Davi Albino conta sua trajetória de sucesso para se transformar em atleta com apoio do governo federal
A história do esporte na vida de Davi é emocionante. Há 15 anos ele tomava conta de carros em um estacionamento ao lado do Centro Olímpico em São Paulo.
“Meu professor estacionava o carro lá e eu tomava conta do carro dele. E aí ele me chamou para treinar”, conta ele. Ele começou a treinar para ganhar o lanche. Em 2005, quando foi criado o Bolsa Atleta, ele diz que foi um dos primeiros a se inscrever no programa. “Depois que eu comecei a receber o Bolsa Atleta, falei: ‘Vou ser atleta, cara! Não quero nunca mais voltar.’”
E assim ele fez. Nunca mais tomou conta de carro e se dedicou exclusivamente ao treinamento, a ser atleta. “O Bolsa Atleta me manteve no esporte. O Bolsa Atleta está fazendo dez anos e eu estou fazendo dez anos junto”. Um dos maiores desafios para os atletas jovens com poucos recursos, relata o lutador, é que quando chega a uma idade de 17, 18 anos têm a necessidade de ajudar financeiramente a família. E aí muitos se veem obrigados a deixar o esporte para procurar trabalho.
Então o programa do governo federal fez diferença mais uma vez. “Fez um papel fundamental de estar me mantendo no esporte. Antigamente, eu não tinha patrocínio, não tinha incentivo de ninguém e o Bolsa Atleta me manteve no esporte, porque eu tinha de onde ajudar minha família. Pude me manter no esporte. Na minha vida fez um papel fundamental. Praticamente me incluiu na sociedade.”
E a bolsa que recebia fez ainda mais uma diferença, o incentivou a progredir cada dia mais e a conquistar melhores colocações no ranking nacional. “O Bolsa Atleta faz você sempre querer mais, te dá o benefício de ter o dinheiro a mais do seu sacrifício. Você se sacrifica, consegue chegar mais longe e o Bolsa Atleta vai e te incentiva a chegar muito mais longe no seu esporte, porque quanto mais apoio você tiver, melhor para você no seu rendimento.”
Com a criação de uma nova categoria do programa em 2011, o Bolsa Pódio, Davi se esforçou ainda mais para entrar no ranking internacional dos 20 melhores atletas em sua modalidade.
“Eu era atleta nacional e recebia R$ 750, passei a ser atleta internacional e ganhava R$ 1.850. Hoje eu sou atleta pódio, sou o primeiro atleta a entrar no ranking mundial da história da luta olímpica brasileira. E com a bolsa, o atleta tem condições de comprar um suplemento melhor, ter uma alimentação melhor. E atleta que não tem preocupação financeira, o rendimento dele é maior.”
Davi Albino lembra que a luta greco-romana é um esporte tradicional no mundo, existe desde 750 a.C, mas que a Confederação Brasileira de Luta tem apenas 15 anos. “Em apenas 15 anos já temos medalha em mundial, já temos atletas no ranking mundial. Eu sou o primeiro atleta a entrar no ranking mundial da história da luta olímpica brasileira”. E se depender dele, o Brasil vai ainda mais longe na modalidade. “Ano que vem, na Olimpíada, eu sei que vou estar muito forte. Graças ao Bolsa Atleta também, vou estar financeiramente melhor e fisicamente muito mais forte para trazer a primeira medalha olímpica para o Brasil na greco-romana.”
O Bolsa Atleta
O governo brasileiro mantém, desde 2005, o maior programa de patrocínio individual de atletas no mundo. O público beneficiário é de atletas de alto rendimento que obtêm bons resultados em competições nacionais e internacionais de sua modalidade. O programa garante condições mínimas para que se dediquem, com exclusividade e tranquilidade, ao treinamento e competições locais, sul-americanas, pan-americanas, mundiais, olímpicas e paralímpicas. Atualmente, são seis as categorias de bolsa oferecidas pelo Ministério do Esporte: Atleta de Base, Estudantil, Nacional, Internacional e Olímpico/Paralímpico e Pódio.
Com a escolha do País como sede olímpica e paralímpica em 2016, o governo federal criou, em 2012, a categoria Bolsa Pódio, a mais alta do programa e destinada a atletas com chances de disputar medalhas nos Jogos Rio 2016. Os beneficiados pelo Bolsa Atleta recebem a ajuda durante um ano. A prioridade é para atletas de esportes que compõem os programas dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Paralímpicos. Em seguida, o benefício se destina a atletas de modalidades chamadas não olímpicas.
Fonte: Blog do Planalto