quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Jornal do Brasil: Banqueiros admitem que Dilma Rousseff será reeleita

O setor financeiro acredita que Dilma Rousseff dificilmente perderá a chance de se reeleger, mas mesmo diante dessa situação, praticamente consolidada, as apostas serão feitas em Aécio Neves e Eduardo Campos. A previsão foi revelada em matéria do jornal Valor desta terça-feira (21) e demonstra que banqueiros e gestores do setor, embora tenham óbvia preferência pelos candidatos de oposição, não deverão colaborar com a campanha dos tucanos e socialistas numa eleição com resultado anunciado.

A rejeição dos banqueiros à candidatura de Dilma é reflexo das decisões tomadas pela presidente com relação ao setor, que há décadas apresenta os maiores lucros na economia brasileira e mantém as maiores taxas de juros (spreads)do mundo. Em 2012, Dilma iniciou uma campanha para que essas taxas tivessem uma redução e ficassem próximas a um patamar mais civilizado, como em países onde a relação com os tomadores finais de crédito não é a selvageria que se vê no Brasil.

Os banqueiros também ficaram “traumatizados” quando Dilma lançou mão dos bancos oficiais (Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) – que por sinal pertencem ao povo brasileiro, seus principais acionistas – para que houvesse uma redução das taxas de juros. Na época falou-se em intervenção do governo no mercado e que tal atitude “colocava em risco a credibilidade das ações do executivo”. O setor financeiro também é o principal avalista de uma política econômica restritiva que possa lhe dar a garantia de que seus financiamentos nunca deixarão de ser honrados.

Como o setor acredita que a reeleição de Dilma já está praticamente definida, tucanos e socialistas certamente ficarão à míngua no que depender de colaborações para as campanhas de Aécio Neves e Eduardo Campos. As doações até poderão ser feitas, mas nada que seja impactante a ponto de ajudar numa reversão do quadro que os próprios banqueiros estão desenhando.

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