Famosa pela deslumbrante beleza de suas cataratas, a cidade turística de Foz do Iguaçu, no Paraná, região de tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai, está entre as rotas de tráfico para fins sexuais, muitas vezes com conexão da prática com o crime organizado e as redes internacionais. Hoje, a cidade também é uma das líderes no ranking brasileiro de homicídios entre adolescentes com idade entre 12 e 19 anos, segundo dados do Programa de Redução da Violência Letal contra Adolescentes e Jovens.
Com o objetivo de enfrentar a violência e exploração sexual de crianças e adolescentes, a hidrelétrica de Itaipu, apóia e ajuda a coordenar a Rede de proteção Integral à Criança e ao Adolescente (Proteger), formada por mais de 40 entidades e instituições (casas abrigos, Polícia Federal, universidades, prefeituras e ONGs). Criada em 2003, a rede tem o objetivo de elaborar e apoiar programas para garantir os direitos de crianças e adolescentes. “O trabalho preventivo é fundamental, porque investigar crimes de comercialização sexual infantil é algo complexo, principalmente se a criança é levada para fora do país e o crime ocorre lá”, diz coordenadora do Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente (PPCA) é Gládis Mirtha Baez.
A empresa mantém também o Projeto Plugado! – Canais Ligados à Cultura que beneficia 40 adolescentes de 10 escolas públicas de bairros carentes de Foz do Iguaçu, onde há incidência de risco social, violação ou desrespeito aos direitos da juventude (violência física e/ou psicológica, evasão escolar, exploração ou violência sexual, entre outros).
Os jovens (de 14 a 25 anos) recebem um auxílio mensal de R$100 para freqüentar oficinas e desenvolver atividades como agentes culturais nas escolas e ser responsáveis por ensinar teatro e dança para 400 crianças e colegas de sala. “Sempre quis fazer teatro, mas nunca tive condições. Hoje, posso sonhar com a faculdade de artes cênicas”, relata Tiago Lizarte, de 16 anos, um dos estudantes do colégio Barão do Rio Branco e multiplicador do projeto em sua escola. Segundo familiares e amigos, depois do projeto o jovem passou a conversar e sorrir mais.
Os participantes do Plugado também são convidados a bate-papos e reflexões nas chamadas rodas de conversa, abordando o tema. O programa promove ainda atividades dirigidas a professores e operadores dos direitos da criança e do adolescente do município.
Há dois anos, uma parceria de Itaipu com a Federação Paranaense resultou no projeto Meninos do Lago, para preparar 100 jovens de baixa renda, dos bairros Morumbi e Vila C, para as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. Eles treinam diariamente no Canal de Canoagem de Itaipu. “Vou praticar bastante, porque quero ser campeão mundial de canoagem”, diz Carlos Eduardo Rodrigues, de 11 anos. Ele era um dos estudantes com pior comportamento e tornou-se um dos melhores alunos, porque se não tirasse boas notas seria eliminado do projeto.
Outro projeto apoiado por Itaipu é o Centro de Atenção Integral ao Adolescente (CAIA), onde 200 garotos do Porto Meira têm aulas de corte e costura, informática, técnicas administrativas, música e artesanato. Também participam de atividades esportivas e lúdicas e, recebem acompanhamento médico, psicológico e social.
Entre no site e conheça a Childhood, fundada pela Rainha Sílvia, da Suécia: http://www.childhood.org.br/
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