O curso foi ministrado pelo Ministério da Saúde do Brasil.
A capacitação promovida pelo Grupo de Trabalho Itaipu-Saúde foi ministrada por técnicos do Ministério da Saúde do Brasil.
Durante os dois dias de aula, os profissionais aprenderam a avaliar a densidade larvária e, depois, lançaram os dados em um software, disponibilizado pelo próprio Ministério.
Segundo Roberto Abdala (foto), representante do Ministério da Saúde da Província de Misiones, na Argentina, depois deste treinamento os técnicos repassarão os conhecimentos para os demais agentes sanitários.
“Com este modelo de trabalho conseguiremos reduzir os índices de dengue na Tríplice Fronteira”, afirmou.
Para Nídia Martínez (foto), da Secretaria Nacional de Erradicação do Paludismo do Paraguai, o LIRA agilizará a identificação dos locais de riscos e assim, mobilizar a população antes de uma epidemia.
“No nosso método, o resultado do índice de infestação era conhecido em até dois meses. Com o LIRA, em duas semanas”, disse.
Mosquito adaptado
O supervisor do Centro de Controle de Zoonoses de Foz do Iguaçu (CCZ), Jean Rios, explicou que o LIRA é aplicado no Brasil desde 2003. “Realizamos os testes até quatro vezes por ano em Foz e verificamos quais os locais mais problemáticos. Depois, promovemos campanhas”, explicou.
Embora o método venha sendo utilizado há sete anos, não foi possível erradicar a dengue por ser uma doença endêmica. “O Aedes aegypti não é mais considerado exótico. Ele se adaptou à região. O que podemos fazer é prevenir surtos”, acrescentou.
No entendimento de Joel de Lima, coordenador do GT-Itaipu Saúde, a principal vantagem deste treinamento é a integração e a troca de conhecimentos. “Os três países utilizarão a mesma fórmula para combater a dengue, o que a torna mais eficaz”, completou.
Índices
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) é considerado tolerável encontrar um foco do mosquito a cada cem residências ou estabelecimentos comerciais. Quando o coeficiente sobe para três deve ser dado sinal de alerta e, acima deste número, há risco de epidemia.
Fonte: JIE
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