Delegado Francisco Sampaio recebe a equipe do PPCA, da Itaipu.
A equipe do Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente (PPCA) de Itaipu visitou, na quinta-feira (18), a sede da Delegacia Especial do Adolescente (DEA) de Foz do Iguaçu, no bairro Profilurb.
Maria Emília Medeiros de Souza e Márcio Bortolini, ambos da Assistência da Diretoria Geral Brasileira (AS.GB), foram recebidos pelo delegado Francisco Robson Vidal Sampaio. Segundo Bortolini, o objetivo da visita foi conhecer a unidade que atende jovens infratores e obter dados históricos sobre o número e tipo de ocorrências.
“Aproveitamos também para informar a equipe da delegacia sobre a atuação da Rede Proteger, convidar para as reuniões e consultar sobre a viabilidade do desenvolvimento de atividade conjuntas”, completou Maria Emília.
No encontro, o delegado explicou a atuação da delegacia e mostrou dados de atendimento no local, que funciona 24 horas por dia. Em 2014, foram registradas 850 ocorrências. Neste ano, já são 165 os casos de crianças e adolescentes que cometeram infrações.
Segundo o delegado, em 2014 foram registradas 850 ocorrências na DEA.
Pelo menos 40% dos boletins de ocorrências estão relacionados ao tráfico e ao uso de drogas. Os demais estão divididos entre furtos, roubos, latrocínios, homicídios, agressões e outros. Enquanto os visitantes de Itaipu estavam na delegacia, a equipe da DEA realizou três procedimentos, todos relacionados com o tráfico de entorpecentes.
Entre os crimes mais comuns está a entrega dos chamados “kits cadeia”. Cada adolescente chega a receber R$ 1 mil para levar uma sacola com celulares e drogas até os muros das unidades prisionais.
Falta de estrutura
Segundo o delegado Francisco Robson Vidal Sampaio, o trabalho é árduo, pois além do volume de ocorrência, eles precisam atuar também como psicólogos e conselheiros. “São crianças que chegam aqui perdidas, sem rumo na vida. Elas são atraídas pelo dinheiro fácil e é difícil concorrer com o mundo do crime”, disse.
Além dessas dificuldades, a falta de estrutura da unidade complica o funcionamento da delegacia. O local é considerado pequeno para a demanda de serviços. A área é de cerca de 100 metros quadrados. Neste espaço, atuam oito investigadores, um escrivão, um delegado e dois estagiários.
O prédio é cedido pela prefeitura e o governo do Estado repassa R$ 2 mil mensais para os custos de manutenção. Mas assim como a Delegacia da Mulher - que a equipe da Itaipu visitou na semana retrasada -, a verba para essa finalidade está em atraso desde novembro de 2014, de acordo com Sampaio.
Operações
Uma vez por mês, os policiais civis da DEA, em conjunto com servidores da Guarda Municipal de Foz do Iguaçu e Conselho Tutelar, realizam operações contra a prostituição, embriaguez e envolvimento com ato infracional de adolescentes em Foz do Iguaçu. Nestas ocasiões, eles circulam por vários bairros da cidade, fazendo abordagem em bares, lanchonetes, lan houses, casas noturnas e motéis.
A DEA fica na Rua Palometa, 3000, no Profilurb. O telefone é o (45) 3527-1414.
Fonte: JIE
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