Na prática, as
empresas que se enquadram nesse perfil deixarão de pagar imposto duplamente, já
que alguns estados, como o Paraná, exigia que as micro e pequenas empresas
pagassem a alíquota cheia. O autor do projeto é o senador Roberto Requião
(PMDB/PR).
A relatora da
proposta, Gleisi Hoffmann, explicou que o projeto preenche uma lacuna que havia
na legislação, em especial na Lei Kandir, que não beneficiava as micro e
pequenas, mas somente as grandes quando ocorre a substituição tributária. “Com
o projeto aprovado foi restituída, portanto, a justiça tributária. A proposta
atende os princípios constitucionais e fortalece o setor cuja participação é
crescente no conjunto da economia brasileira”, observou. Nos últimos quatro
anos, as micro e pequenas empresas geraram 3,7 milhões de empregos.
Para Requião, a
desoneração não prejudicará a arrecadação, pelo contrário. Ele defende que
conceder benefícios fiscais às pequenas empresas é uma forma de aquecer a
economia. “O pequeno empresário capitalizado gasta no mercado formal. Ele
compra uma geladeira, um automóvel, conserta sua casa, vai a uma loja de
materiais de construção e tudo isso é tributado”, observou.
A substituição
tributária é um regime de arrecadação que obriga a empresa contribuinte a pagar
o tributo devido por seus clientes ao longo da cadeia de comercialização – ou
seja, pagar o ICMS da venda do produto antes que ela aconteça e mesmo se ela
não acontecer.
Fonte: Assessoria
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