terça-feira, 24 de novembro de 2015

"Brasil inova nas políticas sociais para incluir mais e chegar a quem mais precisa"

Tereza Campello destacou em Nova York os gastos na área social como condição para mudar o Brasil nos próximos anos


Na educação, o programa de complementação de renda acompanha cerca de 17 milhões de alunosA ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, afirmou que as inovações implementadas pelo governo federal nos Programa Bolsa Família e do Plano Brasil Sem Miséria têm apenas um foco: erradicar a extrema pobreza. “Inovamos para incluir mais, chegar a quem precisa mais, com um gasto menor e com melhor atendimento”.
Campello participou nesta quinta-feira (19) do Lemann Dialogue 2015, na Universidade de Columbia, em Nova York. O encontro tem como tema a inovação no setor público brasileiro.
A ministra destacou que os gastos na área social não podem ser apontados apenas como um custo fiscal. “É isso que vai mudar a condição do Brasil nos próximos anos, com as crianças nas escolas, com mão de obra mais qualificada. Só assim poderemos sonhar em construir um País melhor.”
Resultado de imagem para tereza campello ministra do desenvolvimento socialResponsável pela abertura do evento acadêmico internacional, a ministra destacou que, desde 2011, mais de 350 delegações de 92 países procuraram o governo para compreender a maneira brasileira de construir políticas públicas. Ela explicou que um dos motivos do sucesso brasileiro é por executar ações em grande escala, que geram impacto para a população e que sejam abrangentes. “Tudo que estamos fazendo chega a milhões e tem impacto em um curto espaço de tempo. É isso que temos que fazer também nos países pobres para ter resultados.”
Tereza Campello também apresentou alguns resultados do Programa Bolsa Família, que atende a cerca de 13,8 milhões de famílias em todo o País. Por meio da condicionalidade de saúde, foi possível notar um aumento de 50% das consultas de pré-natal entre as beneficiárias, uma redução de 46% da mortalidade infantil causada pela diarreia e de 58% causada pela desnutrição.
Na educação, o programa de complementação de renda acompanha cerca de 17 milhões de alunos e possibilitou uma redução na defasagem dos alunos mais pobres em relação à idade e ao ano cursado. “Já temos uma geração no Brasil livre da fome e na escola.”
Resultado de imagem para tereza campello ministra do desenvolvimento socialSegundo a ministra, o apoio das redes municipais e estaduais de educação, saúde e assistência social e o Cadastro Único dos Programas Sociais do governo federal permitiu o sucesso do Plano Brasil Sem Miséria. “A pobreza não é só de renda. As pessoas também são pobres pela falta de água, pela falta de acesso à saúde e à educação e a oportunidades”, comentou. “A ideia não é mensurar quantos pobres existem, mas atuar de acordo com as informações deles.”
O Semiárido é uma das regiões onde o governo mais intensificou o combate à pobreza. Na região, foi feita a construção de 1,2 milhão de cisternas para captação de água da chuva para o consumo humano e de mais de 159 mil tecnologias sociais de apoio à produção. “O que seria do Nordeste brasileiro, no quinto ano de seca, se não fossem as cisternas? É uma ação gigantesca, porque as mulheres deixaram de perder três meses por ano para buscar água.”
Resultado de imagem para tereza campello ministra do desenvolvimento socialAlém disso, a Busca Ativa, uma das estratégias do Brasil Sem Miséria, foi um dos pontos mais inovadores de atuação do governo. “Invertemos a forma de trabalhar. Agora não é o pobre correndo atrás do Estado, mas é o Estado incluindo essas famílias nas nossas ações”, contou. “Foi uma mudança de postura.”
Mesmo com tantos objetivos alcançados por meio das políticas públicas, a ministra reconheceu que ainda há muito a ser construído. “É um Brasil que ainda tem que avançar muito, mas é um Brasil muito mais igual.”
Nesta sexta-feira (20), Tereza Campello se reúne com membros do Americas Society And Council of the Americas, organização que tem por objetivo a troca de experiências para criar soluções para os problemas dos países do continente americano.

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