A Delegacia da Polícia Federal em Foz do Iguaçu deflagrou nesta quarta-feira, 30, a etapa regional da Operação Nacional de Prevenção de Crimes de Ódio e Pornografia na Internet. Com o lançamento desta campanha, pela primeira vez a PF extrapola a atuação na repressão e passa à área de prevenção.
O lançamento da campanha foi feito na reunião da Rede Proteger, no auditório do Refúgio Biológico, pelo delegado da PF Reginaldo Gallan Batista.
O lançamento foi durante reunião da Rede de Proteção Integral à Criança e ao Adolescente - Rede Proteger, que reúne 30 entidades e instituições da região de Foz do Iguaçu, entre elas a Itaipu Binacional.
A operação quer evitar que jovens e crianças sejam vítimas de pedofilia, exploração, pornografia e abuso sexual, principalmente na Internet. A atividade foi lançada nacionalmente no dia 18 de Maio – Dia Nacional de Combate ao Abuso e a Exploração de Crianças e Adolescentes –, mas somente agora chegou à fronteira.
Nas próximas semanas, os professores de escolas públicas e privadas de Foz e região começam a receber os kits com materiais informativos e educativos. São vídeos, cartilhas, questionários, planos de aula e histórias em quadrinhos para serem lidos e trabalhados com os alunos.
Segundo o delegado Reginaldo Gallan Batista, a Polícia Federal necessita de parceiros para divulgar e fortalecer a operação, por isso procurou o apoio da Rede Proteger, que “está organizada e tem condições de nos ajudar”.
Padre Giuliano: trabalho com a PF será "uma via de mão dupla".
Para o coordenador do grupo, padre Giuliano Inzis, será uma via de mão dupla. De um lado, as entidades auxiliam na divulgação e implementação da campanha e, de outro, a Rede contará com as ferramentas de investigação da Polícia Federal. Um dos exemplos citados é o programa de imagens da Interpol para reconhecimento e localização de agressores. “Apenas as polícias têm acesso ao programa, mas através da PF nós também teremos”, explicou.
Crimes na Internet
Joel de Lima: crimes virtuais aumentam preocupação com adolescentes e crianças.
De acordo com o assistente da Diretoria Brasileira de Itaipu, Joel de Lima, o interesse da Polícia Federal em buscar parceria com a Rede Proteger demonstra que o colegiado está trabalhando de forma articulada e contribuindo para a redução de casos de violência contra meninos e meninas.
Segundo Joel, a questão dos crimes virtuais aumenta a preocupação em relação a esse problema. “Estávamos acostumados a atuar contra aliciadores de menores nos semáforos ou nas esquinas. Hoje, via Internet, eles estão nas escolas e nas casas das crianças”, afirmou.
Fonte: JIE
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