Uma nova Itaipu consolidada: Diretoria é reconduzida ao cargo

Jorge Samek está na direção geral de Itaipu desde 2003

 O Diário Oficial da União desta quinta-feira (17), data do 38º aniversário da Itaipu, publicou a recondução ao cargo de todos os diretores da margem brasileira da empresa, pelo período de 17 de maio de 2012 a 16 de maio de 2017. O Ato do Poder Executivo foi assinado pela presidenta Dilma Rousseff na quarta-feira (16). Cinco conselheiros também foram reconduzidos.

Para a Diretoria de Itaipu o diretor-geral brasileiro, Jorge Samek; a diretora financeira executiva, Margaret Groff; o diretor administrativo, Edésio Passos; o diretor jurídico, Cezar Ziliotto; e o diretor de Coordenação, Nelton Friedrich. Samek e Friedrich estão no cargo desde 2003.

A presidenta também reconduziu cinco dos seis brasileiros integrantes do Conselho de Administração da Itaipu, pelo período de 17 de maio de 2012 a 16 de maio de 2016 – um ano a menos que os diretores, tendo em vista que os conselheiros têm mandato de quatro anos, e os diretores, de cinco.

Para o assistente do diretor-geral, Joel de Lima, esta recondução do cargo por mais cinco anos é resultado do bom desempenho da direção nos últimos nove anos de gestão e os projetos para o futuro. "A Itaipu completa 38 anos com sua nova filosofia consolidada e metas de até 2020 ser a geradora de energia limpa e renovável com o melhor desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional".

Toda esta mudança ocorreu porque a Usina deixou há muito tempo de ser uma empresa fechada e sisuda construída em plena Ditadura Militar. Hoje, perto de completar quatro décadas de existência, está aberta e voltada a atender a comunidade do seu entorno. Não está apenas localizada em Foz do Iguaçu, mas pertence ao município e aos seus moradores.

Esta mudança não é um programa político de época, faz parte da essência da empresa. Há nove anos, a missão de Itaipu foi reformulada. O que já era considerado bastante – gerar energia elétrica de qualidade –, ficou ainda maior.

A maior hidrelétrica em operação do planeta desenvolve e apoia programas capazes de erradicar a miséria e buscar o desenvolvimento. Com isso, Itaipu é uma usina de energia, mas também uma produtora de conhecimento, cultura, saúde, tecnologia e de uma gestão ambiental responsável.

Tecnologia e Turismo

Um dos maiores exemplos de produção tecnológica é o Parque Tecnológico Itaipu (PTI). Instalado nos alojamentos dos homens que ajudaram a construir a Usina, coordena a execução de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação capazes de agregar valor tecnológico à região e possibilitar a geração de novos negócios.

O portal da hidrelétrica é também o portão de entrada dos alunos da Universidade Latino-Americana (Unila). Atualmente, as aulas são ministradas nos espaços utilizados pelos barrageiros, mas uma área de 40 hectares já foi repassada à instituição para abrigar o prédio. A estrutura, que leva a assinatura do arquiteto Oscar Niemeyer, já em construção, será mais um atrativo turístico da cidade.

O turismo é outra prioridade. Com o apoio da binacional na elaboração de campanhas e promoções, Foz do Iguaçu é considerada o segundo destino turístico mais visitado no Brasil por estrangeiros. O número de visitantes teve um salto considerável, sem contar a quantidade de eventos. E trabalhou para eleger as Cataratas como uma das Novas Sete Maravilhas da Natureza.

Área social está plugada

Na área social, por exemplo, mantém dezenas de ações transformadoras. O Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente (PPCA) é um deles. Apoia o Plugado! - Canais Ligados à Cultura. O projeto desenvolvido em parceria com a Casa do Teatro beneficia 40 adolescentes de 10 escolas públicas de bairros carentes de Foz do Iguaçu, sobretudo, onde existe incidência de risco social, violação ou desrespeito aos direitos da juventude (violência física e/ou psicológica, evasão escolar, exploração ou violência sexual, entre outros).

Os jovens são capacitados para desenvolver atividades de agente cultural nas escolas. Depois, repassam os conhecimento através de aulas de teatro e dança para outras 400 crianças e colegas de sala. Recebem ainda um benefício mensal de R$ 100.

Tiago Lizarte é um dos Plugados. No período da manhã é um simples aluno do Ensino Médio no Colégio Barão do Rio Branco, mas à tarde, o comportamento muda e ele passa ser o professor de teatro dos amigos.

Para o adolescente, ser um Plugado é uma oportunidade única. “Sempre quis fazer teatro, mas nunca tive condições. Hoje, posso sonhar com a faculdade de artes cênicas”, relata.

A maior transformação de Tiago, conforme contam amigos e parentes, é o sorriso no rosto. Desde que foi um dos selecionados para ser Plugado, conversa mais, brinca e até sorri com mais facilidade.

Remando para o futuro

Outro projeto é o “Meninos do Lago”, resultado de uma parceria com a Federação Paranaense de Canoagem. O objetivo é preparar jovens de baixa renda, dos bairros Morumbi e Vila C, para disputar as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro.

A rotina é árdua. Eles treinam diariamente no Canal de Canoagem da Itaipu. O apoio não visa apenas a questão esportiva, mas todo o trabalho social desenvolvido nos treinos e nas próprias competições. Atualmente, 100 meninos e meninas são beneficiados.

Diário

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