a de outros países, em especial os da América do Sul. Serão aperfeiçoados os mecanismos de financiamento da cultura.

12. Garantir a segurança dos cidadãos e combater o crime organizado

O Governo Federal dará continuidade ao Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), iniciada pelo Ministério da Justiça. Consolidará a articulação entre a repressão qualificada e inteligente ao crime, integrando sistema de informação da segurança e profissionalizando a gestão com desenvolvimento de inteligência policial e alta tecnologia. Colocará em prática projetos de urbanização de áreas de maior conflito e programas sociais e de saúde para atender aos jovens usuários de drogas. Fortalecerá programas de capacitação policial como Bolsa-Formação e ampliará os Territórios de Paz e as UPPs.

O trabalho da Polícia Rodoviária Federal será reforçado. Prosseguirá com os esforços de mudar as leis processuais penais e em uma reforma profunda do sistema penitenciário. Além disso, a Polícia Federal e as Forças Armadas intensificarão o controle e defesa de nossas fronteiras para impedir o tráfico de drogas e de armas.

13. Defender a soberania nacional. Por uma presença ativa e altiva do Brasil no mundo.

A política externa do Governo dará ênfase especial aos processos de integração sul-americana e latino-americana, à cooperação Sul-Sul (Bric, Ibas) e à solidariedade com países pobres e em desenvolvimento. As parcerias tradicionais serão mantidas e ampliadas e a política externa será instrumento importante para a diversificação do comércio exterior e expansão dos investimentos e complementação produtiva.

O Brasil continuará fiel aos princípios de não intervenção, de Defesa dos Direitos Humanos, de luta pela paz mundial e pelo desarmamento. O Brasil continuará mantendo um diálogo construtivo e soberano com os países desenvolvidos e em desenvolvimento na esfera bilateral ou em organismos multilaterais, como o G20. A consolidação e a implementação da nova política de defesa, nos termos da Estratégia Nacional, será acompanhada do reequipamento das Forças Armadas e da plena implantação do Ministério da Defesa iniciada no governo Lula.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

IFPR abre período de matrículas para novatos nesta segunda-feira (24)‏

O Instituto Federal do Paraná (IFPR), campus de Foz do Iguaçu, abre nesta segunda-feira (24), o período de matrículas para novatos. 

O cronograma - veja quadro abaixo -  será dividido de acordo com um dos quatro cursos técnicos escolhido: informática, edificações, hidrologia e cozinha. Ao todo serão matriculados 150 estudantes. No Núcleo Avançado de Cascavel, serão realizadas 30 matrículas para o curso de informática. 

Caso os calouros não compareçam à unidade no período estabelecido, serão eliminados.  Os novatos foram aprovados no processo seletivo realizado em novembro.

As aulas iniciam no dia 14 de fevereiro com 750 estudantes, mas a meta para os próximos anos é atender 2,5 mil alunos.

Documentos
Para efetivar a matrícula, o candidato deve comparecer à sede do IFPR, localizada na Avenida Araucária, 780, Vila A, com original e cópia: Cédula de Identidade (RG); Cadastro de Pessoa Física (CPF); Histórico Escolar do Ensino Fundamental - para aprovados nos cursos Técnicos Integrados –; Histórico Escolar do Ensino Médio – para cursos Técnicos Subsequentes -; Histórico ou Declaração de Matrícula, para Técnicos Concomitantes. No caso da não-apresentação dos originais, as cópias devem ser autenticadas.

Os aprovados nas vagas de inclusão racial, social, indígena ou com deficiência, além da documentação, precisam apresentar documentos que comprovem a origem.

Mundo do Trabalho
Segundo o diretor-geral do Campus de Foz do Iguaçu, Luiz Carlos Eckstein, o objetivo da instituição é suprir a carência de técnicos no mundo do trabalho. Ainda, oferecer uma capacitação profissional aos jovens e às pessoas interessadas em uma nova profissão. “Hoje, em todo o Brasil, há pelo menos 6 milhões de vagas ociosas aguardando técnicos qualificados. Nosso papel é preparar nossos alunos para ocupá-las”, afirma o diretor.

