O Brasil é pioneiro na implantação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, em 2009, que tem o objetivo de facilitar e ampliar o acesso da população masculina aos serviços de saúde. Contudo, no Paraguai e na Argentina ainda não há uma política de governo capaz de incentivar esse grupo a fazer exames preventivos.
Reunião do GT-Itaipu Saúde, na última terça-feira. Nova comissão vai dar prioridade à saúde do homem.
O papel da nova comissão será de promover a troca de experiências entre os três países e auxiliar na criação de uma política nacional no Paraguai e na Argentina. Outra meta será propor ações conjuntas para melhorar a qualidade de vida do homem na Tríplice Fronteira.
Dentre as doenças mais comuns no público masculino estão a hipertensão, o câncer de próstata e problemas no aparelho respiratório. Boa parte dos pacientes, no entanto, só procura atendimento médico quando já estão muito doentes.
Perfil
A maior parte da população paraguaia é formada por homens. Dos 5,16 milhões de paraguaios, 50,42% são de homens e 49,58, mulheres. No Brasil, a situação se inverte: 49% dos 193,3 milhões de brasileiros são homens e 51%, mulheres.
Entretanto, em ambos os países os homens vivem, em média, sete anos menos que as mulheres. A primeira causa de óbitos na faixa etária de 20 a 39 anos também é igual: violência e acidentes de trânsito. Já entre os mais velhos as mortes estão ligadas a problemas nos aparelhos circulatório, digestivo e respiratório, além de tumores.
Atualmente, o GT-Itaipu Saúde trabalha com oito eixos temáticos: Saúde Materno-infantil, Saúde do Idoso, Saúde Mental, Acidentes e Violências, Educação Permanente, Endemias, Saúde Indígena e Saúde do Trabalhador. E reúne todos os meses mais de cem profissionais de saúde do Brasil, Paraguai e da Argentina para discutir esses temas.
Vitor Gomes Pinto, técnico da Saúde do Homem do Ministério da Saúde do Brasil, durante reunião do grupo.
Nações Unidas
Também na reunião de terça-feira, representantes do Fundo de População da Organização das Nações Unidas (ONU) conheceram os trabalhos desenvolvidos pelo GT-Itaipu Saúde. Estiveram presente Elizeu de Oliveira, do Brasil; Adriane Sallinas, do Paraguai; e Sergio Maulen, da Argentina.
Elizeu classificou como extraordinária a capacidade do grupo de trabalho em reunir tantos profissionais em reuniões e atividades mensais. “Com a participação destes técnicos temos possibilidades concretas de parceria e fortalecimento das políticas públicas de saúde na fronteira”, elogiou. Ele se comprometeu a apoiar financeiramente cursos sobre a terceira idade, para que as pessoas envelheçam com mais saúde.
Fonte: JIE
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