Notícias boas, verdadeiras e inteligentes precisam e devem ser replicadas. Leia o artigo escrito pela jornalista Chistina Lemos, do portal R7
Nenhum ministro cresceu tanto no cargo em 13 meses de governo Dilma quanto Gleisi Hoffmann. A indicação da senadora do Paraná, mulher do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, para a crucial Casa Civil, em junho do ano passado, surpreendeu a todos e foi a primeira escolha com a marca clara da presidente Dilma. Na época, muita gente desdenhou. Hoje, a discreta lourinha com cara de boneca é a substituta suave da presidente, com exclusivo poder de interlocução conferido pela própria Dilma.
Causou surpresa durante a reunião ministerial da semana passada o tom peremptório com que a presidente declarou aos ministros que, na equipe, ninguém é melhor que ninguém, mas, quem fala por Dilma é Gleisi. É a ela que devem ser encaminhados os projetos, para o devido crivo técnico. E mais, não adianta mandar substituto para se reunir com Gleisi, porque a audiência será cancelada automaticamente.
É esta Gleisi, sete meses depois de assumir na vaga de Palocci, que se apresenta pela primeira vez ao Congresso na quinta-feira para levar a mensagem do Executivo na abertura do ano legislativo. Dilma a está transformando na gerente que ela mesma foi, e tenta evitar os problemas que tanto a irritavam quando exerceu esta função, como por exemplo, ser surpreendida por ministros que vendiam idéias diretamente a Lula. Sobrava para Dilma demover o presidente de projetos frágeis, gastadores ou ineficientes.
A presidente admira a suavidade, o senso de organização e capacidade técnica da ministra – uma espécie de algodão entre os cristais ásperos do poder palaciano.
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