segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Em Curitiba, Bortolini termina temporada no pódio

Um resultado positivo parecia improvável para o piloto iguaçuense Márcio Bortolini na última etapa da temporada 2015 do Campeonato Brasileiro de Motovelocidade, na categoria 600 EVO, realizada no dia 29 de novembro no Autódromo Internacional de Curitiba.

Sem poder fazer a tomada de tempo nos treinos por problemas mecânicos, Bortolini largou na última posição. Logo na primeira volta já era o primeiro, mas sem o ritmo dos demais competidores, ele terminou a prova no terceiro lugar no pódio.

“Mesmo saindo da última fila, fiz uma largada muito boa, e na primeira curva já era o primeiro da minha categoria. Consegui segurar o Flavio Pavanelli e o Rafael Fiorese por algumas voltas, mas eles tinham um ritmo melhor”, disse o piloto.

Na classificação geral do campeonato Bortolini ficou com a 4ª posição entre os 28 que participaram da temporada. “Fica aquele gostinho de quem poderia e deveria ter ido melhor, mas, ao mesmo tempo, saio feliz pois sei que fiz o máximo que poderia com as condições que eu tive”, afirmou o piloto iguaçuense.

Bortolini não pretende desistir da motovelocidade, mas para competir em 2016 ele precisará um pouco mais que “braço”. A moto Honda 2007 já não é mais competitiva. “Consigo me sair bem nas curvas, mas quando chega nas retas onde preciso de velocidade minha moto não responde. Sem contar os problemas mecânicos”, desabafou.

Resultados em 2015

Depois de anos sem disputar nenhuma prova importante, por falta de patrocínio, o piloto iguaçuense decidiu voltar às pistas em 2015 e disputar o Campeonato Brasileiro de Motovelocidade, na categoria 600 EVO.

 
Logo em sua primeira prova, na 2ª etapa da temporada, em Cascavel, como diz na gíria automobilística ele fez barba, cabelo e bigode. Márcio foi o melhor entre os 15 pilotos nos treino; fez a pole, esteve primeiro nas 20 voltas do circuito - considerado um dos mais rápidos do Brasil -, e venceu a prova.

Ao longo das outras seis provas que participou, Bortolini conquistou outros dois pódios. Em julho, em Campo Grande, chegou em terceiro lugar e na sexta etapa, em Goiânia, ele repetiu o feito assim como em Curitiba.

Em três etapas, o piloto iguaçuense liderava as corridas, mas por problemas na moto, abandonou as pistas.

O piloto iguaçuense conta com o apoio da Itamed, Revista Sobre Rodas, Dumond Xtreme Sports, Mídia Comunicação Visual, Márcio Pinturas, Disarsz Motopeças, Secretaria de Esportes e Prefeitura de Foz do Iguaçu.
Fonte: Assessoria

Novo acordo global deve ter força de lei, defende Dilma na COP21

Presidenta classificou como "pedra angular" do novo pacto o princípio de que países desenvolvidos e em desenvolvimento tenham responsabilidades distintas


