A representante auxiliar do setor de Saúde Reprodutiva, Gênero e Raça do Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa), Fernanda Lopes, alertou sobre a resistência masculina à prevenção de problemas de saúde e a tratamentos médicos, na apresentação sobre “Gênero e Saúde”, nesta terça-feira (19), durante reunião ordinária do Grupo de Trabalho Itaipu Saúde (GT Itaipu-Saúde), no Auditório César Lattes, no Parque Tecnológico Itaipu (PTI).
Segundo Fernanda, o problema é cultural e o comportamento relapso de boa parte dos homens quanto à saúde justifica a menor expectativa de vida entre eles, seja em função de doenças, seja por causas externas.
Fernanda Lopes: “O GT Itaipu-Saúde é o espaço ideal para que homens e mulheres discutam as doenças mais comuns e descubram formas de prevenção”.
Um dos principais problemas é a falta de informação. Fernanda deu um exemplo. De acordo com ela, só se fala de câncer de próstata, quando a tuberculose, em todo o mundo, mata mais homens que mulheres: mais de 60% dos óbitos. E na saúde ocupacional, os homens costumam procurar assistência médica apenas em casos de acidentes físicos. Exames periódicos são vistos com reservas. “Eles não são estimulados a ter contato com o corpo ou a sentir emoções. Caso tenha tal postura, deixam de ser considerados ‘homens de verdade’”, ressaltou Fernanda.
No Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vidas das mulheres é de 77 anos; a deles, é de 70. E o homem tem 4,5 mais chances de morrer na juventude do que as mulheres. Conforme o aumento da idade, essa diferença diminui.
Para Fernanda, o desafio dos médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas e assistentes sociais sejam do Brasil, Paraguai ou da Argentina é mudar essa situação.
“O GT Itaipu-Saúde é o espaço ideal para que homens e mulheres discutam as doenças mais comuns e descubram formas de prevenção”, disse.
Fonte: JIE
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