Viver é aprender e fazer escolhas. Desde quando comecei a militar no movimento estudantil, na UJS e no PCdoB, fiz uma escolha para minha vida: lutar por um mundo melhor, por transformações sociais. Por democracia, igualdade, justiça. Os anos passaram e eu sigo defendendo, essencialmente, as mesmas causas, seja nos corredores da universidade, na Câmara de Vereadores de Porto Alegre ou no Congresso Nacional.
Em 2014, completarei dez anos de mandatos eletivos e quinze
anos de militância no Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Nos últimos oito
anos, em Brasília, coordenei por duas vezes a bancada do Rio Grande do Sul,
presidi a Comissão de Direitos Humanos e sou Líder da bancada do meu partido.
Fui, por cinco vezes, escolhida uma das parlamentares que melhor representa a
população e por três - uma das cem mais influentes do Congresso. Considero,
portanto, que estou encerrando um ciclo de muito aprendizado, êxitos e alguns
equívocos. Mas sinto que é tempo de buscar algo novo.
Gosto da ideia do filósofo Heráclito de que nada é
permanente, exceto a mudança.
Após meses de reflexão e conversas com o meu partido, minha
família e amigos, tomei a decisão de não concorrer à reeleição para a Câmara
Federal no ano que vem e sim à Assembleia Legislativa.
Tenho muita vontade de devolver ao meu Estado a experiência
que acumulei nesses dois mandatos em Brasília. A situação do Rio Grande exige
atenção e estou disposta a dar minha contribuição.
Acredito que a política deve
ser espaço de renovação, e que o meu estado e a minha cidade - Porto Alegre -
poderão contar ainda mais comigo se estiver mais próxima do que hoje estou. E
eu ficarei feliz militando fisicamente mais perto da população e dos movimentos
sociais.
Pra mim, ter sido vereadora de Porto Alegre foi algo tão
gratificante quanto é ser deputada federal.
Aprendo muito com as pessoas nas
ruas, com minha equipe, com os funcionários de carreira e com os meus colegas.
Estou tendo uma passagem honesta e de grandes aprendizados no Congresso. E
chegou de novo a hora de seguir adiante.
Sei que serei substituída na Câmara Federal por gente de meu
partido tão comprometida quanto tenho procurado ser. Jamais acreditei ser a
única com a "cara da nova política".
Alguns apressados poderão afirmar: "há alguma
desesperança!" Não. Nenhuma. Sei que a luta para transformar o Brasil é
permanente e longa. É exatamente por isso que permito me pensar como uma
militante e lutadora da transformação social a longo prazo.
Estarei no Rio Grande, para, desde aqui, dar, se o povo me
der a honra, minha contribuição ao Brasil.
Manuela é deputada federal pelo PC do B
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