Segundo José Graziano, diretor da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, expertise brasileira de inclusão social deu certo e passou a ser multiplicada em países da Ásia, da África e da América Latina
A experiência brasileira no combate à fome foi tema de reunião do ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, com o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), José Graziano, na quinta-feira (20). O diretor da agência da ONU salientou a importância da experiência brasileira no combate à fome no mundo.
“O Brasil mostrou que é possível vencer a fome, e esse é o grande ponto", observou Graziano. "Quando começamos o programa de erradicação da fome, com o Fome Zero, muita gente falou que era uma forma política de distrair a atenção dos problemas econômicos e nós conseguimos erradicar a fome no Brasil em menos de uma década.”
Segundo Graziano, o modelo brasileiro é um exemplo seguido por diversos países. “É um programa que deu certo, multiplicado no mundo inteiro. Nós temos Fome Zero na Ásia, na África e na América Latina. E essas são cartas que temos para mostrar que o programa realmente foi um sucesso.”
A saída do Mapa da Fome
Criado em 2003, quando Patrus Ananias era ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), o Fome Zero surgiu para erradicar a fome no Brasil. Em 2014, o País registrou a maior queda de subalimentados entre 2002 e 2014, de 82,1%, e foi retirado do Mapa da Fome da agência da ONU.
Aquisição de alimentos
Durante o encontro, Graziano ressaltou, ainda, a importância da manutenção do Programa de Aquisição de Alimentos África (PAA-África), baseado na experiência brasileira de combate à fome. “Esse é um programa que temos que dar uma grande atenção. Os recursos estão garantidos e vamos continuar tendo ele como referência de trabalho.”
De acordo com Patrus, "o PAA é um consenso entre os movimentos sociais. Todos o consideram de grande importância”.
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