quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Paulo Bernardo contesta denúncia de ajuda à empresa dona de avião em que teria viajado


O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, refutou nesta quarta-feira (31) acusações de haver beneficiado com liberação de recursos, na época em que ocupava o Ministério do Planejamento, a empresa responsável pela construção da estrada de contorno de Maringá (PR). Essa empresa possui avião no qual o ministro teria viajado de carona, segundo denúncias publicadas na imprensa.

Ele prestou esclarecimentos sobre o caso, a pedido do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), no início de uma audiência pública sobre o Plano Nacional de Banda Larga promovida pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT). Nunes pediu ao ministro que informasse se havia estado a bordo de um avião pertencente à empresa Sanches Tripoloni e se autorizaria a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) a divulgar informações a respeito da suposta viagem.

Em resposta, o ministro afirmou não se recordar se havia ou não viajado no avião de propriedade da empresa, mas concordou com a divulgação dos dados do voo pela Anac. Ele disse que queria aproveitar a ocasião para "contextualizar" a discussão sobre o tema. E relatou que a obra em Maringá foi realizada atendendo a uma emenda parlamentar ao Orçamento da União. Ele contestou "versões plantadas" na imprensa segundo as quais seria o maior interessado na liberação de recursos para a obra.

- No ano passado, andei diversas vezes de carona em aviões. Estão querendo apontar uma relação espúria, como se dissessem que, se liberei a obra, foi para ganhar carona de avião - disse Bernardo.

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) afirmou que a obra em Maringá é "absolutamente necessária e chega com atraso de 20 anos".

Em defesa do ministro, o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) observou que Bernardo "mostrou com transparência por que está há tanto tempo no governo". E o senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo, afirmou que as declarações do ministro colocam "um ponto final" no debate sobre as denúncias.

Agência Senado

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