quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Festividades e férias escolares aumentam o risco de crimes contra crianças

 

No encontro no RBV foi apresentado o resultado do relatório do GGIM.
 
Em casa, onde crianças e adolescentes deveriam ser sentir mais seguros, é justamente o local em que eles estão mais vulneráveis, sobretudo nesta época, quando iniciam as férias escolares e as festividades de fim de ano. A conclusão é de um estudo do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM) de Foz do Iguaçu, que apresentou um relatório, no final de novembro, no Refúgio Biológico Bela Vista, em reunião da Rede Proteger, da qual Itaipu faz parte, realizada.
  
Segundo o inspetor do GGIM, Josnei Fagundes, no período de férias e fins de semana prolongados há maior concentração de pessoas nas residências, e, por isso, aumentam os números de registros de violência doméstica, contra mulheres e crianças.
  
Dos 209 casos de atendimentos a crianças vítimas de violência entre janeiro e setembro, em Foz do Iguaçu, 115 ocorreram nas próprias moradias, principalmente nos bairros Morumbi, Vila C e região central. Em segundo lugar, locais públicos: 32 casos.
   
Parte dos crimes é de estupro contra meninas. Dos 39 registrados, 35 foram contra crianças com menos de 12 anos. Na sequência estão lesão corporal, maus tratos e fornecimento de drogas. “Seguimos uma tendência nacional, onde normalmente esses crimes são cometidos pelos mais próximos, como pais, padrastos, irmãos e primos, devido ao grau de confiança”, explicou Fagundes.
  
Atentos
 
“Precisamos que vizinhos e parentes fiquem atentos e denunciem. São vários números e a denúncia é anônima. Não podemos permitir que nossas crianças sejam violentadas”, afirmou a coordenadora do Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente (PPCA), Maria Emília Medeiros de Souza, da Assistência da Diretoria Geral Brasileira (AS.GB). “Com certeza temos ainda mais crimes, mas justamente pela característica, muitos acabam omitindo e deixando de registrar ocorrência.”
 
Disque-denúncia
 
As denúncias podem ser feitas pelo Disque 100 ou diretamente no Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (NUCRIA), pelo telefone (45) 3524-8565.


Fonte: JIE

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