segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Argentina, Brasil e Paraguai contra a dengue

A reunião - a segunda com a participação da Argentina - foi no Hotel Bella Itália.

Brasil, Paraguai e Argentina se unem contra a dengue. O comitê trinacional de combate a essa doença foi reativado, depois de três anos. Em reunião nesta segunda-feira, em Foz do Iguaçu, autoridades sanitárias dos três países elegeram uma comissão executiva que terá como responsabilidade estabelecer ações integradas de monitoramento e mobilização social.

Fazem parte do colegiado os coordenadores do Grupo de Trabalho Itaipu-Saúde (GT-Itaipu Saúde) Joel de Lima e Luiz Roman Merelles, além de Anice Ghazzaoui, diretora da 9ª Regional de Saúde, pelo Brasil. Do lado argentino, o subsecretário de Saúde Pública de Missiones, Oscar Herrera; e, pelo Paraguai, Hector Arnella, diretor da 10ª Região Sanitária, pelo Paraguai. A próxima reunião de trabalho já está marcada para a próxima segunda-feira, dia 9, em Puerto Iguazú, na Argentina.

Ação
A partir de hoje, por correio eletrônico, os integrantes do comitê manterão contatos diários para verificar a situação epidemiológica de cada país. E, semanalmente, será atualizado o número de casos suspeitos e confirmados na tríplice fronteira. Nos próximos dias, será criado um sistema on line, alimentado diariamente com ocorrências, resultados de ações e campanhas desenvolvidas em cada país.

A preocupação é porque o número de casos de dengue na região de fronteira aumenta constantemente. No Brasil, na área de abrangência da 9ª Regional, em 2010 foram confirmados 24 casos de dengue, dos quais 23 em Foz do Iguaçu e um em Medianeira.

A Província de Missiones, na Argentina, está em ‘alerta amarelo’ desde 14 de dezembro de 2009. Já são 74 casos confirmados, todos na cidade vizinha de Puerto Iguazú, mais especificamente nos bairros Santa Rosa, San Lucas e Primavera, que se localizam perto do Rio Paraná.

No Paraguai, até 1º de fevereiro foram registrados 275 casos suspeitos. Destes, somente no Departamento de Alto Paraná — cuja capital é Ciudad del Este — há 65 confirmados em quatro distritos. A maioria das ocorrências é em Presidente Franco, Hernandárias e Ciudad del Este.

Na avaliação das autoridades de saúde que participaram da reunião, o que mais preocupa é a presença dos três tipos de Dengue (Den 1, Den 2 e Den 3) circulando na região de fronteira, pelo lado brasileiro, já que também começam a ser detectados casos de dengue 2 e 3 nos países vizinhos.

Clima

Uma das preocupações das autoridades de saúde é acabar com os criadouros do mosquito transmissor.

A grande incidência de infestação do mosquito e o aumento no número de casos ocorre nesta época do ano em virtude das condições climáticas. Para o coordenador de Vigilância Ambiental da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Ronaldo Trevisan, a quantidade abundante de chuvas em todo o Paraná, somada às altas temperaturas, agrava mais a situação onde há maior infestação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. “Dependemos do apoio da sociedade para acabar com os criadouros, que são os acúmulos de água ”, explica.

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