Só entre janeiro e outubro deste ano, o Conselho recebeu 2.973 denúncias de crianças e adolescentes que tiveram seus direitos violados. Desses, 1.031 foram privados da convivência familiar e comunitária, e outros 150 foram vítimas de exploração sexual. Os dados foram apresentados durante uma reunião da Rede Proteger, no PTI, nesta sexta-feira.
Curitiba registrou 2.985 ocorrências. Em Maringá ocorreram 803 casos. E em Cascavel, outros 477. Enquanto Foz tem apenas uma unidade, a capital paranaense dispõe de nove e Maringá quatro. Cascavel tem duas.
“Foz deveria ter mais equipes, pelo tamanho e ainda, por ser uma cidade de fronteira. Esta facilidade de trânsito facilita, principalmente, a exploração e o tráfico de meninos e meninas”, disse Márcio.
Atualmente, o Conselho apenas recebe o delato e encaminha o caso para os órgãos competentes, como Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e o Núcleo de Proteção às Crianças e aos Adolescentes Vítimas de Crimes (Nucria). Entretanto, a instituição deveria acompanhar o menino e menina desde a denúncia até o cumprimento da Lei.
Para Gládis Mirtha Baez, coordenadora do Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente (PPCA), da Itaipu, a comunidade precisa pressionar as autoridades. “O trabalho do Conselho é muito importante para garantir os direitos de meninos e meninas em situação de risco”, disse.
De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura Foz do Iguaçu, um novo Conselho deve ser instalado no município ainda no primeiro semestre de 2011.
A Rede
A Rede Proteger é formada por mais de 30 instituições governamentais e não-governamentais que atuam na defesa dos direitos da criança e do adolescente na região da tríplice fronteira A Itaipu a integra por meio do PPCA. A rede promove ações coletivas no planejamento e organização de entidades, comunidades, recursos e ações em defesa dos direitos da criança e do adolescente, assim como no combate e prevenção da violência. O Conselho recebe as denúncias pelo telefone (45) 3523.0023.
Fonte: JIE
Nenhum comentário:
Postar um comentário