Governo quer ação coordenada contra tráfico e contrabando, inclusive com participação de outros países. Conheça as ações
O governo federal anunciou, nesta quarta-feira (25), a criação de um Comitê Executivo de Coordenação e Controle de Fronteira que reunirá os ministérios da Defesa, Justiça e Cidadania, e Relações Exteriores, com apoio da Polícia Federal, Receita Federal, Abin e Forças Armadas.
O Comitê, de caráter permanente, vai integrar as políticas e mecanismos de combate ao contrabando de produtos e armas, tráfico de drogas ilegais e crimes de descaminho. A articulação da inteligência brasileira de combate ao crime fortalecerá a fiscalização no interior do País e nos 17 mil quilômetros de fronteiras secas, além das marítimas e fluviais.
Segundo o ministro das Relações Exteriores, José Serra, o Brasil recebe o equivalente a R$ 30 bilhões em mercadorias contrabandeadas por ano e perde uma receita de R$ 20 milhões. "Sem mencionar que (as mercadorias) são feitas sem gerarem emprego no País”, destacou o chanceler.
Próximos ações
Para aumentar a vigilância e a efetividade das operações, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, anunciou o aluguel de um satélite israelense que, do espaço, permite a aproximação da imagem como se as ações estejam sendo vista a apenas 5 metros do local.
“Estamos alugando de Israel um satélite de baixa altitude, uma ferramenta tecnológica fundamental que permite uma resolução de 4 ou 5 metros a partir do espaço. Vamos poder acompanhar todo e qualquer movimento em nossas fronteiras. Isso significa um salto tecnológico."
O ministro da Defesa explicou que não haverá restrição orçamentária, já que o a ação reúne várias operações já programadas em uma única. Segundoele, serão 15 mil homens, oito navios e 80 lanchas, além de aproximadamente 20 agências e a participação dos países fronteiriços.
Jungmann afirmou também que não irá revelar as datas das operações, já que o comitê considera o efeito surpresa fundamental para inibir a criminalidade. O titular da Defesa citou a Operação Ágata, das Forças Armadas, como exemplo de ações já previstas que terão coordenação centralizada pelo Comitê. As ações contribuirão ainda para "assegurar a realização tranquila dos jogos olímpicos e paralímpicos”.
Cooperação Internacional
Serra salientou ainda que a coordenação de ações com outros países da América do Sul foi discutida com o presidente da Argentina, Mauricio Macri, durante a visita do ministro ao País nesta segunda-feira (23).
Na ocasião, Brasil e Argentina se comprometeram a unir esforços para realizar um encontro com as nações que fazem fronteira com os dois países, principalmente os da região sul do continente.
“Essa cooperação é fundamental, uma vez que o crime não está na linha da fronteira, mas no interior dos territórios”, salientou.
Fonte: Portal Brasil, com informações do Blog do Planalto
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