"A melhor maneira de construir soluções comuns para problemas comuns é a nossa união em torno de um acordo justo", disse a presidentaA presidenta Dilma Rousseff defendeu que o acordo da 21ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP21) seja legalmente vinculante, ou seja, com caráter obrigatório para os países signatários. A afirmação foi feita em seu discurso durante a abertura do evento, nesta segunda-feira (30), na França.
“A melhor maneira de construir soluções comuns para problemas comuns é a nossa união em torno de um acordo justo, universal e ambicioso, que limite neste século a elevação da temperatura média global em 2ºC. Para isso devemos construir um acordo que seja também, e fundamentalmente, legalmente vinculante”, afirmou. “Nosso acordo não pode ser apenas uma simples soma das melhores intenções de todos. Ele definirá caminhos e compromissos que devemos percorrer para juntos vencer o desafio planetário do aquecimento global”.
A presidenta disse que o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas – que estabelece diferentes responsabilidades para países desenvolvidos e países em desenvolvimento –“é a pedra angular deste acordo”.
“Longe de enfraquecer o enfrentamento da mudança do clima, a diferenciação é condição para sua eficácia global. Cabe ao acordo de Paris propiciar as condições para que todos os países em desenvolvimento possam trilhar os caminhos da economia de baixo carbono superando a extrema pobreza e reduzindo as desigualdades”, disse.
Dilma defendeu ainda ser necessária a adoção de um mecanismo de revisão do acordo a cada cinco anos.
Ações brasileiras
A presidenta destacou em seu discurso as ações do governo e da sociedade brasileira para combater as mudanças climáticas. “Ao longo da última década as taxas de desmatamento na Amazônia caíram cerca de 80%”, disse Dilma, que citou a adoção da estratégia que, além do combate ao desmatamento, conta também com programas de conservação e manejo florestal.
“Implementamos também a agricultura de baixo carbono e seguimos com os nossos esforços de ampliar a participação das energias renováveis da nossa matriz”, reforçou a presidenta.
Ela lembrou que o Brasil anunciou o objetivo de reduzir em 43% as emissões de gases causadores do efeito estufa até o ano 2030, tendo como base o ano de 2005. “Trata-se de uma meta de redução absoluta para o conjunto da economia. Ela é, sem dúvida, muito ambiciosa e vai além de nossa parcela de responsabilidade pelo aumento da temperatura média global”.
A partir daí, Dilma acredita que o Brasil vai alcançar o desmatamento ilegal zero na Amazônia e neutralizar as emissões de supressão legal de vegetação. “Nosso desafio é restaurar e florestar 12 milhões de hectares de florestas e outros 15 milhões de hectares de pastagens degradadas. Estamos avançando progressivamente na descarbonização da nossa economia”.

domingo, 29 de novembro de 2015

O que o procurador não procurou: Cerveró levou propina da Alstom durante o governo FHC; Brasil engavetou investigação, mas Suiça confiscou dinheiro

