sábado, 20 de fevereiro de 2016

Orçamento tem adicional de R$ 12 bilhões para infraestrutura e combate ao zika

Contingenciamento de R$ 23,4 bilhões na projeção de gastos de 2016 não afetará programas sociais prioritários


Resultado de imagem para orçamento públicoOs ministérios da Fazenda e do Planejamento apresentaram nesta sexta-feira (19) a programação financeira e orçamentária de 2016, estimando um contingenciamento de R$ 23,4 bilhões como parte do esforço fiscal para equilibrar as contas públicas e preparar a retomada do crescimento. O corte, contudo, não afeta programas considerados “prioritários” para o governo federal: Bolsa Família, Brasil Sem Miséria, Mais Médicos e Minha Casa Minha Vida. “Estamos preservando projetos de investimento estruturantes e aqueles que estão em andamento”, disse o ministro do Planejamento, Valdir Simão. 
O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, ressaltou que haverá um aumento de R$ 12 bilhões para a áreas tidas como sensíveis. Serão reservados R$ 9 bilhões para obras de infraestrutura que tenham perspectiva de serem concluídas em 2016. Outros R$ 3 bilhões serão disponibilizados para a saúde desenvolver ações prioritárias, como as de combate ao Aedes aegypti. 
Resultado de imagem para aedes aegypti mosquitoO ministro disse que essa reserva maior para saúde se tratava de uma “medida prudencial” no sentido de não faltar recursos para combater o mosquito transmissor da dengue, da chikungunya e do zika vírus - causador de microcefalia em recém-nascidos. “Nós estamos propondo este espaço fiscal para ser utilizado se for necessário neste ano”, disse. 
O montante é parte da proposta de readequação fiscal apresentada por Barbosa, que indicou a possibilidade de haver uma arrecadação menor do que o previsto da ordem de R$ 30,5 bilhões em 2016. Isso pode ocorrer em função do ritmo lento da atividade econômica. Por isso, a Fazenda revisou a queda prevista para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano de -1,9% para -2,9%. Outros R$ 41,7 bilhões podem deixar de ser arrecadados a partir de receitas administradas (ativos, dividendos e concessões). 
Resultado de imagem para pibA arrecadação menor e queda maior do PIB subsidiaram a revisão da meta de superávit primário, a economia feita para pagar os juros da dívida pública, que passou de positivos R$ 24 bilhões (0,39% do PIB) para negativos R$ 60,2 bilhões (-0,97%). Barbosa considerou importante informar a previsão agora, no início do ano, em vez de fazer o anúncio mais adiante e, com isso, piorar o cenário econômico. “O que gera mais insegurança no mercado é fazer essa mudança no final do ano”, considerou. 
A projeção levou a Fazenda a propor um modelo de banda fiscal, tendo como pilar de sustentação a criação de uma mudança na legislação para definir um teto para os gastos públicos. Para isso, o ministro propôs um modelo de atuação contra o descontrole do gasto nos casos em que o teto for ultrapassado, considerando fases para corrigir desequilíbrios. 
Se, mesmo após o contingenciamento, o limite para o gasto ainda for ultrapassado, serão acionadas cláusulas de ajuste automático para o ano seguinte, em três estágios sequenciais.  
Resultado de imagem para ministro da fazenda atualBarbosa disse que o modelo é similar ao adotado nos Estados Unidos e visa, no longo prazo, a retomada do crescimento. "A expectativa é estabilizar a economia brasileira no terceiro trimestre, estabilizar o nível de atividade e o nível de emprego no terceiro trimestre e fazer com que a economia possa voltar a crescer no último trimestre do ano, a partir de outubro desse ano. Estamos trabalhando intensamente com várias iniciativas nesse sentido", afirmou.
Fonte: Ministérios da Fazenda e do Planejamento

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