terça-feira, 10 de agosto de 2010

Saúde mental: argentinos e paraguaios visitam serviços de saúde em Foz

Na segunda-feira, o grupo conheceu o Centro de Atenção Psicossocial.

Psicólogos e psiquiatras paraguaios e argentinos, que estão conhecendo o modelo de assistência à saúde mental aplicado no Brasil, aprovaram o sistema e a organização do serviços em duas instituições: o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II) e o Ambulatório de Saúde Mental de Foz do Iguaçu.

As visitas fazem parte de atividades organizadas pelo Grupo de Trabalho Itaipu Saúde (GT-Itaipu Saúde).

Acompanhados de uma equipe de psicológos brasileiros, os grupos ainda vão visitar hospitais e o CAPS-Ad de Foz do Iguaçu e de Santa Terezinha de Itaipu.

Visitas semelhantes, agora incluindo profissionais do Brasil, vão ocorrer também nos países vizinhos. No Paraguai, nos dias 15 e 16 de setembro; na Argentina de 6 a 8 de outubro.

Para o psicológo Martim Barreto (foto), da Província (Estado) de Posadas, na Argentina, o modelo brasileiro está mais organizado se comparado ao argentino. “Além de várias unidades especializadas, mantém um cadastro com a situação individual dos pacientes”, explica.

Segundo Martim, após conhecer o trabalho desenvolvido em Foz, saberá como implementar os serviços em seu país. “Estou levando algumas ideias para serem implantadas em Posadas”, diz.

De acordo com Margarita Quinones, de Ciudad del Este, esta experiência é unica. “Muito do que é feito no Brasil poderemos adaptar no Paraguai”, afirma.

Para a psicóloga paraguaia Fanni Alonso, conhecer in loco o trabalho realizado no Brasil está sendo muito importante. “Sabemos que o Brasil está muito mais avançado, mas, agora, estamos tendo a oportunidade de verificar cada detalhe, para saber como trabalham e o resultado de cada prática”.

Segundo Fanni, no Paraguai não há centros especializados em atender pessoas com algum distúrbio mental. Todos os pacientes são assistidos da mesma maneira. “Atendemos todos em um mesmo consultório, ao contrário do Brasil, que conta com ambulatórios e clínicas especiais”.

De acordo com a psicóloga Amália Ortega, da equipe de Saúde Mental do GT-Itaipu Saúde, embora o Grupo de Trabalho venha proporcionando o intercâmbio de experiência entre os países há sete anos, esta é a primeira vez que os profissionais se deslocam para conferir os diversos modelos de atendimentos.

Psiquiatras paraguaios e argentinos, nesta terça, no Centro Executivo, antes de sair para novas visitas.

“O objetivo é montar uma rede única na Tríplice Fronteira para padronizar os serviços na área de saúde mental”, explica. No entendimento de Amália, a padronização somente será possível após os agentes de saúde conhecer os serviços disponibilizados em cada país”, diz.

Joel de Lima, coordenador do GT-Itaipu Saúde, afirma que, depois de todas as visitas, a ideia é avaliar as diferenças no atendimento e as similaridades entre os serviços de saúde de cada país. Depois, reunir forças para oferecer um serviço com mais qualidade.

Fonte: JIE

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