Captura de Tela 2015-11-29 às 11.46.54As dúvidas sobre a propriedade da prisão de Delcídio do Amaral, decretada por cinco ministros do Supremo Tribunal Federal, vão perdurar por muito tempo. Assim como a convicção, bastante difundida, de que a decisão se impôs menos por fundamento jurídico e equilíbrio do que por indignação e ressentimento com a crença exposta pelo senador, citando nomes, na flexibilidade decisória de alguns ministros daquele tribunal, se bem conversados por políticos.
Às dúvidas suscitadas desde os primeiros momentos, estando o ato do parlamentar fora dos casos de prisão permitida pela Constituição, continuam tendo acréscimos. O mais recente: Delcídio planejou a obstrução judicial que fundamentou a prisão, mas não a consumou. E entre a pretensão ou tentativa do crime e o crime consumado, a Justiça reconhece a diferença, com diferente tratamento.
A sonhadora reunião de Delcídio até apressou a delação premiada de Nestor Cerveró, buscada sem êxito pela Lava Jato há mais de ano. Ali ficou evidente que seu advogado Edgar Ribeiro estava contra a delação premiada. Isso decidiu o ex-diretor da Petrobras, temeroso, a encerrar aceitá-la, enfim.
Em contraposição às dúvidas sem solução, Delcídio suscitou também temas e expectativas que tocam a preocupação ou a curiosidade de grande parte da população. Sabe-se, por exemplo, que Fernando Soares, o Baiano, ao fim de um ano depositado em uma prisão da Lava Jato, cedeu à delação premiada. O mais esperado, desde de sua prisão, era o que diria sobre Eduardo Cunha e negócios com ele, havendo já informações sobre a divisão, entre os dois, de milhões de dólares provenientes de negócios impostos à Petrobras.
Informado dos depoimentos de Baiano, eis um dos comentários que o senador faz a respeito: ele “segurou para o Eduardo”. Há menções feitas por Baiano que não foram levadas adiante pela escassa curiosidade dos interrogadores. Caso, por exemplo, de um outro intermediário de negociatas citado por Baiano só como Jorge, sem que fossem cobradas mais informações sobre o personagem e seus feitos. Mas saber tudo o que há de verdade ou de fantasia em torno do presidente da Câmara é, neste momento, uma necessidade institucional e um direito de todo cidadão.
Se Fernando Baiano “segurou para Eduardo Cunha”, a delação e os respectivos prêmios -a liberdade e a preservação de bens- não coincidem com o que interessa às instituições democráticas e à opinião pública. E não se entende que seja assim.
Entre outras delações castigadas de Delcídio, um caso esquisito. Investigadores suíços confirmaram, lá por seu lado, que Nestor Cerveró tinha dinheiro na Suíça. Procedente de suborno feito pela francesa Alstom, na compra de turbinas quando ele trabalhava com Delcídio, então diretor Gás e Energia da Petrobras em 1999-2001, governo Fernando Henrique. A delação do multipremiado Paulo Roberto Costa incluiu o relato desse suborno. Mas a Lava Jato não se dedicou a investigá-lo e o procurador-geral da República o arquivou, há oito meses. Os promotores suíços foram em frente.
Na reunião da fuga, Delcídio soube com surpresa, por Bernardo, que Cerveró entregara o dinheiro do suborno ao governo suíço, em troca de não ser processado lá. É claro que a Lava Jato e o procurador-geral da República estiveram informados da transação. E contribuíram pela passividade. Mas o dinheiro era brasileiro. Era da Petrobras. Foi dela que saiu sob a forma de sobrepreço ou de gasto forçado. Não podia ser doado, fazer parte de acordo algum. Tinha que ser repatriado e devolvido ao cofre legítimo.
A Procuradoria Geral da República deve o esclarecimento à opinião pública, se fez repatriar o dinheiro do suborno ou por que não o fez. E, em qualquer caso, por que não investigou para valer esse caso. Foi ato criminoso e os envolvidos estão impunes. Com a suspeita de que o próprio Delcídio seja um deles, como já dito à Lava Jato sem consequência até hoje.
Mas não tenhamos esperanças. Estamos no Brasil e, pior, porque a ministra Cármen Lúcia, no seu discurso de magistrada ferida, terminou com este brado cívico: “Criminosos não passarão!” [toc-toc-toc, esconjuro] Foi o brado eterno de La Passionaria em Madri, que não tardou a ser pisoteada pelos fascistas de Franco. De lá para cá, em matéria de ziquizira, só se lhe compara aquele [ai, valei-me, Senhor] “o povo unido jamais será vencido”, campeão universal de derrotas.
fonte http://www.viomundo.com.br/denuncias/o-que-o-procurador-nao-procurou-cervero-levou-propina-da-alstom-durante-o-governo-fhc-brasil-engavetou-investigacao-mas-suica-confiscou-dinheiro.html

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Aulas do Doutorado em Saúde Pública começaram nesta sexta-feira (27)

A aula magna curso do Doutorado Interinstitucional (Dinter) em Saúde Pública em Região de Fronteira, resultado de uma parceria entre a Unioeste e Universidade Estadual de São Paulo (USP), com apoio da Itaipu Binacional, ocorreu nesta sexta-feira, 27, ministrada pela professora doutora Carmem Gracinda, da USP, e por Joel de Lima, assistente do diretor-geral da Itaipu, que integra o Conselho de Campus da Unioeste/Foz.


As atividades foram realizadas no Auditório da Unioeste “Professor Alcibíades Luiz Orlando”, com capacidade para 400 pessoas sentadas, inaugurado também nesta sexta-feira.

