quarta-feira, 23 de março de 2016

Evento em Foz discute violência contra crianças e adolescentes



Cerca de cem psicólogos, pedagogos e assistente sociais participaram nos dias 17 e 18, no auditório da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), em Foz do Iguaçu, do seminário Atuação Multiprofissional no Combate à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes.
Seminário na Unioeste reuniu mais de cem profissionais para discutir violência infantojuvenil: troca de experiências.
O evento foi promovido por Furnas Centrais Elétricas, com apoio da Rede Proteger, Unioeste, Núcleo de Estudos e Defesa de Direitos da Infância e da Juventude (NEDDIJ) e Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente (PPCA), da Itaipu Binacional.
No seminário, a psicóloga e terapeuta de família Vânia Izzo de Abreu disse que “identificar se uma criança sofreu ou está sofrendo algum tipo de violência não exige necessariamente técnica, mas atenção”.
Ela explica que a psicologia e as técnicas de entrevistas revelam dados importantes, mas, antes mesmo do atendimento especializado, qualquer profissional tem capacidade para identificar casos de violência.
As colegas Maria Emília Medeiros de Souza e Ligia Neves da Silva: Itaipu presente no evento.
O primeiro passo, na avaliação de Vânia, é admitir que a agressão infantojuvenil existe em todas as classes sociais e pode ser apresentada de diferentes formas.
Ainda de acordo com a psicóloga, a escola é considerada pela criança como um segundo lar e, por isso, é o lugar em que ela fica mais à vontade para falar sobre agressões – mesmo de forma indireta, como nas redações e desenhos.
“Uma professora contou que [às vezes] na redação surgem desenhos estranhos. Ela sabe que algo está errado e precisa tirar a criança desta teia. Mas não sabe que atitude tomar”, disse Vânia.
Vânia de Abreu: “Identificar se uma criança sofreu ou está sofrendo algum tipo de violência não exige necessariamente técnica, mas atenção”.
Identificado o problema, pais, amigos ou professores devem encaminhar a criança para um especialista. Nesta fase, caberá ao profissional avaliar a vítima. “Tratar uma criança violentada é como se estivesse fazendo uma cirurgia: exige o envolvimento de várias pessoas, profissionais e instituições”, comparou.
Demanda
A coordenadora do PPCA, Maria Emília Medeiros de Souza, disse que o seminário foi importante porque atende às necessidades dos profissionais que atuam no setor, conforme demanda identificada pela Rede Proteger, apoiada por Itaipu.
“O cuidado referenciado durante o seminário deve ser cada vez mais a premissa de atuação dos profissionais de Foz do Iguaçu em nossas instituições não governamentais e governamentais, nas famílias e sociedade, em geral”, avaliou.

Fonte: JIE

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