segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

GT Itaipu-Saúde e Albert Einstein promovem curso sobre transplantes

O Grupo de Trabalho Itaipu-Saúde (GT Itaipu-Saúde) e o Hospital Israelita Albert Einstein promovem, de 26 a 28 de fevereiro, em Foz do Iguaçu, o curso “Manutenção do Potencial Doador de Órgãos por meio da Simulação Realística”. A capacitação, realizada sempre a partir das 8h, no Hotel Mabu, é voltada para médicos e enfermeiros que atuam nas unidades de terapia intensiva do Brasil, Paraguai e Argentina. As inscrições já estão encerradas.

Também no dia 28, às 9h, no Auditório Cesar Lattes, no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), o GT Itaipu-Saúde promove o seminário “Sistemas de Doações de órgãos e transplantes”. O seminário é voltado para profissionais da área da saúde da tríplice fronteira, com metade das cem vagas oferecidas exclusivamente para brasileiros. As inscrições são gratuitas e devem ser solicitadas até o dia 20 pelo e-mail gtsaude@itaipu.gov.br.
As duas atividades – curso e seminário – têm o objetivo de discutir a importância da doação de órgãos e fortalecer o conhecimento dos profissionais nas áreas de diagnóstico, ética e bioética. Também serão debatidas as semelhanças e as diferenças dos sistemas de transplantes de Brasil, Paraguai e Argentina.

Entre as disciplinas previstas na capacitação, estão “processo de doação e transplante”; “diagnóstico de morte encefálica”; e “critérios de viabilidade do potencial doador”.

No final de 2012, o coordenador de projetos do Programa Integrado de Transplante de Órgãos do Hospital Israelita Albert Einstein Paulo, Tadeu Thomé, apresentou aos integrantes do GT Itaipu-Saúde uma palestra sobre o tema.

Motivação

O assistente da Direção Geral brasileira de Itaipu, Joel de Lima, disse que o número reduzido de doações no Brasil e nos países vizinhos motivaram a inclusão do tema nos debates do GT Itaipu-Saúde. Segundo ele, a média de doadores no Brasil em 2009 (último censo) era de apenas 8,6 para cada milhão de pessoas, contra 40 para cada milhão na Espanha. O número considerado ideal é de 20 doadores para cada milhão.

“É preciso sensibilizar os profissionais que atuam nesta área, pois abordam os familiares em um dos momentos mais difíceis de suas vidas”, afirmou Joel de Lima. “É preciso cuidado e atenção.”

Diagnóstico

A gerente do GT Itaipu Saúde, Luciana Sartori, destacou que a proposta do curso é estimular médicos e enfermeiros a incentivarem as famílias para que autorizem a doação. Outro ponto importante, segundo ela, é capacitar os profissionais para que saibam identificar as mortes encefálicas.

“As famílias não podem ser as únicas culpadas pelo baixo número de doações. Outro motivo é a falta de notificações de mortes encefálicas no Sistema Nacional de Transplante (SNT) pelos profissionais da saúde”, explicou Luciana.

O Ministério da Saúde estabelece que todo hospital deve contar com uma Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT). Em Foz do Iguaçu, os hospitais Municipal e Costa Cavalcanti estão habilitados para o procedimento.

Fonte: JIE

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