quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

GT-Itaipu Saúde ajuda a reduzir mortalidade infantil

Desde a implantação do Grupo de Trabalho Itaipu-Saúde (GT-Itaipu Saúde), em 2003, o número de mortes de bebês em seus primeiros meses de vida na região reduziu significativamente. A queda mais expressiva foi registrada nos 18 municípios pertencentes à 20ª Regional de Saúde: cerca de 40%.

Em 2003, ano de criação do colegiado, o índice de mortalidade infantil era de 15,4 mortes de bebês a cada mil nascidos vivos. Seis anos depois, diminuiu para 9,5. Em Toledo e Santa Helena, a redução foi ainda mais expressiva. De 14,4 e 15,4, respectivamente, os índices baixaram para 6,4 e 3,6, semelhantes aos contabilizados nos países desenvolvidos e aceitáveis pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Diamante do Oeste, Maripá, Mercedes e São José das Palmeiras terminaram 2009 sem nenhum óbito de bebês. Em 2003, em Diamante do Oeste, por exemplo, o índice, de acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde, morreram 12 bebês.

Embora em menores proporções, o número de mortes de bebês nos nove municípios de abrangência da 9ª Regional também caiu. De um coeficiente superior a 15, em 2003, reduziu para 12,6 no ano passado. A queda mais acentuada foi registrada em São Miguel do Iguaçu. No ano de criação do GT-Itaipu Saúde, 21,67 - a cada mil - bebês morriam na cidade logo nos primeiros 12 meses. No ano passado, o índice foi 6.

Em segundo lugar está Santa Terezinha de Itaipu, onde a queda foi de 62%. Antes, a cada mil nascidos vivos, 10,17 morriam. Agora, são 3,9. Em 2009, nenhum bebê morreu em Serranópolis do Iguaçu.

Capacitações
Segundo a chefe de Divisão de Comunicação e Educação em Saúde da prefeitura de Foz do Iguaçu, Thaís Rachel Lucca, este resultado se deve a uma série de fatores, que incluem a implantação de unidades de terapia neonatais. Mas, com certeza, diz ela, as ações desenvolvidas pelo GT-Itaipu Saúde, como as capacitações e treinamentos disponibilizados, gratuitamente, para centenas de médicos do Brasil, Paraguai e da Argentina têm contribuído para a redução destes índices. “As reuniões do grupo permitem a troca de informações e de conhecimentos. O resultado pode ser visto nos números”, salienta.

O coordenador do GT-Itaipu Saúde, Joel de Lima, assistente do DGB, afirma que, além de apoiar várias campanhas de vacinação, o colegiado tem focado na capacitação de profissionais que atuam no atendimento à gestante e ao recém-nascido, não apenas no Brasil, mas também no Paraguai e na Argentina. “Apesar dos números em algumas cidades ainda serem elevados, a redução mostra que as ações estão na direção correta”, diz.

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