Os dois primeiros anos de atividade são considerados os mais críticos para uma empresa, entre outras razões porque é necessário conquistar uma base de clientes, tornar-se conhecido no mercado, reinvestir a maior parte das receitas no negócio e superar dificuldades de gestão, especialmente entre os empreendedores que não tinham experiência anterior como empresários.
Segundo o presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto, o alto índice de sobrevivência no Brasil é resultado de vários fatores, entre eles o avanço da legislação referente às micros e pequenas empresas, o aumento na escolaridade dos empreendedores, a maior demanda por capacitação dos empresários e o forte crescimento do mercado consumidor brasileiro.
“O ambiente legal está muito mais favorável desde a criação do regime tributário do Supersimples, que já conta com mais de 5,5 milhões de optantes, e a criação do Empreendedor Individual, que já tem 1,6 milhão de pessoas formalizadas”, afirma Barretto. “O Sebrae também percebeu que o empresário está buscando capacitação e inovação para ser mais competitivo, já que não se fazem mais negócios com base apenas na experiência e intuição”, completa.
O estudo mostra que as indústrias são as que mais obtêm sucesso. De cada 100 empresas abertas, 75,1% permanecem ativas nos dois anos seguintes. Em seguida, aparecem comércio (74,1%), serviços (71,7%) e construção civil (66,2%). As empresas da região Sudeste apresentam os melhores índices (76,4%). Na sequência, vêm as regiões Sul (71,7%), Nordeste (69,1%), Centro-Oeste (68,3%) e Norte (66,0%).
Comparando o desempenho nacional com o de outros países, o Brasil aparece em situação privilegiada. O índice de sobrevivência das micros e pequenas empresas brasileiras é superior ao de nações como Espanha (69%), Itália (68%) e Holanda (50%) e bastante próximo do Canadá (74%). Na Europa, os dados são verificados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Fonte: Bem Paraná
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