Antes da implantação de cada curso, o IFPR realizou uma pesquisa para conhecer a vocação regional. “Nesse primeiro momento estamos oferecendo informática, edificações, hidrologia e cozinha, mas em breve, teremos também de turismo”, explica.

A instituição estuda a possibilidade de implantar um curso superior de licenciatura nas áreas de física e artes.

Da diversão à formação


O Instituto começou a funcionar em 2009, de forma provisória, nas dependências do Parque Tecnológico Itaipu (PTI). Hoje tem sede própria: a área do antigo Floresta Clube. O espaço de mais de 100 mil metros quadrados foi doado pela Itaipu Binacional.

O local está sendo reformado e ganhando nova estrutura. O campo de futebol, por exemplo, deu lugar às salas de aula e aos laboratórios. Entre eles, de química, física, biologia e de informática. O salão de festas será transformado em auditório. 

Entretanto, a única área desfigurada será o campo de futebol. As demais serão mantidas na mesma linha arquitetônica do clube, inclusive, as quadras de esportes. “Manteremos a arquitetura e resgataremos a história do clube. Esse é o compromisso firmado com a Itaipu Binacional”, garante o diretor.

O IFPR é uma autarquia Federal criada em 29 de dezembro de 2008, a partir da lei 11.892,  a qual transformou a Escola Técnica da Universidade Federal do Paraná em Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia. Atualmente, são 14 campus em todo o estado.

Confira o cronograma de datas e horários


DATA

HORÁRIO

CURSO
24
Das 8h às 11h30 e das 13h30 às 17h
Informática
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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Governo deve respeitar regra de aumento do mínimo, diz senadora Gleisi Hoffmann

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) afirma que o governo deve manter a regra de reajuste do salário mínimo de acordo com a variação da inflação e do PIB e elevar o valor para até R$ 550. Em entrevista ao UOL Notícias, na tarde desta terça-feira (11), Gleisi disse que “a regra [do reajuste] leva o mínimo para R$ 543”, mas há possibilidade de negociar com o governo o arredondamento para R$ 545 ou R$ 550. “Mais do que isso, já não cabe nas contas públicas, não tem condições”, afirma.

Para a senadora, abandonar a regra não faz sentido e R$ 543 “é o mínimo que tem que se pagar ao trabalhador”. Segundo Gleisi, o que está em discussão é apenas o arredondamento. “Tenho absoluta certeza e convicção de que o governo aceitará se o Congresso corrigir para R$ 543”, disse, lembrando que não fala pela bancada petista.

Sobre a disposição do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de se opor a qualquer valor diferente de R$ 540, Gleisi diz que é preciso haver conversa. Além disso, diz que é normal o ministro adotar posições rígidas devido à responsabilidade que tem em “equilibrar as contas públicas”.

A senadora falou com a reportagem após deixar a reunião da bancada do PT que definiu Humberto Costa (PT-PE) como novo líder do partido no Senado. De acordo com ela, o mínimo não foi debatido no encontro, mas será tema da próxima reunião da bancada, agendada para 27 de janeiro.

Casada com o ministro das Comunicações e ex-ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, Gleisi Hoffmann foi eleita, em 2010, para seu primeiro mandato no Senado. Em 2002, participou da equipe de transição do governo FHC para o governo Lula, junto com Dilma Rousseff. Depois disso, foi diretora financeira de Itaipu. Também foi presidente do PT no Paraná.

Veja a íntegra da entrevista:


UOL Notícias: A senhora defende um mínimo maior que o proposto pelo governo?
Gleisi Hoffmann: Em relação ao mínimo, nós temos que manter a regra. Que foi a regra que trouxe a correção do salário mínimo em quase 60% de aumento real, no governo do presidente Lula. Agora, é claro, a regra leva o mínimo para R$ 543. Acho que há possibilidade de a gente conversar com o governo e ver, dentro do Orçamento, se temos condições de arredondar, por exemplo, para R$ 545. Ou até subir um pouco mais, uns R$ 550, para mediar com o movimento sindical. Mais do que isso, já não cabe nas contas públicas, não tem condições. O que é importante e que nós temos visão, pelo menos na maioria, é que a regra deve ser mantida. Se a regra deu R$ 543, esse é o mínimo que tem que se pagar ao trabalhador.

