segunda-feira, 26 de setembro de 2011

"Escola deve ser mais presente na vida das crianças”, afirma Graça Gadelha

"A escola deve ser mais presente na vida das crianças. Constituir um espaço de diálogo, de debate, de busca de ações que possam criar um ambiente privilegiadamente pedagógico", afirmou a socióloga, Graça Gadelha, especialista em Políticas Públicas na área da infância e da juventude durante a programação do ciclo "Rodas de Conversa – Ciclo de Debates para a Diversidade", organizado pelo Projeto Plugados – Canais Ligados na Cultura, no final de semana.

A palestra, na sexta-feira, à noite, reuniu mais de 200 professores, estudantes e operadores dos direitos da criança, no Hotel Bella Itália.

Abordando as funções da escola e da família, no processo de formação do cidadão, Graça disse que, muitas vezes, a escola vira uma mediadora de conflitos e o professor se constitui numa referência, tendo que arcar com muitas responsabilidades, quando ele também precisa de cuidados", criticou

Para Graça, a família deveria ser a referência, pois, a história começa dentro de suas casas. Por outro lado, a escola precisa ensinar não apenas as disciplinas curriculares, mas formar crianças aptas para refletir sobre o contexto sócio-cultural e político.

Cultura

A socióloga lembrou que embora nos últimos anos tenha se buscando formas de erradicar a exploração sexual de crianças e adolescentes, como o trabalho desenvolvido pelo Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente (PPCA), da Itaipu, a situação ainda é bastante crítica no país. “Embora trabalhe há 20 anos na área, algumas coisas ainda me assuntam.“No nordeste, por exemplo, já se fala em gravidez na infância”, disse.

Para ela, é preciso mudar o padrão hegemônico da cultura. “O homem ainda sente-se no direito de usar o corpo das crianças. Essa cultura machista precisa mudar”, afirmou.

No entendimento de Graça, a exploração sexual e o tráfico de pessoas tem “cara”. Atinge principalmente meninas pobres e de classes excluídas.

Abertura

Na abertura do seminário, o assistente do diretor-geral, Joel de Lima, deu boas-vindas ao público. “Aqui, estamos discutindo valores e propostas para construir um país futuro, estruturado e com valores que nos façam ter orgulho do trabalho realizado”, destacou.

No sábado, no Refúgio Biológico, estudantes de escolas públicas de Foz participaram com oficinas formativas.

O Plugados é mantido pela Casa do Teatro e PPCA, da Itaipu.

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