quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Cartilha ajuda a detectar violência contra crianças

Representantes dos ministérios da Educação e da Saúde do Brasil, Paraguai e Argentina concluíram nesta quinta-feira o esboço de uma cartilha que explica aos professores de escolas públicas como detectar sinais de violência contra crianças.


O material é resultado de
um seminário organizado pelo Grupo de Trabalho Itaipu-Saúde (GT-Itaipu Saúde), no Parque Tecnológico Itaipu (PTI).

A cartilha, com fotos e desenhos, será publicado pelo GT-Itaipu Saúde, em português e espanhol, e distribuído para os professores de ensino fundamental da Tríplice Fronteira.


Além de dicas para identificar sinais de agressões cometidas contra meninos e meninas, o manual explica o que os docentes devem fazer para iniibir novos casos. Uma delas é denunciar aos Conselhos Tutelares e Vara da Infância e da Juventude.

A pe
diatra paraguaia Mercedes Maldonado (foto) afirma que, embora não seja possível estipular um número exato de casos de crianças violentadas e agredidas, a quantidade é elevada não apenas no Paraguai, mas também no Brasil e na Argentina. “A violência é oculta. Não há como ter uma cifra exata”.



A médica argentina Celsa Beatriz Gonzalez (foto) complementa: “Mais de 90% dos casos de abusos ocorrem dentro da própria família, por pessoas que a criança ama”.

No entendimento de ambas, esta cartilha ajudará os professores a detectar os sinais de agressões, mesmo quando o
s machucados estiverem em locais escondidos.

Alguns comportamentos, como mau rendimento escolar, olhar disperso e cabeça baixa são sinais de que a criança pode ter sofrido algum tipo de agressão, seja física ou psicológica. “Reuniremos neste guia o que a de melhor nos três países. Queremos um material simples e fácil de ser interpretado pelas professoras”, explica Mercedes.

Após a publicação da cartilha, os docentes serão treinados a utilizá-la. A expectativa é capacitar os professores da Tríplice Fronteira até o final deste ano.

Fonte: JIE

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