O pedido da Copel para o aumento da tarifa da conta de luz em 24,86% foi autorizado nesta terça-feira(22) e vai impactar em mais de quatro milhões de lares e estabelecimentos comerciais do Paraná. “Este aumento muito acima da inflação penaliza toda a população e o setor produtivo do Estado. Este alto percentual de reajuste é resultado direto da decisão da atual administração do Paraná de não aderir ao plano do governo federal para antecipar os contratos de concessão de energia, ficando contra o projeto de redução das contas de luz de todos os brasileiros”, afirmou Gleisi Hoffmann (PT), candidata ao governo pela coligação Paraná Olhando pra Frente, que já havia se manifestado anteriormente contrária ao aumento da tarifa.
A decisão do governador Beto Richa (PSDB) obrigou a Copel Distribuidora a comprar energia por um preço superior ao praticado no mercado livre para cumprir a obrigação de atender o mercado consumidor paranaense. Em vez de pagar R$ 32,00/MWh pela energia, preço definido pelo governo federal com o plano de antecipação, a Copel comprou a R$ 822,00/MWh. Isso acarretou em prejuízo de 2.469% por MWh aos cofres da empresa que é patrimônio de todos os paranaense.
A justificativa dada pela direção da Copel para não aderir ao plano de antecipação era que possuía contratos de venda de energia por valor maior que o oferecido pelo governo federal. Entretanto tal decisão mostrou-se equivocada e colocou em evidência a falta de planejamento porque, naquele momento, só levou em conta o faturamento dos acionistas sem se preocupar com o reajuste da tarifa no bolso do cidadão.
“O que vemos são erros de gestão sobre erros de gestão, a inexperiência somada à incompetência e uma visão francamente voltada ao lucro de acionistas privados”, disse a candidata.
O aumento da tarifa poderia ser ainda maior se dependesse apenas da decisão do Governo do Estado, que havia sugerido anteriormente um reajuste superior a 30%, o maior índice de aumento entre todas as distribuidoras brasileiras. Diante da repercussão negativa e do desgaste político houve um recuo por parte da administração estadual que agora conseguiu o aumento de 24,86%, retroativo a junho.
Fonte: Assessoria
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