Iniciativa do Ministério da Justiça focará nas redes sociais com o lema “Brasil, a imigração está no nosso sangue”
O Ministério da Justiça lançou, nesta terça-feira (13), a segunda etapa da campanha de sensibilização e informação contra a xenofobia, o preconceito e a intolerância a imigrantes. A iniciativa é parte do esforço do governo para o acolhimento a estrangeiros que vivem no País e sofrem preconceito. A campanha é exclusiva para as redes sociais e será feita por meio do sitewww.eutambemsouimigrante.com.br e das hashtags #EuTambémSouImigrante e #XenofobiaNãoCombina.
O secretário Nacional de Justiça e presidente do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), Beto Vasconcelos, disse que a campanha visa conscientizar a população para evitar “casos pontuais” de preconceitos registrados nos últimos meses. “O intuito dessas ferramentas é conduzir o envolvimento da sociedade para um fato evidente da nossa identidade, que é sermos todos imigrantes em grande parte”, afirmou.
O slogan da primeira etapa, que era “Para os refugiados, o Brasil é uma oportunidade de viver”, será substituído pelo tema “Brasil, a imigração está no nosso sangue”. A campanha vai durar até o dia 18 de novembro. “A segunda etapa dessa campanha tem como intuito trazer conceitos de contraponto a manifestações de xenofobia”, disse.
A campanha se soma à Medida Provisória 697, editada pela presidenta Dilma Rousseff na última sexta-feira (9), liberando R$ 15 milhões em caráter extraordinário para o Conare reforçar a política de assistência a refugiados e estrangeiros.
O montante é quase o dobro do orçamento anual destinado atualmente para o atendimento ao fluxo imigratório, que é de R$ 8 milhões, e reflete o desejo maior de refugiados em vir para o Brasil. “Estamos hoje na pior crise humanitária desde a Segunda Guerra Mundial. São 60 milhões de pessoas que estão fora de suas casas”, observou.
O aumento se deve à ampliação na rede de acolhimento de refugiados, cujo perfil tem mudado com o aumento de imigrantes sírios e congoleses com entrada no Brasil. O País recebeu no último ano pouco mais de 8 mil refugiados, sendo 2097 sírios, 1.480 angolanos, 1.093 colombianos e 850 congoleses.
“Durante muitos anos, as nacionalidades dominantes eram a angolana e a cubana, que tinham maior facilidade linguística e de inserção na sociedade brasileira. Hoje, a maior parte se dá em refugiados de sírios e congoleses”, observou.
Segundo Vasconcelos, esse público exige do governo maior cuidado – especialmente no ensinamento da língua portuguesa. O crescimento de refugiados também tem elevado “situações pontuais” de preconceito. “O intuito é prevenir manifestações de xenofobia, geralmente por falta de informações”, afirmou.
Fonte: Ministério da Justiça
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