Gleisi Hoffmann brincou ontem, em entrevista à Gazeta do Povo, com a especulação de que seria ministra no governo Dilma. Segundo a Folha de São Paulo, ela estaria cotada para ocupar o lugar que hoje é do marido, Paulo Bernardo, no Planejamento. "Olhei para o Paulo e falei: Vai limpando a sua mesa". Mas diz que, na verdade, prefere ficar no Senado.
Como a senhora viu a ideia da presidente Dilma de ter mulheres no comando de um terço dos ministérios?
É muito legal. Ela está cumprindo com o que disse no primeiro discurso depois de eleita, quando disse que ia honrar as mulheres.
Há críticas de gente que diz que o mais importante não é ser mulher, mas ser o mais preparado para a função.Tivemos discriminação muito forte contra as mulheres. É por isso que temos menos mulheres preparadas hoje para ocupar esses cargos. Mas as que estão hoje aí só precisaram de oportunidade para mostrar sua competência.
Já disseram que a senhora pode ser uma dessas mulheres no ministério...Pois é. Falaram até que eu podia ir para o Planejamento. Olhei para o Paulo [Bernardo, ministro do Planejamento e marido da senadora] e falei: “Vai limpando sua mesa!” Mas eu vou ser senadora mesmo. Eu já trabalhei com a Dilma, quando estava em Itaipu. E antes da minha eleição chegamos a conversar sobre isso. Mas agora fui eleita para o Senado.
Se for convidada, a senhora recusa?A minha preferência é por ser senadora.
Fora a senhora, há alguma outra paranaense que poderia integrar o ministério?
A Márcia Lopes, que já é ministra da Assistência Social. Temos defendido o nome dela.
E o ministro Paulo Bernardo, continua?A decisão é da presidente Dilma.
Foto: Rodrigo Juste Duarte
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