A diretora do campus Renata Camacho agradeceu o apoio da Itaipu tanto na construção do auditório como na implantação do doutorado. “Nesses oito anos como diretora a Itaipu sempre foi parceira em todas as nossas ações”.


Durante sua exposição,  Joel fez uma contextualização sobre o desenvolvimento das regiões de fronteira e os desafios de promover a integração sob todos os aspectos, econômico, cultural, político e social.  “A criação deste curso pode ser considerada um exemplo de integração. Não podemos pensar saúde de fronteiras olhando apenas um lado. As pesquisas poderão ajudar a solucionar problemas transfronteiriços dos três países”. Ele lembrou que o Grupo de Trabalho Itaipu Saúde, vem há 11 anos reunindo profissionais de saúde dos três países para debater ações em prol da saúde pública da população. 

Tríplice

A coordenadora do Dinter, Suzana Munhoz, fez uma analogia do curso e dos futuros doutores com a região da Tríplice Fronteira. Segundo Suzana, “Tríplice Fronteira” significa a combinação de três figuras unidas para solucionar alguns problemas. “Temos aqui três cidades gêmeas, contudo, diferentes. Com suas singularidades, mas convivendo de forma harmônica entre elas”.

Apesar de distintas, as três tem várias necessidades em comum. Entre elas, profissionais preparados para atender a comunidade.

Para Suzana, esses profissionais devem ter três características. Precisam ser humanos, no sentido de sensível, amoroso e solidário. Também competentes, capazes de dar conta do trabalho e por fim, honestos, ter honra e desenvolver suas atividades com caráter e competência. “São essas competências que trabalharemos durante nosso curso”.

Para finalizar, a coordenadora citou que o doutorado é fruto da união de três instituições: duas com a missão gerar conhecimento e uma de produzir energia, no entanto, com a proposta comum de formar profissionais capacitados para atender esta população.

O doutorado

O curso está sendo oferecido para 20 alunos brasileiros e dez paraguaios. As aulas serão ministradas por professores da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP de Ribeirão Preto no campus da Unioeste, em Foz do Iguaçu.

Rede Proteger planeja ações educativas para o Carnaval 2016

O Natal ainda não chegou e a Rede Proteger já planeja as ações para o Carnaval 2016, voltadas para prevenção e cuidado com as crianças e adolescentes durante as festas. A primeira reunião aconteceu nesta quarta-feira (25), na sede da Fundação Cultural de Foz do Iguaçu. O carnaval do ano que vem acontece entre os dias 6 e 9 de fevereiro.


Participaram da reunião a representante do Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente (PPCA), da Itaipu, Maria Emília Medeiros de Souza; o coordenador da Rede Proteger, Sérgio Benevides; o diretor-presidente da Fundação Cultural, Adailton Avelino; além de representantes dos Conselhos Tutelares e da Guarda Municipal.

Entre as atividades programadas está a orientação sobre a proibição da venda de bebidas alcóolicas e narguilés para menores de 18 anos, a fiscalização de crianças e adolescentes menores de 16 anos desacompanhados dos pais e orientação aos pais sobre o uso de fantasias que coloquem a criança em situação vexatória. 

A campanha, ainda sem slogan definido, atuará em atividades educativas com o uso de spots de rádios, banners, distribuição de folhetos em aeroportos, rodoviárias, hotéis, restaurantes e sindicatos de taxista, Além disso, será intensificada a fiscalização nos dois principais locais da programação carnavalesca em Foz do Iguaçu: as avenidas Duque de Caxias e Santos Dumont.


A Rede Proteger
     
A Rede Proteger é composta por 40 instituições que atuam na proteção e garantia integral dos direitos de crianças e adolescentes na região. A Itaipu é uma delas.

Fonte: JIE

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Atuação de Itaipu na prevenção aos maus-tratos contra crianças será modelo

O trabalho desenvolvido há dez anos pela Itaipu no cuidado e prevenção de maus-tratos contra meninos e meninas na Tríplice Fronteira, por meio do Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente (PPCA), está servindo de referência para a construção de um documento com diretrizes às boas práticas empresariais na instalação e operação de grandes empreendimentos brasileiros.

