A aula inaugural, realizada no Auditório César Lattes, no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), contou com a presença de alunos, pais, professores e patrocinadores do projeto.
O Trilha é mantido pelo Polo Iguassu e conta com o apoio da Itaipu Binacional, por meio do Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente (PPCA), e da Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI). Também apoiam essa iniciativa a empresa Cataratas do Iguaçu S.A. e outras 18 instituições parceiras.
Na aula inaugural, a presidente do Polo Iguassu, Fernanda Fedrigo, garantiu aos adolescentes que eles sairão do curso qualificados e prontos para ingressar numa carreira promissora.
Fernanda Fedrigo fala durante aula inaugural do Trilha Jovem 2012, no Auditório César Lattes.
“Abrimos vagas para essa turma porque os empresários de Foz do Iguaçu solicitaram. Eles sabem que os ‘trilheiros’ – como são carinhosamente chamados - são profissionais comprometidos em atender bem o turista”, disse. E completou: “Vocês já são vencedores, pois dos 360 inscritos, apenas 90 foram selecionados”.
A empresária Karina Bortoli, dona de um hotel e uma agência de turismo em Foz do Iguaçu, já teve boas experiências com a iniciativa. “Já contratei “trilheiros” e pretendo contratar outros, porque eles saem daqui preparados. Além do conhecimento técnico, eles adquirem aqui consciência turística. Sabem o quanto é importante receber bem o visitante”, explicou.
Karina acredita que assim como ela, outros empresários vão contratar integrantes dessa turma. “Daqui cinco meses, esses 90 alunos estarão empregados. Só não terá emprego quem não quiser”, frisou.
Mais que oportunidade de emprego
Gladis e Iuri: projeto vai além da formação profissional.
Para Gladis Mirtha Baez, coordenadora do PPCA, o Trilha Jovem oferece mais que formação profissional, transforma adolescentes em cidadãos. “Esse projeto garante oportunidade de melhoria da qualidade de vida para muitos jovens iguaçuenses”.
Iuri Benites, ex-trilheiro e hoje funcionário do PTI, complementa: “Vocês vão estudar no PTI. Algumas das vagas de trabalho podem estar aqui mesmo. Podem se espelhar no meu exemplo”. No local onde Iuri trabalha funcionam 72 empresas e entidades. “E qualquer uma delas pode se tornar no futuro o seu posto de trabalho”, completou.
Turismólogos
Diego e Bhrenda: Trilha Jovem é o ínício para a sonhada carreira no turismo.
Bhrenda Tayline Batista, de 16 anos, e Diego Procópio de 17, são dois alunos do projeto. Ambos sonham, desde pequenos, cursar faculdade de Turismo. E, garantem, vão aproveitar essa chance.
Esses cinco meses serão, segundo eles, o início para uma carreira de sucesso. “Esse curso é o primeiro passo para começar a trabalhar na área que escolhi”, disse Bhrenda. Para melhorar o currículo e aumentar as oportunidades de emprego, Diego está estudando espanhol. “Turismo é uma área que exige falar fluentemente vários idiomas. Comecei pelo espanhol, mas depois devo fazer cursos de outras línguas”.
O Trilha Jovem
A coordenadora do Trilha Jovem, Patrícia Menezes Dutra, do Polo Iguassu, explicou que o projeto, retomado depois de dois anos, voltou para atender às necessidades do mercado e por causa da credibilidade. As edições anteriores foram um sucesso. Ao todo, a iniciativa, que se tornou referência para o Brasil de 2006 a 2009, já formou 600 profissionais. Desses, pelo menos 300 estão trabalhando em hotéis, agências ou restaurantes da região.
O projeto retorna agora com gestão local e forte participação do trade turístico. “Esperamos que, a partir dessa edição, o projeto tenha continuidade todos os anos”, acrescentou. E pelo jeito a demanda não vai diminuir. Nos próximos anos, Foz do Iguaçu vai sediar eventos importantes – como o X Games, o maior torneio de esportes radicais do mundo, de 2013 a 2015 – e receber o impacto de atrações internacionais, como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Portanto, quanto mais profissional qualificado na área de turismo, melhor.
O curso
Os 90 alunos participarão de 400 horas de aula presencial (no contraturno escolar), mais 100 horas de atividades extras para complementar o processo de formação – como visitas e pesquisas –; e outras 80 horas, no final do curso, de vivência profissional, dentro de empresas indicadas pelo projeto. A duração prevista para cumprir todas as etapas é de cinco meses.
O Trilha Jovem trabalha com três eixos: o primeiro, com foco no desenvolvimento sustentável; o segundo, na formação técnica, direcionando o aluno para uma de duas áreas específicas – alimentos/bebidas ou turismo/atendimento; e o terceiro, para estimular o jovem a construir um projeto de vida pessoal e profissional.
“O projeto tem uma metodologia diferenciada. Não é uma sala de aula propriamente dita, mas funciona em semicírculos, com abertura para troca de informações”, explica Patrícia. Outro diferencial é que os orientadores não são meros professores, mas sim educadores. “O ambiente é profissional, com atenção à disciplina, asseio, cuidado com o espaço e responsabilidade”.
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