“Restauramos o Ecomuseu para promover espetáculos de qualidade e parcerias como esta”, disse Samek.
As mostras itinerantes “Andersen, Luz e Cor” e “Memória das Cataratas”, inauguradas na noite dessa quinta-feira (13), no Ecomuseu, abriram as comemorações dos 25 anos do espaço, celebrados em 17 de outubro. Cerca de 50 pessoas compareceram à cerimônia. Entre elas, o diretor-geral brasileiro, Jorge Samek; o diretor de Coordenação, Nelton Friedrich; o diretor do Museu Alfredo Andersen, Ronald Yves Simon; e Karina Viana, da assessoria técnica da coordenaçao, na área de gestáo museológica.
As 17 obras do pintor norueguês radicado em Curitiba, Alfredo Andersen, ficarão em exposição no Ecomuseu até 3 de novembro. Depois, seguirão para Cascavel.
Mostra “Andersen, Luz e Cor”.
“Queremos que todos os paranaenses conheçam as obras dos nossos museus sem precisar ir à capital”, disse Karina Viana. “Foz foi uma das escolhidas para fazer parte do circuito por ser uma cidade-satélite e ter um museu espetacular”, justificou a coordenadora. Segundo ela, o intercâmbio de acervos será intensificado. “Em 2012, levaremos o acervo do Ecomuseu para outros municípios.”
Segundo Simon, Andersen “é um grande pintor paranaense, mas conhecido apenas entres os artistas e não pela comunidade”. “Queremos apresentar Andersen e compartilhar a riqueza das suas obras.”
Arte na fronteira
Para Samek, integrar a mostra itinerante “Andersen, Luz e Cor” confirma a importância de Foz do Iguaçu no cenário artístico estadual. “Já temos o turismo e a gastronomia e agora a arte. O que tem tudo a ver”. E acrescentou: “Restauramos o Ecomuseu para promover espetáculos de qualidade e parcerias como esta.”
Para Nelton Friedrich, é um presente para Foz e para o Ecomuseu receber obras de uma das mais ricas personalidades artísticas paranaenses. “Mostras itinerantes são muito expressivas, pois levam a arte onde o povo está”.
Para ficar na memória
A exposição fotográfica "Memória das Cataratas" é outra atração itinerante do Ecomuseu.
A exposição fotográfica "Memória das Cataratas", que revela importantes marcos da trajetória do Parque Nacional do Iguaçu (PNI) ,voltou ao Ecomuseu e também ficará em exposição até dia 3 de novembro. Resultado de uma parceria da Itaipu com o PNI, as fotografias foram obtidas junto a famílias que fizeram parte da história da colonização de Foz do Iguaçu e região.
Andersen
Nascido na Noruega em 1860, Andersen foi bastante influenciado pelo cenário artístico e político de seu país nas décadas de 1880 e 1890, que também produziu artistas como o compositor Edvard Grieg e o escritor Henrik Ibsen. Filho de um marinheiro mercante teve a oportunidade de conhecer vários lugares do mundo. Como jornalista, chegou a fazer a cobertura do Salão Oficial de Belas Artes de Paris, em 1889, mesmo ano da inauguração da Torre Eiffel.
Com toda essa bagagem cultural, Andersen desembarcou no Porto de Paranaguá em 1892 e fixou residência no Litoral do Paraná. Pouco tempo depois, casou-se e mudou-se para Curitiba, onde viria a abrir seu ateliê e alcançaria reconhecimento por seu trabalho. Suas pinturas de cenas do cotidiano têm grande variedade de tons, resultando em quadros bastante expressivos e luminosos.
Fonte: JIE
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