Oficinas temáticas que estão formando o documento aconteceram em Brasília, nos dias 12 e 13.

As representantes da Itaipu na elaboração do documento, Maria Emília Medeiros de Souza, Erika Davies e Lígia Neves (AS.GB) participaram de oficinas temáticas, nos dias 12 e 13, na sede do Banco Mundial, em Brasília. Os temas são “Agendas de Desenvolvimento Territorial, Governança e Monitoramento” e “Grupos Vulneráveis e Direitos Humanos”.

Coordenado pela Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República, o documento que está sendo elaborado pela Fundação Getúlio Vargas, e deve estar pronto no primeiro trimestre de 2016. O primeiro objetivo é saber o diagnóstico atual das regiões onde serão construídas grandes obras, como barragens, e buscar o menor impacto à população, fauna e flora local.
 
Segundo Ligia Neves, participar deste processo demonstra que Itaipu não é apenas exemplo na sua magnitude em geração de energia limpa, mas também de uma empresa modelo no cuidado com a comunidade onde está inserida. “Estar entre as empresas com as melhores práticas na proteção dos direitos das crianças e adolescentes é um grande orgulho."
 
Além de Itaipu, participam do projeto a Fundação Getúlio Vargas, Universidade do Pará, Petrobras, Furnas, Investimentos e Participações em Infraestrutura S/A (Invepar), Ministério Público do Trabalho, Ministério de Desenvolvimento Social, Ministério do Planejamento, Camargo Correa, Odebrecht, Caixa Econômica Federal dentre outras.

Fonte: JIE

Brasil é o 3º país que mais investe em educação, diz OCDE

Em 2000, o Brasil havia investido 2,4% do PIB na Educação Básica; em 2012, o valor praticamente dobrou, para 4,7%; País é um dos que mais investe entre as 38 nações avaliadas


Mais de 17% do total do investimento público brasileiro foi destinado à educação em 2012
O Brasil é o terceiro país que mais investiu proporcionalmente na educação, aponta o relatório Education at a Glance, divulgado nesta terça-feira (24) em Brasília pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). 
Mais de 17% do total do investimento público brasileiro foi destinado à educação em 2012. Apenas México e Nova Zelândia apresentaram maior proporção do que o Brasil entre os 38 países analisados nesta categoria.
O volume de recursos que o País aplicou nos últimos anos na Educação Básica também demonstra os avanços no sistema educacional brasileiro. Em 2000, o Brasil havia investido 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) na Educação Básica. No ano de 2012, o valor praticamente dobrou, para 4,7% do PIB, acima da média recomendada pela OCDE, de 3,7%.
Para o secretário-executivo do Ministério da Educação, Luiz Claudio Costa, os avanços brasileiros são resultado de um histórico de investimento da sociedade nesse setor. "Educação não é corrida de 100 metros. É uma maratona. As mudanças de agora só darão resultado depois. O que nós fizemos como sociedade, ao longo desses anos, está dando esse resultado positivo. Agora temos de continuar os avanços”, declarou.
O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), José Francisco Soares, explicou que os dados são de grande importância não só para validar o esforço brasileiro em investir na educação, mas também para guiar os caminhos futuros. “Os dados representam a educação como ela é. O objetivo é dar uma visão clara para que possamos melhorar”, relatou.
Educação de qualidade
Além do aumento dos investimentos na área da educação, a publicação também constatou a melhora na qualidade das escolas brasileiras, avaliados pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa). Enquanto a média da OCDE do crescimento na avaliação é de 0,36 ponto entre 2003 e 2012, o Brasil obteve o aumento de 0,63 ponto.
A coordenadora do Education at a Glance, Corinne Heckmann, avalia que o Brasil teve um avanço significativo no acesso a educação, mas que o próximo passo é a melhora na qualidade do sistema educacional. Durante o evento de divulgação, ela ressaltou que “com a aprovação do Plano Nacional de Educação, é possível ver o comprometimento do País indo nesta direção”.
A publicação
Education at a Glance é um relatório anual que apresenta dados sobre a estrutura, financiamento e o desempenho do sistemas educacionais referente a 46 países, entre os países membros da organização da OCDE e outras nações parceiras, possibilitando a comparação internacional. O Brasil não é membro da Organização, mas tem se destacado por ser uma das nações mais ativas na construção do relatório.
Fonte: Portal Brasil
Brasil é 3º em investimento em educação na OCDE

