O Grupo de Trabalho Itaipu-Saúde (GT-Itaipu Saúde) debate nesta terça-feira, 23, ações voltadas ao tratamento e prevenção ao consumo de drogas na Tríplice Fronteira. A reunião será no Centro de Recepção de Visitantes da margem paraguaia.
Dados das regionais de Saúde apontam que, em 2009, houve mais de mil mortes, na região Oeste, provocadas por intoxicações exógenas, ou seja, decorrentes do consumo de medicamentos, agrotóxicos, cosméticos, produtos químicos e abuso de entorpecentes. A ingestão exagerada de remédios corresponde a cerca de 50% do total de casos e 12% por drogas ilícitas.
Durante o encontro, a Comissão de Saúde Mental apresentará detalhes de uma capacitação destinada a treinar profissionais de saúde que atuam no atendimento a dependentes químicos. Conforme adianta a enfermeira Denise Kaefer, a proposta do curso é melhorar o serviço oferecido aos pacientes e seus familiares. Para isso, serão treinados médicos, enfermeiros e assistentes sociais dos municípios pertencentes à 9ª e à 20ª regionais de Saúde do Brasil e também do Paraguai e da Argentina. Na avaliação da enfermeira, estes técnicos devem estar preparados para atender os cidadãos nas diferentes formas de dependência química. “Precisamos estar aptos para assistir dependentes de entorpecentes, mas também de remédios, álcool e cigarro”, destaca.
Pouco conhecimento
O seminário foi apontado como uma das prioridades durante o Curso de Saúde Mental, promovido pelo GT-Itaipu Saúde, no ano passado. Segundo o coordenador do Grupo, Joel de Lima, assistente do DGB, o debate é necessário porque o tema ainda gera muito desconforto entre os profissionais de saúde. Embora se fale muito, ainda há pouco conhecimento científico ou técnico sobre o assunto. “Ao especializar os técnicos no suporte psicológico ao paciente e suas famílias, temos condições de reduzir o número de óbitos”, afirma.
Além de problemas relacionados à dependência química, na reunião de terça-feira serão debatidos outros temas considerados de extrema urgência no que diz respeito à saúde na região de Fronteira. como a dengue.
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