quinta-feira, 14 de abril de 2011

Não precisa ter padrinho, bastam bom projetos para conseguir recursos públicos

Coordenadores das instituições da Rede Proteger participaram nesta quarta-feira, no Hotel Bella Itália, em Foz, do segundo módulo da capacitação sobre como captar e fazer a gestão de recursos públicos.

Com experiência no Ministério do Planejamento, ao lado de Paulo Bernardo, e na Secretaria Estadual do Planejamento, o doutor em economia Enio Verri deu dicas sobre como as entidades podem conseguir verba pública.

O treinamento é promovido pela Cáritas Diocesana e conta com o apoio do Hospital Ministro Costa Cavalcanti e da Itaipu Binacional, através do Programa de Proteção á Criança e ao Adolescente (PPCA).

O assistente do diretor-geral, Joel de Lima, reforçou que a Itaipu é integrante da Rede Proteger e a contribuição, neste caso, foi trazer pessoas amigas e competentes para a troca de experiências. “Ao trabalhar em Rede, cada um da o seu aporte. A Itaipu auxilia na capacitação das pessoas com o objetivo de fortalecer a Rede”, afirmou.

 As orientações

“Hoje a liberação dos recursos do Governo Federal está muito mais democrática, basta ter um bom projeto cadastrado no Siconv, não é necessário ter um padrinho político como há 20 anos, por exemplo”, explicou Ênio. O Sinconv - Portal de Convênios do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Todas pastas consultam o sistema antes de liberar as verbas – será tema do terceiro módulo, marcado para junho.

A grande dica de Enio é a atenção aos editais abertos pelos Ministérios. “Todo mundo tem preferência por um blog ou um site e os acessam diariamente. Faça isso com os sites do governo. Fiquem de olho na internet”, alertou.

Outra “manha” dada aos participantes foi sobre a época mais propicia para a aprovação dos projetos. “Todo final do ano os ministros fazem uma avaliação do orçamento. Muitos verificam que há verba sobrando. Nesse período começa a liberar os recursos”, disse Ênio.

E alertou: “Há muito dinheiro no governo federal e nos estados para ser repassado às entidades. Para isso, é necessário ter projetos. De preferência, bons”.

Mais conhecimento

Madalena Datividade, responsável pelo setor administrativo da Associação Cristã dos Doentes e Deficientes (ACDD), a palestra foi muito didática. “Hoje não recebemos nenhuma verba do Governo Federal, somente por falta de conhecimento. Agora, sabemos o caminho para obter a ajuda”, afirmou. A ACDD atende 120 pessoas com deficiências físicas e mentais.

“Já apresentamos dezenas de projetos, mas nunca conseguimos a liberação do dinheiro. Estávamos fazendo da forma errada”, disse a pedagoga da Casa Família Maria Porta do Céu. A instituição é responsável por duas casas lares em Foz do Iguaçu.

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