terça-feira, 24 de novembro de 2015

"Brasil inova nas políticas sociais para incluir mais e chegar a quem mais precisa"

Tereza Campello destacou em Nova York os gastos na área social como condição para mudar o Brasil nos próximos anos


Na educação, o programa de complementação de renda acompanha cerca de 17 milhões de alunosA ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, afirmou que as inovações implementadas pelo governo federal nos Programa Bolsa Família e do Plano Brasil Sem Miséria têm apenas um foco: erradicar a extrema pobreza. “Inovamos para incluir mais, chegar a quem precisa mais, com um gasto menor e com melhor atendimento”.
Campello participou nesta quinta-feira (19) do Lemann Dialogue 2015, na Universidade de Columbia, em Nova York. O encontro tem como tema a inovação no setor público brasileiro.
A ministra destacou que os gastos na área social não podem ser apontados apenas como um custo fiscal. “É isso que vai mudar a condição do Brasil nos próximos anos, com as crianças nas escolas, com mão de obra mais qualificada. Só assim poderemos sonhar em construir um País melhor.”
Resultado de imagem para tereza campello ministra do desenvolvimento socialResponsável pela abertura do evento acadêmico internacional, a ministra destacou que, desde 2011, mais de 350 delegações de 92 países procuraram o governo para compreender a maneira brasileira de construir políticas públicas. Ela explicou que um dos motivos do sucesso brasileiro é por executar ações em grande escala, que geram impacto para a população e que sejam abrangentes. “Tudo que estamos fazendo chega a milhões e tem impacto em um curto espaço de tempo. É isso que temos que fazer também nos países pobres para ter resultados.”
Tereza Campello também apresentou alguns resultados do Programa Bolsa Família, que atende a cerca de 13,8 milhões de famílias em todo o País. Por meio da condicionalidade de saúde, foi possível notar um aumento de 50% das consultas de pré-natal entre as beneficiárias, uma redução de 46% da mortalidade infantil causada pela diarreia e de 58% causada pela desnutrição.
Na educação, o programa de complementação de renda acompanha cerca de 17 milhões de alunos e possibilitou uma redução na defasagem dos alunos mais pobres em relação à idade e ao ano cursado. “Já temos uma geração no Brasil livre da fome e na escola.”
Resultado de imagem para tereza campello ministra do desenvolvimento socialSegundo a ministra, o apoio das redes municipais e estaduais de educação, saúde e assistência social e o Cadastro Único dos Programas Sociais do governo federal permitiu o sucesso do Plano Brasil Sem Miséria. “A pobreza não é só de renda. As pessoas também são pobres pela falta de água, pela falta de acesso à saúde e à educação e a oportunidades”, comentou. “A ideia não é mensurar quantos pobres existem, mas atuar de acordo com as informações deles.”
O Semiárido é uma das regiões onde o governo mais intensificou o combate à pobreza. Na região, foi feita a construção de 1,2 milhão de cisternas para captação de água da chuva para o consumo humano e de mais de 159 mil tecnologias sociais de apoio à produção. “O que seria do Nordeste brasileiro, no quinto ano de seca, se não fossem as cisternas? É uma ação gigantesca, porque as mulheres deixaram de perder três meses por ano para buscar água.”
Resultado de imagem para tereza campello ministra do desenvolvimento socialAlém disso, a Busca Ativa, uma das estratégias do Brasil Sem Miséria, foi um dos pontos mais inovadores de atuação do governo. “Invertemos a forma de trabalhar. Agora não é o pobre correndo atrás do Estado, mas é o Estado incluindo essas famílias nas nossas ações”, contou. “Foi uma mudança de postura.”
Mesmo com tantos objetivos alcançados por meio das políticas públicas, a ministra reconheceu que ainda há muito a ser construído. “É um Brasil que ainda tem que avançar muito, mas é um Brasil muito mais igual.”
Nesta sexta-feira (20), Tereza Campello se reúne com membros do Americas Society And Council of the Americas, organização que tem por objetivo a troca de experiências para criar soluções para os problemas dos países do continente americano.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Proposta de redução de emissões do Brasil é exemplar, diz presidente da COP21

