O vice-ministro da Saúde do Paraguai, Félix Ayala, e a senadora Lilian Samaniego participam, nesta terça-feira (29), da 106ª reunião do Grupo de Trabalho Itaipu-Saúde. O encontro acontecerá no Auditório Cesar Lattes, no PTI, às 9h.
Esta é a primeira vez que Ayala e Lilian participam das reuniões. Segundo a assessoria do vice-ministro, ele vem para reforçar a parceria entre o Ministério da Saúde e Bem-Estar Social do Paraguai e o GT Itaipu-Saúde. É uma forma de reconhecer, de acordo com a assessoria, o trabalho desenvolvido pelo grupo em prol da saúde pública da região da tríplice fronteira nos últimos nove anos.
Doação de órgãos
Também serão discutidos na reunião os detalhes finais do curso “Manutenção do Potencial Doador de Órgãos por meio da Simulação Realística”, voltado a médicos e enfermeiros que atuam nas unidades de terapia intensiva no Brasil, Paraguai e na Argentina.
A capacitação é resultado de uma parceria entre o GT Itaipu-Saúde e o Hospital Israelita Albert Einstein. O objetivo do treinamento é mostrar aos profissionais a importância da doação e fortalecer o conhecimento em ética e bioética. Entre as disciplinas a serem abordadas está o processo de doação e transplante; diagnóstico de morte encefálica e critérios de viabilidade do potencial doador.
O tema já vem sendo discutido há alguns meses pelo grupo. O coordenador de projetos do Programa Integrado de Transplante de Órgãos do Hospital Israelita Albert Einstein de São Paulo, Tadeu Thomé, ministrou, no final de 2012, uma palestra sobre o tema aos integrantes do GT.
Segundo o assistente do diretor-geral brasileiro, Joel de Lima, o tema passou a fazer parte das discussões do GT Itaipu-Saúde porque a quantidade de doações ainda é muito pequena no Brasil e nos países vizinhos. Segundo dados do último censo, realizado em 2009, a média é de 8,6 doadores a cada milhão de brasileiros. Na Espanha, o número chega a 40 por cada milhão de pessoas. O número considerado ideal é de 20 doadores a cada milhão.
A gerente do GT Itaipu Saúde, Luciana Sartori, destaca que a proposta do curso é estimular os médicos e enfermeiros a incentivarem as famílias a doarem e, ao mesmo tempo, saber identificar mortes encefálicas. “As famílias não podem ser as únicas culpadas pelo baixo número de doações. Outro motivo é a falta de notificações de mortes encefálicas no Sistema Nacional de Transplante (SNT) pelos profissionais da saúde”, disse.
O Ministério da Saúde estabelece que cada hospital deve contar com uma Comissão Intrahospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT). Em Foz, os hospitais Municipal e Costa Cavalcanti estão habilitados para o procedimento.
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