Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico destaca que há sobra estrutural de eletricidade, pela entrada em operação de usinas
O risco de déficit de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) é zero neste ano, em todas as regiões analisadas e considerando os diversos cenários, concluiu o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), em reunião nesta quinta-feira (8).
Em 2015, entraram em operação 4.133megawatts (MW) do total de 6.410 MW de capacidade de geração previstos. Desde a reunião anterior do Comitê, em setembro, foram adicionados 248 MW. Segundo o CMSE, há sobra estrutural de cerca de 9.359 MW médios para atender a carga prevista.
Veja a íntegra da nota:
Nota Informativa de 8 de outubro de 2015
O sistema elétrico apresenta-se estruturalmente equilibrado, devido à capacidade de geração e transmissão instalada no País, que continua sendo ampliada com a entrada em operação de usinas, linhas e subestações, considerando-se tanto o critério probabilístico (riscos anuais de déficit), como as análises com as séries históricas de vazões, para o atendimento da carga prevista para 2015, de 64.017 MW médios de energia.
O Sistema Interligado Nacional – SIN, dispõe das condições estruturais para o abastecimento do País, embora as principais bacias hidrográficas onde se situam os reservatórios das regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste tenham enfrentado uma situação climática desfavorável. Considerando o risco de déficit de 5%, conforme critério estabelecido pelo Conselho Nacional de Política Energética – CNPE, há sobra estrutural de cerca de 9.359 MW médios para atender a carga prevista, valor esse atualizado com as datas de entrada em operação das usinas para os próximos meses e a projeção de demanda.
Em 2015, entraram em operação 4.133 MW do total de 6.410 MW de capacidade de geração previstos, dos quais 248 MW desde a última reunião deste Comitê, conforme listado a seguir:
Em reunião realizada em 05 de agosto de 2015, o CMSE deliberou pelo desligamento das usinas térmicas com custo variável unitário (CVU) acima de R$600/MWh, por segurança energética. O ONS deverá continuar efetuando o acompanhamento das condições hidroenergéticas do SIN visando, em função da sua evolução, propor ao CMSE a definição da geração térmica necessária para a garantia do atendimento energético do SIN.
Considerando a configuração do sistema do Programa Mensal de Operação – PMO, de outubro de 2015, e simulando-se o desempenho do sistema utilizando as 82 séries de energias afluentes observadas no histórico[i], considerando tanto o despacho das térmicas por ordem de mérito quanto o despacho das térmicas até o CVU de R$600/MWh, obtêm-se valores para o risco de qualquer déficit de energia iguais a 0,0%, para as regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste[ii]. Com base nas análises efetuadas, observa-se que as condições de suprimento de energia do Sistema Interligado Nacional melhoraram em relação ao mês anterior.
Além das análises apresentadas, outras avaliações de desempenho do sistema, utilizando-se o valor esperado das afluências e anos semelhantes de afluências obtidas do histórico, não indicam, no momento, insuficiência de suprimento energético neste ano.
O CMSE, na sua competência legal, continuará monitorando, de forma permanente, as condições de abastecimento e o atendimento ao mercado de energia elétrica do País."
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