“Eu quero ser governadora para cuidar do povo paranaense, para cuidar da saúde do Paraná”, disse a candidata. Ela foi contundente na defesa do subsídio do transporte coletivo nas regiões metropolitanas e criticou o governador por “falar macio” com as concessionárias do pedágio e por não cumprir promessas.
No debate realizado pela RPC TV/Rede Globo entre sete
candidatos ao governo do estado do Paraná na noite de ontem (30), a candidata à
governadora pela coligação “Paraná Olhando Pra Frente”, Gleisi Hoffmann,
demonstrou por que é a mais preparada e disposta a trabalhar pelo povo
paranaense, sempre em sintonia com os programas e as diretrizes do governo
federal.
Ela convidou os eleitores à reflexão sobre a importância de
levar as eleições no estado para um segundo turno, a fim de aprofundar o debate
que precede à tomada de decisão sobre o futuro do Paraná nos próximos quatro
anos. “Eu quero ser governadora para cuidar do povo paranaense, para cuidar da
saúde do Paraná. Pra implantar o Mais Médicos Especialistas e acabar com as
filas que nós temos hoje na saúde do nosso estado. Também o Exame na Hora
Certa. Não é possível as pessoas ficarem nove meses esperando um exame. Muitas
das pessoas morrem na fila e não são atendidas”, disse.
Ao se dirigir especialmente para os três milhões de
eleitores que votaram nela para o Senado Federal e pedir novamente seu voto,
Gleisi Hoffmann se mostrou confiante na reeleição da Presidenta Dilma e lembrou
que o bom relacionamento entre as duas esferas de governo contribuem para os
avanços e as realizações. “Nós já tivemos muitos investimentos do governo
federal no Paraná, mesmo tendo um governador que jogasse contra. Imagina com
uma governadora que joga a favor, que conhece os caminhos, sabe e vai buscar os
recursos necessários!”, disse.
Propostas estruturantes
A candidata à governadora da coligação “Paraná Olhando Pra
Frente” não perdeu nenhuma oportunidade de apresentar propostas de trabalho ao
longo do debate entre os candidatos na RPC TV. Ela destacou propostas nos
campos da inovação tecnológica, do governo digital, do direito de acesso à
informação e da transparência pública, além de investimentos nas áreas de
infraestrutura, programas sociais, combate às drogas e segurança pública.
Lembrou que, em 2010, o Paraná ocupava a posição de 4º lugar no site contas
abertas, como um estado com transparência. Caiu, agora, em 2014, para 15º
lugar. Porque não tem serviços de informação ao cidadão.
Quanto ao transporte coletivo nas regiões metropolitanas, Gleisi disse que
vai apoiar os municípios. “No meu governo, nós vamos garantir o subsídio da
região metropolitana por lei e não por convênio, como o atual governador faz e
fica ameaçando de retirar. E mais do que isso, atrasa o repasse para Curitiba e
Região Metropolitana do subsídio. Nós vamos garantir por lei e vamos garantir
para a região metropolitana de Curitiba, de Londrina, de Maringá e de Umuarama.
Será uma política pública efetiva!”, disse.
No que diz respeito aos investimentos em infraestrutura,
Gleisi disse que vai criar o PAC Paraná, com um comitê gestor e um conselho de
engenheiros para acompanhar as obras e os seus custos de execução.
Assistência técnica e extensão rural
Gleisi Hoffmann disse que, na área da agricultura, vai
priorizar investimentos em assistência técnica e extensão rural. Ela criticou o
descaso do atual governo com a Emater e o abandono dos serviços públicos
estaduais. “Vamos fazer com que a Emater recupere a sua capacidade, mas também
vamos fazer convênio com as nossas cooperativas de assistência técnica e
extensão rural, com o Iapar, vamos trazer a Embrapa, as nossas universidades
para ajudar o nosso agricultor a melhorar a qualidade da sua produção”,
afirmou.
