Uma grande solenidade no próximo sábado 19, no Mirante Central da Itaipu Binacional, reunirá autoridades brasileiras e paraguaias para marcar a adesão oficial da empresa à lista de edifícios e monumentos integrados ao Outubro Rosa, movimento internacional de luta contra o câncer de mama. O evento acontecerá às 20 horas, durante o show da Iluminação da Barragem.
Desde o começo do mês, nas noites do espetáculo, os condutos forçados da usina de Itaipu estão refletindo luzes rosa. A iniciativa é binacional. Segundo Joel de Lima, assistente do diretor-geral, tem como proposta chamar a atenção do mundo inteiro sobre essa doença que faz vítima mulheres e também homens.
A iluminação especial contará com a presença dos diretores brasileiros e paraguaios da Itaipu, da ministra da Mulher do Paraguai, Ana Maria Baiardi, e dos prefeitos e primeiras-damas dos nove municípios da região.
A usina de Itaipu já participa ativamente da campanha contra o câncer de mama, mas essa é a primeira vez que adere ao Outubro Rosa também com a Iluminação da Barragem, acompanhando ícones do mundo inteiro, como a Torre Eiffel, em Paris, a Estátua da Liberdade, em Nova York, a Torre de Londres e o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.
A cor rosa foi usada pela primeira vez como símbolo da campanha de conscientização contra o câncer de mama em 1990, quando a Fundação do Câncer de Mama Susan G. Komen, dos Estados Unidos, ofereceu bonés dessa cor a sobreviventes da doença que participavam da Corrida para a Cura, em Nova York.
Depois, em vez de bonés, foram oferecidos laços, quase uma tradição americana, que marcou várias lutas, inclusive contra a aids. O rosa foi escolhido por ser um símbolo feminino, já que a doença vitima mais as mulheres, e também porque é uma cor brilhante, vibrante e forte, exatamente o oposto do que o câncer representa.
O Outubro Rosa surgiu também nos Estados Unidos – a data foi aprovada pelo Congresso Americano – e espalhou-se pelo mundo, pela força do movimento e pelo interesse de todos os países em despertar a atenção para uma doença que registra cerca de 1,6 milhão de novos casos por ano, ou um quarto de todos os tipos de câncer.
No Brasil, foram registrados mais de 52 mil casos novos de câncer de mama no ano passado, dos quais 3.110 só no Estado do Paraná. Por região brasileira, a maior incidência da doença é no Sudeste (69 mulheres a cada 100 mil), seguido do Sul (65/100 mil), Centro-Oeste (48/100 mil), Nordeste (32/100 mil) e Norte (19/100 mil).
O maior número de casos da doença nas regiões mais ricas do Brasil confirmaria uma das teses de que o câncer de mama também está relacionado ao processo de urbanização da sociedade, vitimando em maior grau as mulheres com maior status socioeconômico.
Mas as causas são variadas, desde a predisposição genética, baseada no histórico familiar da doença, até outros fatores de risco já bem estabelecidos, que vão desde a idade da primeira gestação e menopausa tardia até a alta densidade do tecido mamário.
Independentemente das causas, o importante é a prevenção, já que o diagnóstico precoce é fundamental para um bom resultado no tratamento da doença. No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda o exame clínico anual das mamas, a partir dos 40 anos de idade, e um exame mamográfico a cada dois anos para mulheres de 50 a 69 anos.
Quando há histórico familiar do câncer de mama, inclusive masculina, a recomendação é o exame clínico e a mamografia, anualmente, a partir dos 35 anos de idade. A doença também incide entre homens, embora a proporção seja de um homem a cada 100 mulheres.
A programação da campanha Outubro Rosa em Foz do Iguaçu inclui também palestras e outras atividades, programadas pelas secretarias municipais de Ação Social e de Educação, Fundação Cultural e Itaipu Binacional, entre outras entidades.
Na sexta-feira, dia 18, haverá a 5ª edição do Jantar Rosa. A renda da venda dos ingressos e das camisetas alusivas à campanha será destinada à compra de uma unidade móvel de mamografia, a primeira do Paraná.
Segundo dados da Secretaria de Ação Social, menos da metade das mulheres que agendam a mamografia comparecem para fazer o exame. Com a unidade móvel, pretende-se aumentar esse porcentual de atendimento.
Fonte: Assessoria
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