Embora a Rede de Proteção Integral à Criança e ao Adolescente (Rede Proteger) venha, há quatro anos, trabalhando na proteção e defesa dos direitos da infância na Tríplice Fronteira, as estratégias de atuação serão reformuladas e reforçadas em 2012. A decisão foi tomada na sexta-feira,30, durante a reunião mensal do grupo, com a participação da pedagoga e especialista na área da Infância de Juventude, Rita Ippólito.
O primeiro passo, que deve ser apresentado já no posso encontro, é traçar novas metas a curto, médio e dentro de um prazo de 10 anos, sobretudo, pensando na prevenção de exploração de meninos e meninas. Para isso, vão estudar como podem usufruir das políticas públicas vigentes na área da infância e da juventude e avaliar a conjuntura política e econômica do país. “Verificamos que as entidades trabalham muito porque acreditam na causa, mas precisam atuar de forma ainda mais articulada. Ou seja, definitivamente em rede para ter resultados mais efetivos”, avaliou Rita.
Um dos pontos a ser questionados é cobrar da escola um ensino mais completo. A educação tem um poder fundamental na formação do individuo, por isso, deve –se melhorar a relação educação e direitos humanos. Toda criança deve conhecer seus direitos e o porquê de cada um deles, para poder crescer com a consciência de cidadão. Capaz de cobrar o cumprimento. “Vocês precisam unir a força dessas instituições e exigir mudanças. Uma entidade sozinha não conseguirá muitos resultados, mas juntas, podem mobilizar a sociedade, as empresas e o poder público”, enfatizou.
Também é exigir uma contribuição mais efetiva à Rede de dois órgãos fundamentais: Conselho Tutelar e Poder Judiciário. O primeiro tem as informações do número exato de casos de violação dos direitos e onde eles foram cometidos, enquanto o Judiciário exigirá a punição dos culpados.
E, sobretudo, a participação de meninos e meninas nos momentos de decisões e na elaboração das metas. “As crianças precisam participar das decisões, pois somente elas darão elementos fundamentais para o desenvolvimento da Rede”, completou.
“Nossa proposta é reforçar e potencializar ainda mais o trabalho em rede e construir uma plataforma de atuação a curto, a médio e a longo prazo.”, destacou Mirtha Baez, coordenadora do Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente (PPCA).
A Rede
A Rede Proteger reúne mais de 40 entidades de Foz do Iguaçu. Entre elas, a Polícia Federal, SESC, Sest-Senat, Vara da Infância e da Juventude, Conselho Municipal da Infância e da Juventude, Guarda Municipal, Polícia Civil, Casas Abrigos e Itaipu Binacional, através do (PPCA).
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