“Se nós temos crédito, se nós temos seguro e nós tivermos
assistência técnica, com certeza a produtividade aumenta. E também vamos
garantir o sistema trifásico na geração de energia para que o nosso produtor
não tenha problema com seus equipamentos. Não tenha que jogar leite fora, por
exemplo, porque o seu resfriador ficou sem energia”.
Governo ‘Seprocado’
Gleisi não poupou críticas à má gestão do estado, ao aumento
dos impostos, à apropriação dos programas do governo federal e às promessas não
cumpridas pelo atual governador, candidato à reeleição. Ela convidou os
telespectadores a acessarem o site www.betonaocumpre.com.br e conhecerem todas
as propostas que ele fez na eleição de 2010 e que se transformaram promessas
não cumpridas.
O governo do estado do Paraná foi o que mais aumentou
impostos nesses últimos anos e o que mais subiu arrecadação. “Como que pode
subir tantos impostos, em cima inclusive das micro e pequenas empresas, que
estão pagando mais e, portanto, não estão gerando tanto emprego como deveria e
o estado está nessa situação?”, questionou. “Ele reclama de um empréstimo que
demorou para obter no governo federal porque não cumpriu a lei de
responsabilidade fiscal e depois não cumpriu a aplicação em saúde. Ele estava
seprocado”, argumentou.
Gleisi lembrou que o empréstimo em questão era de 800
milhões, menos de 1% do que ele administrou até agora, mais de 100 bilhões de
reais nesses três anos e meio. “Eu gostaria de saber aonde está esse dinheiro.
Qual é a obra relevante que o governo do estado fez aqui no Paraná com mais de
100 bilhões que ele administrou até agora?”, disse ela.
Também reafirmou o cumprimento à risca da lei de
responsabilidades fiscais. “Vamos equilibrar receitas e despesas. E nós não
vamos precisar usar os depósitos judiciais para pagar 13º salário. Aliás, quase
que o servidor não recebe o 13º salário de 2013. O governador teve de buscar
depósitos judiciais para pagar o 13º salário. Isso tendo aumento de imposto e
administrando mais de 100 bilhões de reais do seu orçamento”, completou.
Sobre os pedágios, Gleisi lembrou que o Paraná tem o pedágio
mais caro do Brasil. “Ao invés de ele resolver um problema que disse que ia resolver,
conversou macio com as concessionárias de pedágio”. “Eu quero dizer que nós
vamos fazer esse reequilíbrio econômico e financeiro. Não é uma questão de
revogar contratos, mas respeitar contratos e fazer o reequilíbrio. O que nós
não vamos fazer é conversar macio com as concessionárias de pedágio”, afirmou.
Investimentos do governo federal
A candidata foi também categórica em apontar que os grandes
investimentos que existem no Paraná foram realizados graças aos investimentos
do governo federal. Citou as mais de 220 mil casas construída dentro do
programa Minha Casa, Minha Vida, a um custo de R$ 15 bilhões, os 1.100 kits de
máquinas agrícolas do PAC Equipamentos, entregues em todos os municípios
paranaenses com menos de 50 mil habitantes, os CAPS 24h e os consultórios na
rua do programa Crack, É Possível Vencer, que estão dando resultados promissores
na parceria entre o governo federal e o município de Curitiba.
“No 2º turno nós já
vamos saber qual é o caminho que o Brasil está optando e, aí, nós vamos poder
optar se queremos ter um caminho de construção conjunta ou um caminho do
contra”, disse. E se dirigindo aos eleitores, ela convocou: “falo também, aqui,
aos eleitores indecisos. E falo também àqueles que querem votar no Beto Richa
sem muita convicção, porque esse não foi um bom governo. Governo de muita
propaganda, de muita articulação política, de muita pressão. Nós temos que ter
um 2º turno para fazer um verdadeiro debate sobre o destino do Paraná’.
Fonte: Assessoria
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