Índios bem-nutridos no Ocoy: o trabalho desenvolvido na aldeia servirá de modelo para outras reservas.
O trabalho de combate à desnutrição realizado na Aldeia Santa Rosa do Ocoy, em São Miguel do Iguaçu (PR), deverá ser replicado nas comunidades indígenas do Paraguai e da Argentina. Foi a conclusão a que chegaram integrantes da Comissão de Saúde Indígena do Grupo de Trabalho Itaipu-Saúde (GT-Itaipu Saúde), após visitarem a reserva brasileira do Ocoy e a paraguaia Acaray-mi, em Hernandárias, nesta semana.
A reserva do Ocoy, localizada a 35 quilômetros de Foz do Iguaçu, em oito anos conseguiu zerar o número de crianças em risco nutricional. Em 2003, 80% das crianças entre zero e cinco anos da aldeia eram desnutridas. A desnutrição é considerada a principal causa de morte entre índios de zero a cinco anos na região da fronteira.
Enfermeira Simone Simão (de branco) fala aos integrantes do GT Itaipu-Saúde durante visita.
O problema foi erradicado graças a um trabalho conjunto desenvolvido entre a Itaipu, Pastoral da Criança e os Agentes de Saúde Indígena. A comunidade ganhou um Centro de Nutrição, onde as 230 crianças são acompanhadas. “Fazemos o controle de peso dos índios todos os meses. Também cuidamos da vacina e conversamos com as mães”, explicou a enfermeira responsável, Simone Simão.
Segundo Luciana Bueno Sartori, gestora do GT Itaipu-Saúde, o colegiado desenvolve projetos que beneficiem a Tríplice Fronteira. “Ao conhecer a realidade dessas aldeias, a comissão conseguiu subsídios para apresentar propostas de trabalhos capazes de atender as comunidades dos três países”, explicou. “Tínhamos conhecimento, mas nada como conferir in loco”, completou José Carlos de Abreu, da Secretaria Estadual da Saúde.
Alcoolismo
Paralelo a projetos de nutrição, nos próximos meses, a equipe estudará projetos de combate ao alcoolismo entre os indígenas. Segundo Abreu, a maioria das aldeias é muito pobre. Há deficiências em vários aspectos, como falta de educação, saúde e alternativas econômicas de qualidade. “A ociosidade, somada a uma esperança de vida melhor fora da comunidade, faz com que muitos se aventurem e nesse processo se envolvam com o alcoolismo”, afirmou.
“Acreditávamos ser um problema das aldeias brasileiras, mas é comum também no Paraguai”, destacou a assessora indígena Viviane Bley, da Secretaria Especial de Relações com a Comunidade do Paraná.
Fonte: JIE
Segundo Luciana Bueno Sartori, gestora do GT Itaipu-Saúde, o colegiado desenvolve projetos que beneficiem a Tríplice Fronteira. “Ao conhecer a realidade dessas aldeias, a comissão conseguiu subsídios para apresentar propostas de trabalhos capazes de atender as comunidades dos três países”, explicou. “Tínhamos conhecimento, mas nada como conferir in loco”, completou José Carlos de Abreu, da Secretaria Estadual da Saúde.
Coral indígena do Ocoy faz uma apresentação ao visitantes.
Alcoolismo
Paralelo a projetos de nutrição, nos próximos meses, a equipe estudará projetos de combate ao alcoolismo entre os indígenas. Segundo Abreu, a maioria das aldeias é muito pobre. Há deficiências em vários aspectos, como falta de educação, saúde e alternativas econômicas de qualidade. “A ociosidade, somada a uma esperança de vida melhor fora da comunidade, faz com que muitos se aventurem e nesse processo se envolvam com o alcoolismo”, afirmou.
“Acreditávamos ser um problema das aldeias brasileiras, mas é comum também no Paraguai”, destacou a assessora indígena Viviane Bley, da Secretaria Especial de Relações com a Comunidade do Paraná.
Fonte: JIE
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