Após encontro com Dilma, ministro francês diz que tem certeza de que poderá contar com o País para chegar a um acordo de redução de gases do efeito estufa


Fabius: Brasil é ator histórico das negociações em questões climáticas, como a Cúpula da Terra, em 1992 no Rio, e terá papel preponderante na COP 21O Brasil terá um papel preponderante no âmbito da 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP21), prevista para acontecer de 30 de novembro a 11 de dezembro, em Paris, afirmou o ministro de Assuntos Exteriores e do Desenvolvimento Internacional da França, Laurent Fabius, neste domingo (22). Além de ser o chanceler francês, Fabius também presidirá a COP21.
Após conversar com a presidenta Dilma Rousseff, em reunião no Palácio da Alvorada, o ministro disse que sairá do Brasil com a certeza de que poderá contar com o País para chegar a um acordo efetivo entre os países para diminuir a emissão de gases do efeito estufa, reduzindo o aquecimento global.
Resultado de imagem para efeito estufa e aquecimento globalA principal meta da COP é limitar o aumento da temperatura em 2º Celsius até 2100. Fabius disse que sua confiança no Brasil se baseia na meta da Contribuição Nacionalmente Determinada Pretendida (INCD – da sigla em inglês de Intended Nationally Determined Contributions) anunciada pelo Brasil na última reunião da ONU, em setembro passado,quando o País se comprometeu em reduzir em 37% suas emissões de gases de efeito estufa até 2025, totalizando uma queda de 43% até 2030, comparada aos níveis de 2005.
Na visão do ministro, é preciso que os outros países se comprometam com metas ambiciosas assim, para garantir que a COP21 não fracasse. “A conferência tem que ser um sucesso. Não temos plano B porque não temos um planeta B”, alertou.
Resultado de imagem para efeito estufa e aquecimento global
“Precisamos lutar contra as mudanças climáticas que ameaçam a todos os países do mundo. Isso serve para a Europa, para a França, para a África, para o Brasil e para todos os continentes. Porque a situação de diferentes países evidenciam a necessidade de encontrarmos um acordo. E uma das razões pelas quais eu decidi vir ao Brasil é porque a meta de INDC apresentada pelo governo no final de setembro, é particularmente ambiciosa e exemplar”.
Fabius lembrou que o Brasil é um ator histórico das negociações em questões climáticas, e citou a Cúpula da Terra, em 1992, no Rio de Janeiro.
Resultado de imagem para meio ambiente brasil“Hoje o Brasil tem um papel preponderante, essencial, nas negociações, porque ele é reconhecido como a força engajada, comprometida e é por isso que contamos com o Brasil para exercer esse papel ativamente em Paris, para que nós cheguemos a um consenso frente a todos os desafios que temos a enfrentar”. 
O presidente da COP21 disse ainda ter gostado muito de conversar cm a presidenta Dilma sobre a conferência do clima. E acrescentou ter esperança de que o encontro termine bem pelo fato de 170 das 190 nações terem apresentado propostas para redução da poluição.