Com a greve de professores e funcionários dos colégios públicos estaduais marcada para o próximo dia 23, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) esperam propostas concretas do governo estadual. "Nós esperamos que o governo tenha disposição e bom senso para debater as questões com propostas efetivas", ressalta a presidente do sindicato, Marlei Fernandes.
Para este ano, havia sido anunciado pelo Ministério da Educação (MEC), o reajuste de 8,32% no Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN). "O governo não quer nem pagar esses 8,32%. Querem pagar só o reajuste da data-base, que deve ficar em torno de 6%. A APP defende, porém, que o índice a ser aplicado seja o de 10,6%, defendido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação", explica a professora.
Outro ponto que a presidente da APP-Sindicato rebate diz respeito às horas-atividades. Segundo a Secretaria de Educação, os professores já apresentam um índice que chega a 40% da jornada do professor sem interação com alunos, portanto maior do que os 33% de que a lei prevê. A legislação determina que o professor tenha dois terços do tempo em interação com os alunos e um terço dedicado para atividades fora da sala de aula, como correção de provas e preparação das aulas.
"No Paraná, as aulas possuem 50 minutos. Dessa forma para cada 20 horas semanais de trabalho seriam necessárias sete horas de hora-atividade. Hoje são seis horas", enfatiza Marlei.
Os professores exigem ainda melhora da infraestrutura das escolas. Dessa forma, o indicativo de greve está mantido e só será interrompida quando o governo estadual atender às reivindicações da categoria. "Enquanto isso, as aulas serão interrompidas. Os pais dos estudantes já foram avisados. Estamos fazendo isso para cobrar melhorias na educação pública do Paraná", afirma Marlei.
Fonte: Brasil 247
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