UOL Notícias: Então há disposição dentro do PT de não aceitar os R$ 540?
Hoffmann: Não é de não aceitar. O governo tem uma regra, que tratou junto com o Congresso Nacional. Não tem lógica o governo se opor a isso. Não quer dizer que o governo tenha que mandar outra medida provisória, colocando R$ 543. Tenho absoluta certeza e convicção de que o governo aceitará se o Congresso corrigir [o salário mínimo] para R$ 543, sem nenhuma oposição. Porque isso é uma regra. O que cabe a nós é perguntar ao governo, e ter uma conversa realmente com muita responsabilidade, se poderia ser arredondado para R$ 545 e negociado com os movimentos sociais para talvez chegar a um teto de R$ 550, dentro dessa realidade. Mas é o máximo. O que não dá é para fazer uma discussão política sobre o salário mínimo. Tem que fazer uma discussão nos pressupostos da economia brasileira.

UOL Notícias: A bancada do PT no Senado vai discutir o salário mínimo em sua próxima reunião, no dia 27 de janeiro?
Hoffmann: Sim. No dia 27. Nós estamos convidando também pessoas do governo para estarem aqui. É importante, nós queremos ter um posicionamento de forma alinhada, conversada, negociada com o governo.

UOL Notícias: E a declaração do ministro Mantega de que qualquer valor diferente de R$ 540 seria vetado?
Hoffmann: Bom, a presidente já se manifestou. Na realidade é isso: tudo que nós estamos vivendo, tem possibilidade de ser conversado. Principalmente com o Congresso Nacional, que é a casa da conversa, é o parlamento, é onde se “parla”. Se não conversar, não tem objetivo de ser. Então, acho que é importante conversar. O ministro Guido, e eu entendo a posição dele, e defendo muito as posições da Fazenda, ele tem uma grande responsabilidade, que é administrar um orçamento que está tendo dificuldades, com déficit. Quer dizer, precisa equilibrar as contas públicas, segurar o processo inflacionário, não deixar o dólar descambar como está acontecendo. Então é obvio que, quando ele se vê à frente de qualquer assunto, qualquer discussão, ele tem uma reação muito mais dura, para tentar resolver os problemas. E eu acho que ele tem razão, como ministro da Fazenda, ele tem que fazer isso.
Nessa questão do salário mínimo, a mediação tem que ser no limite daquilo que é possível do ponto de vista econômico. Primeiro, seguir a regra: R$ 543. Não tem justificativa o governo dizer que não vai a R$ 543, porque isso é a regra. Foi assim com os outros  salários e vai ser assim nesse e vai ser pro próximo. O que nós queremos conversar com o governo e com o movimento social é, se dentro desse contexto, há condições de um arredondamento, para facilitar, inclusive, do ponto de vista do pagamento pelas empresas. Mas isso é uma conversa que vamos fazer com o governo.

UOL Notícias: Quantos senadores da bancada dividem essa opinião, de que o governo tem que respeitar a regra, e falam isso publicamente?
Hoffmann: Na realidade nós não discutimos [o aumento do salário mínimo]. Disse para você que vamos discutir no dia 27. Essa é uma posição pessoal minha. Acredito que a maioria vá concordar, porque votou isso. Mas é uma posição pessoal minha, não posso falar pela bancada.

Fonte: UOL Notícias, por Fábio Brandt, de Brasília

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Gleisi Hoffmann: Senadora Binacional

Deu no Jornal Valor Economico 

Num país governado por uma mulher, a representação feminina do novo Congresso não chega a 10% na Câmara e chega à metade do patamar de 30%, a cota de candidaturas de mulheres exigida aos partidos, no Senado - 8,77% e 14,8%, respectivamente. Mas consagra um outro perfil parlamentar, entre as mulheres, mantendo uma tendência verificada nas últimas eleições.

São 45 deputadas e 12 senadoras que devem assumir suas cadeiras, em fevereiro, com interesses, em boa parte, que vão além daqueles que costumavam caracterizar os mandatos das mulheres, como os problemas da infância e da adolescência, para ficar apenas num exemplo. O perfil dessa nova parlamentar é parecido com o da presidente Dilma Rousseff.

