Argentina 'efetiva' sua atuação no GT Itaipu Saúde

O Grupo de Trabalho Itaipu Saúde (GT- Itaipu Saúde) chegou, nesta terça-feira (24), a Posadas, capital da província (estado) de Misiones, na Argentina, a 300 quilômetros de Foz do Iguaçu. Foi a primeira reunião do grupo em território argentino. A Argentina, que até então nunca havia sediado um encontro do grupo, participa do colegiado desde 2006 como convidada.

A vice-governadora de Misiones, Sandra Gimenez (foto), elogiou o grupo. “Ainda temos algumas barreiras burocráticas entre os países, mas, na saúde, graças a este colegiado, estamos avançando”, disse. Para o secretário da saúde de Misiones, José Daniel Guccione, a realização da reunião em Posadas demonstra "que para esse grupo não há barreiras”.

Convidada

Por se tratar de uma empresa binacional, em 2003 o GT- Itaipu Saúde foi criado por Brasil e Paraguai. Em 2006, a Argentina entrou no grupo como convidada. O GT desenvolve políticas públicas de prevenção, promoção e educação em saúde, na região da tríplice fronteira, como capacitação de profissionais da área e a unificação de campanhas de vacinação e combate à dengue, entre outras.

A erradicação da raiva na fronteira e a redução da mortalidade infantil em 40% na região Oeste são dois dos principais resultados desse trabalho. "Não adianta cuidar de um lado da fronteira sem manter o mesmo cuidado do outro. É com esse enfoque que o trabalho é feito", explica Joel de Lima, coordenador do GT-Itaipu Saúde.

Para a enfermeira Dora Saldías, primeira integrante argentina no GT-Itaipu Saúde, com as oficinas e os cursos promovidos pelo grupo de trabalho os profissionais têm a oportunidade de aprender com o seu vizinho. “O resultado é um serviço público mais humano e de mais qualidade”.

Integração pela saúde

De acordo com Joel, a reunião na Argentina reforçou a importância do grupo. “O reconhecimento do ministro e da governadora demonstra que estamos no caminho certo. A efetiva integração do Mercado Comum do Sul (Mercosul) pode sim começar pela saúde”, afirmou.

Embora a proposta desse trabalho tenha sido idealizada pela Itaipu Binacional em 2003, "só avançou", reconhece Joel, por causa da atuação de cada participante. “Os profissionais são dedicados; apresentam propostas e participam das decisões todos os meses, mesmo que as reuniões sejam a 200 ou a 300 quilômetros”. O envolvimento do poder público também tem sido fundamental.

Fonte: JIE