A criação do curso de Medicina na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), em Foz do Iguaçu, foi confirmada nesta segunda-feira (8), em Brasília, pela presidente Dilma Rousseff, durante a assinatura da medida provisória (MP) que institui o Programa Mais Médicos para o Brasil.
A solenidade, no Palácio do Planalto, contou com a presença dos ministros da Saúde, Alexandre Padilha, da Educação, Aloizio Mercadante, e da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, entre outras autoridades das três esferas do governo e representantes da área médica.
De acordo com o assessor especial da Casa Civil André Gaievski, o curso de Medicina em Foz de Iguaçu terá 60 vagas e deverá ser implantado a partir de 2016. Outras quatro cidades do Paraná foram comtempladas: Curitiba (190 vagas), Guaparuava (50), Pato Branco (50) e Umuarama (50).
Em todo o Brasil, o programa prevê a criação de 11,4 mil vagas em cursos de Medicina até 2017. Desse total, 3,7 mil vagas serão destinadas para cursos já existentes e o restante (7,7 mil) para novos cursos, criados em 60 municípios brasileiros – entre eles, Foz do Iguaçu.
O pacote ainda prevê a ampliação de vagas de residência médica (12 mil vagas) e a contratação de milhares de médicos do Brasil e do exterior. Também estão previstos investimentos de R$ 15,8 bilhões para construir, reformar e equipar hospitais, unidades básicas de saúde e unidades de pronto-atendimento (UPA).
De acordo com informações da Agência Brasil, os objetivos do programa são melhorar o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS), sobretudo nas regiões mais carentes do País, e a formação dos médicos brasileiros.
Novo perfil
A implantação de um curso de Medicina na Unila já era avaliada pela instituição desde maio, após consulta feita pelo Ministério da Educação (MEC).
“A proposta é construir um novo perfil de curso de Medicina com características de educação médica baseada em práticas articuladas com a rede local de saúde e em atuação com o conjunto dos profissionais da área”, disse o reitor da Unila, Helgio Trindade, em texto divulgado pela assessoria de comunicação da instituição de ensino.
“Devemos priorizar a formação de profissionais com ênfase na prevenção, promoção e proteção da saúde individual e coletiva”, completou o reitor. Caberá ao MEC promover concurso público para contratação de docentes e de pessoal administrativo e oferecer equipamentos e infraestrutura específicos para o curso.
De acordo com informações da Unila, a ideia é implantar o curso até 2016 em um prédio fora do campus em construção ao lado de Itaipu Binacional. No futuro campus, não foi previsto espaço para abrigar uma graduação em Medicina.
Também não está prevista a construção de hospital próprio. Para a nova graduação, segundo informações da Unila, deverá ser utilizada a estrutura de unidades de saúde já existentes em Foz do Iguaçu.
Fonte: JIE
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