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) é, sem dúvida, um exemplo bem acabado. Ela é um fenômeno eleitoral, anunciado em 2006, quando esta advogada de 45 anos, sem nunca ter disputado antes uma eleição por pouco não ganha a vaga do senador Álvaro Dias, candidato à reeleição, com uma passagem bem avaliada pelo governo estadual.

Ano passado, Gleisi atropelou os adversários, superando a marca dos 3 milhões de votos, enquanto o ex-governador Roberto Requião (PMDB) suava a camisa para ganhar a segunda vaga, com cerca de 100 mil votos à frente do terceiro colocado, mas quase meio milhão de votos atrás da candidata do PT.

Com a eleição de Gleisi, o Paraná ganhou uma senadora e o Paraguai ganhou uma aliada no Congresso brasileiro. É que os interesses dessa ex-diretora de finanças de Itaipu, mulher do ministro Paulo Bernardo (Comunicações) e desde já virtual candidata ao governo do Estado vai além das linhas que demarcam a tríplice fronteira no extremo Oeste paranaense.

Gleisi Hoffmann veste o figurino da nova congressista

Gleisi escolheu três comissões do Senado para atuar prioritariamente. Entre elas não está a que trata de assuntos sociais, uma escolha comum entre as mulheres, em legislaturas passadas (e que ela faz questão de valorizar tanto nas parlamentares que a antecederam como naquelas que hoje continuam se batendo pelas causas sociais). Pela ordem, escolheu a Comissão de Assuntos Econômicos, a de Agricultura e a de Relações Exteriores.

Para entender as escolhas da senadora é preciso compreender, pelo menos, a região que ela representa. A escolha da Comissão de Agricultura é quase um lugar comum entre os congressistas do Paraná, um Estado essencialmente agroindustrial. Relações Exteriores já é consequência de uma realidade local que extrapola ao Paraná e ao Brasil.

Foz do Iguaçu, no extremo Oeste paranaense, é a fronteira mais populosa do Brasil, entre os vizinhos da América do Sul. Apenas em Foz (Brasil), Ciudad del Este (Paraguai) e Puerto Iguazú (Argentina), são mais de 600 mil habitantes. Em 62 municípios, nos três países, considerados área de influência da tríplice fronteira a população chega a 1,9 milhão de habitantes.

Depois dos Estados Unidos (EUA), o Paraguai é o país que abriga o maior número de brasileiros fora de casa, não menos de 300 mil, talvez 450 mil, segundo cálculos de entidades governamentais e não governamentais (não existe um número oficial).

A maior parte desta população é constituída de "brasiguaios", na origem os brasileiros - indenizados - cujas terras foram inundadas pelo lago de Itaipu e atravessaram a fronteira atraídos por terra fértil e incentivos fiscais concedidos pela ditadura do general Alfredo Stroessner, na primeira metade dos 70.

Os "brasiguaios" são hoje responsáveis pela maior parte do que de melhor existe no agronegócio paraguaio. Algo entre 80% e 85% da soja exportada por aquele país é produzida por brasileiros - no Paraguai ou do lado de cá da fronteira, diga-se a bem da verdade.

Segundo Gleisi, essa é a questão: ainda hoje, o Paraguai é visto no Brasil, inclusive entre autoridades, como um problema. Em sua opinião, trata-se de um enfoque que precisa ser mudado. Ela costuma dizer que, para cada paraguaio envolvido em ilícitos como o contrabando de armas, o tráfico de drogas e o descaminho de mercadorias, "há pelo menos cinco brasileiros juntos".

É um exagero deliberado, mas que serve para justificar o argumento segundo o qual ajudar o Paraguai, um país menor que o Paraná, é contribuir para solução também de problemas internos brasileiros. "O contrabando, por exemplo, afeta nossa indústria", diz. A tríplice fronteira também virou um motivo de atenção mundial, devido as suspeitas dos EUA de que tenha se transformado em abrigo de terroristas.

Na realidade, a teia de interesses entre Brasil e Paraguai é hoje tão densa que o vizinho detém hoje sete representações consulares brasileiras. No atual conselho da Itaipu Binacional há dois representantes do Itamaraty.

A aprovação da revisão do tratado de Itaipu "será um ponto de honra" para Gleisi, em sua estreia no Senado. Ela acha que o governo brasileiro se equivocou, quando resistiu à renegociação, exigida pelo Paraguai, do valor pago pela energia de Itaipu.

