quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Jornada discute ações contra dependência química

Cerca de 100 profissionais que atuam em comunidades terapêuticas da região participam, nesta semana, da 1ª Jornada Regional sobre Dependência Química do Oeste do Paraná, promovida pela Comunidade Terapêutica Sagrada Família Dom Olívio Aurélio Fazza, com apoio da Itaipu e do Hospital Costa Cavalcanti. O encontro acontece na Escola de Teologia, na Vila Maracanã.
     
No evento, que começou nesta quarta-feira (17) e termina quinta (18), os profissionais recebem orientações sobre atendimento, baseadas em experiências bem sucedidas, como as desenvolvidas por Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) de outras localidades, como São Paulo. “O ideal é prevenir, mas precisamos focar também na cura”, disse o vigário geral de Foz do Iguaçu, padre Sérgio Bertotti.
  


Integrantes do projeto Menino do Lago ocupam tempo ocioso de jovens carentes com esporte.
  
Para ele, é preciso buscar o comprometimento da sociedade civil no enfrentamento desta doença e aumentar o índice de recuperação entre os dependentes, a partir da ampliação das vagas para tratamento.  “Hoje, apenas 20% das pessoas que procuram ajuda ficam livres do vício, mas precisar alcançar ao menos 50% de cura”, defendeu Bertotti.
  
Segundo o vigário, 100 dependentes químicos estão internados no município, mas este número deveria ser de pelo menos 200. De acordo com secretário municipal Antidrogas de Foz, Camilo de Lima, embora não haja uma estatística capaz de identificar a quantidade de usuários de entorpecentes na cidade, a maior preocupação é com as crianças e os adolescentes. “Nossa região é atípica e há muita evasão escolar. Com isso, os jovens ficam reféns dos aliciadores”, disse. Um dos casos mais graves foi a internação de um menino de sete anos, vítima de dependência química.

         


O assistente do diretor-geral brasileiro, Joel de Lima, conversa com os participantes da 1ª Jornada Regional sobre Dependência Química da Região Oeste do Paraná.
      
Enfrentamento
     
Para o assistente da Diretoria Geral Brasileira de Itaipu, Joel de Lima, uma vez que a “doença” é preciso fortalecer as unidades terapêuticas está estabelecida; daí a importância dos projetos de prevenção, que ocupam o tempo ocioso dos jovens. Algumas iniciativas desenvolvidas pela Itaipu, como o programa Meninos do Lago, que ensina canoagem para crianças carentes. 

  
“A dependência já é uma doença crônica. Se não tratada, mata. Portanto, as comunidades de tratamento precisam fazer parte do Sistema Único de Saúde”, disse Joel.  “Para finalizar, precisamos ser implacáveis combate ao tráfico de drogas”.

  
A drogadição faz parte da pauta de Itaipu desde
2003. O tema é abordado no Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente (PPCA), Equidade de Gênero e no Saúde na Fronteira.

Fonte: JIE

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