É nesse contexto que se discute a revisão do Tratado de Itaipu, assinado em 1973 pelas ditaduras que governavam os dois países, na ocasião. O Brasil pagou pela usina, mas assegurou-se de que, nos 50 anos seguintes, os paraguaios nos venderiam, a preço de custo, o que não utilizassem da energia a que teriam direito como sua parte no empreendimento. O Paraguai utiliza apenas 10% dos 50% que lhe cabem.

A revisão do acordo, atualmente em tramitação no Congresso, levará o Brasil a pagar três vezes mais do que atualmente paga pelo excedente paraguaio da energia de Itaipu. Com base em valores de 2008, os pagamentos anuais passariam de R$ 200 milhões para R$ 600 milhões.

O fato é que o país precisa de energia, e Itaipu responde por cerca de um quinto do consumo brasileiro. A partir de 2023, prazo longínquo em 1973 mas hoje visível a olho nu, em tese o Paraguai poderia assumir, com seus custos e riscos, a comercialização de sua metade em Itaipu.

Dilma não conseguiu colocar tantas mulheres quanto gostaria no governo. Mas a bancada feminina do Senado promete, como mostra a agenda de Gleisi. E além dela tem Marta Suplicy, Ana Amélia Lemos e outras nove.

Por Raymundo Costa é repórter especial de Política, em Brasília.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Ministério da Saúde argentino propõe parceria com Unila e Itaipu

Integrantes do Ministério da Saúde argentino fizeram uma visita à UNILA, na tarde desta quarta-feira (05), para apresentar o Instituto Nacional de Medicina Tropical, um projeto do Governo da Argentina. A iniciativa visa realizar pesquisas e gerar conhecimento na área de saúde pública na Região Trinacional do Iguaçu.


O local onde será instalado o projeto ainda está indefinido, mas é cogitada a possibilidade de a sede ser Puerto Iguazú (Argentina), cidade vizinha a Foz do Iguaçu. "Identificamos na região possíveis parceiros, e como temos enfoque multidisciplinar e de integração, achamos que a UNILA poderia ajudar na articulação de nossas ações", disse o futuro diretor do Instituto, Oscar Daniel Salomón.

O reitor da UNILA, Hélgio Trindade, e o vice-reitor, Gerónimo de Sierra, demonstraram interesse pelo projeto e disseram estar abertos a um diálogo de cooperação. "Estamos dispostos a colaborar. Inclusive temos proposta de desenvolver cursos na graduação e pós-graduação em saúde pública, e essa troca de conhecimento pode ajudar a acelerar o desenvolvimento de nossas atividades nessa área", salientou o reitor Hélgio Trindade.


Também participaram do encontro o pró-reitor de Planejamento e Administração, Paulino Motter, e o assistente do diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional e coordenador do Grupo de Trabalho Saúde na Fronteira, Joel de Lima. O representante da Itaipu declarou estar aberto a contribuir com a iniciativa. Ele explicou que o GT trabalha em parceria e abrange diversos eixos temáticos. "Tivemos, por exemplo, um eixo de trabalho que ajudou o Paraguai a criar uma política nacional para a saúde indígena", citou Lima.


Na ocasião da visita, os membros argentinos convidaram o reitor da UNILA para um evento, no dia 9 de fevereiro, que vai formalizar a regulamentação do Instituto Nacional de Medicina Tropical. No evento, além de a presidente Cristina Kirchner assinar o termo que vai dar origem ao projeto, haverá uma jornada técnica de discussão sobre os objetivos do Instituto.


Estiveram presentes, ainda, um integrante da área de epidemiologia de Missiones, Jorge Abel Gutierrez, e três membros do Ministério da Saúde da Argentina: o vice-ministro, Gabriel Yedlin; o diretor de Vetores, Sergio Estani; e o assessor da Secretaria de Políticas e Instituto, Humberto Stepanik.

Fonte: Unila

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Ano novo, presidente nova

O ano começou com grandes novidades. Inclusive, tendo como Chefe do Executivo Brasileiro, uma mulher , Dilma Rousseff.

Assista ao vídeo e confira o discurso da nova presidente do Brasil.